my heart's still breakin' in two

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(meu coração continua se partindo em dois)

Rio de Janeiro, 04 de março de 2025

[JADE]

Abro os olhos devagar sentindo o sol entrar pela sacada do quarto, mas permaneço deitada no peito do Alan. Sinto sua mão acariciar meus cabelo, e me apertar em seu abraço. Dou um sorriso tímido, sem que ele veja, e suspiro, tentando assimilar o que havia acontecido seguir em frente. Não sei até onde isso me assusta, mas nesse momento, eu só quero me sentir em paz. Não queria ter que ir embora agora, mas com certeza logo logo o meu telefone irá tocar me chamando de volta para a minha realidade. Levanto o meu rosto e o encaro, com um sorriso.

"Bom dia." - eu digo e recebo um beijo na testa.

"Bom dia!" - ele responde com um sorriso - "e que bom dia." - me junto a ele em uma risada satisfeita.

"Talvez eu precise ir." - pondero e levanto meu rosto para procurar meu telefone - "Que horas são? Viu meu telefone?" - pergunto e me sento, cobrindo meu corpo com o lençol. Resmungo baixo ao sentir o meu peito cheio e dolorido, acendendo um alerta em minha mente.

Olhamos pelo quarto e não encontramos nossos telefones. Ele coloca um short que estava jogado por ali e eu me levanto, procurando a minha roupa, o vendo sair em direção à sala do quarto de hotel.

"Jade..." - sua voz é preocupada e ele entrega meu telefone ao mesmo tempo que mostra a hora no seu - "São 10h15..."

"Não acredito." - paro o que estou fazendo e ligo meu telefone quase em desespero ao ver as muitas ligações e mensagens da minha mãe - "Eu não devia ter dormido, deve ter acontecido alguma coisa, eu não podia ter ficado longe do telefone..." - começo a falar sem parar.

Ele me observa e pede calma, enquanto me entrega a minha blusa. Pego da sua mão ao mesmo tempo que envio um áudio para minha mãe avisando que eu chegaria em alguns minutos, jogando meu telefone na cama em seguida. Começo a me vestir apressada e ele faz o mesmo, sem dizer muita coisa. Não demora muito e ele segura minha mão, me levando com pressa para o seu carro e partindo em direção a minha casa. Minha expressão é tensa, e ele repousa a mão sobre a minha perna tentando me acalmar.

"Desculpa..." - ele diz, carinhoso assim que entramos no condomínio - "Eu deveria ter me atentado que nossos telefones ficaram na sala."

"Você não tem culpa, a responsabilidade era minha." - eu digo, o tranquilizando. Quando o carro para em minha porta a minha vontade é sair correndo, mas o jeito que ele me olha me faz respirar fundo e o abraçar - "Eu que peço desculpas por sair correndo assim..."

"Tudo bem. Eu sabia que tinha que te devolver cedo." - ele sorri e tira meu cabelo do rosto - "Mas saiba que minha vontade era te raptar pelo resto do dia."

Eu dou um sorriso e um selinho, e ele segura meu rosto me fazendo demorar ali.

"Eu adorei a nossa noite." - confesso - "Me liga mais tarde." - pisco pra ele que sorri afirmando. Eu tiro o cinto de segurança e procuro meu telefone, mas não o encontro - "Droga...acho que deixei meu telefone lá."

"Trago pra você daqui a pouco." - ele diz depois que procuramos rapidamente pelo carro. Eu afirmo e abro a porta do quarto - "Ei..." - me viro e o encaro - "Peça desculpas a Maya por mim. Juro que não queria roubar a mamãe dela..." - Relaxo os ombros, rindo, do jeito fofo que ele falou. Me estico para alcançar seu rosto, lhe dando mais um beijo rápido. Me despeço e saio praticamente correndo do carro em direção ao portão.

Meant To Be - JadréOnde histórias criam vida. Descubra agora