Park Chaeyoung (Rosé) P.O.V
Desde que a imagem de Yungyeom apareceu nos noticiários meus dias vem se tornando um pesadelo.
Não consigo acreditar que ele realmente fez tudo aquilo que está sendo acusado, o conheço há um ano e ele sequer era agressivo com uma formiga, como seria capaz de sequestrar um híbrido?
Porém, minhas tentativas frustradas de contato com o rapaz estão me deixando ainda mais aflita, o fato dele ter atendido minha última ligação e não ter negado sobre o envolvimento me deixou preocupada que possa ser verdade.
Parece que o sequestro dessa garota parou o país, não se fala mais em outra coisa a não ser isso e existem diversos portais de notícias prontos para dar atualizações a qualquer momento.
O que se ouve ao abrir a janela são sirenes a todo instante, viaturas e luzes vermelhas viraram nossa marca registrada e tudo isso me assusta, parece que estamos vivendo em meio a uma catástrofe.
Entendo a importância de toda essa comoção, que o ocorrido com a garota abriu os olhos da sociedade em relação aos híbridos e como eles correm perigo até nos dias de hoje.
Mas é tudo tão assustador que sequer consigo sair de casa, sinto que corro perigo por ter me envolvido com Yungyeom, mesmo que possivelmente ninguém saiba disso, ainda fomos vistos juntos por muitas pessoas.
Estava em minha cozinha no meio da noite, sentindo o vazio do meu apartamento enquanto preparava um chá para tentar me tranquilizar e enfim pegar no sono. Minha casa sempre foi tranquila, mas parece solitário com a ausência do rapaz desde que ele se foi.
Suas coisas voltaram para o devido lugar, decidi deixar exatamente como antes para me confortar pela falta que ele faz.
"BIP BIP BIP BIP"
Ouvi o barulho de alguém tentando digitar a senha na minha fechadura e aquilo me fez tremer dos pés a cabeça, ninguém sabe minha senha para tentar entrar aqui.
Em pânico e olhando ao redor em busca de algo para me defender, peguei uma faca de cortar carne em minha gaveta de talheres e me abaixei atrás do balcão.
Senti o desespero me invadir, as mãos suarem e sequer teria forças para usar está faça caso a pessoa conseguisse entrar. Mil coisas passaram pela minha cabeça, nenhuma fazia sentido.
O som da porta sendo aberta me causou um choque e a parada dos meus batimentos, estaria morta assim que fosse encontrada.
Não carregava o celular comigo, afinal estava em casa e apenas vestia um pijama. O interfone para pedir ajuda ao porteiro ficava perto da porta, onde a pessoa provavelmente estaria me procurando.
Engatinhei ofegante para a lateral da cozinha, tentava não fazer qualquer barulho mas praguejei quando dei por mim que a luz estava acesa, podendo atrair a atenção de quem estava ali para o cômodo iluminado.
Meu peito subia e descia agitado, quando cheguei na divisão entre a cozinha e sala em conceito aberto, percebi que a pessoa parada na porta fechada era familiar, tão conhecida por mim que sequer conseguia entender se devia ter medo ou não.
— Eu já te vi aí, pode levantar. - Disse Yungyeom, ele estava de máscara só que o reconheceria de qualquer maneira. O que me surpreendeu foi a garota em seus braços, era pequena e idêntica à do noticiário e isso me fez derramar lágrimas sem que eu controlasse.
— E-ela...ela é-...
— Sim, é ela. - Ele entrou, suspirou e a colocou deitada no sofá desacordada. Não pude levantar, pois a fraqueza me atingiu com a revelação me obrigando a ficar sentada ali mesmo, no chão. — O noticiário está certo, eu sequestrei ela.
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PATINHAS FELIZES - Park Seonghwa
RomanceOs híbridos correm perigo de extinção, a sociedade decidiu se consumir pelo preconceito e se tornou intolerante, virou literalmente uma caça às bruxas contra a espécie. Um estudante de medicina veterinária tem o sonho de adotar um animal, quando se...