we've still got the rest of our lives

988 80 45
                                    

(nós ainda temos o resto de nossas vidas)

Rio de Janeiro, 06 de abril de 2024

[JADE]

"Paulo..." - eu sussurro seu nome quase sem forças, quando seu corpo desaba sobre o meu na cama. Não faço ideia de quantas vezes transamos por essa casa, e com o corpo trêmulo de tanto prazer, eu mal consigo manter os meus olhos abertos.

"Eu disse que você nunca ia esquecer essa noite." - ele abraça o meu rosto e diz em meu ouvido, ofegante. Nosso suor se mistura e nossas respirações estão descompassadas. Eu tento sorrir ao escutar a sua risada satisfeita, mas até isso me custa. Com os braços jogados para trás eu busco o ar, sentindo o peso do seu corpo contra o meu - "Vamos dormir um pouco..."

"Por favor..." - eu consigo dizer e ele beija a minha testa molhada e acaricia minhas bochechas, as quais eu sinto queimar de exaustão. Ele sai de cima de mim e deita ao meu lado, enquanto eu permaneço imóvel. Viro meu rosto para encará-lo e finalmente consigo sorrir, ainda ofegante - "Você é insaciável..."

"Não tem como não ser tendo você nos meus braços. Toda linda, gostosa... a mulher mais perfeita do mundo. Só minha..." - recebo um selinho e suas mãos me viram na cama para que eu me encaixe em sua conchinha. Tiro os cabelos grudados em minha nuca, dando espaço para que ele afunde o seu rosto ali, e me movimento para que cada centímetro do meu corpo esteja grudado ao seu.

"Você aguenta mais?" - eu ouso perguntar, sentindo sua mão me apertar em seus braços. A acaricio, mais recomposta e sentindo meu corpo relaxar em seu abraço.

"Nós fizemos loucura hoje, Jade. Eu tô agitado de tanto prazer e aguentaria muito mais..." - ele diz e eu viro meu rosto incrédula. Sendo bem sincera, eu não tenho energia para mais nada - "Mas não vou mentir, meu corpo pede descanso. Vamos dormir um pouquinho e eu te acordo com aquele amorzinho gostoso que você gosta..." - sua voz é sedutora em meu ouvido e me arrepio inteira.

"Vou amar. Mas já é quase dia, daqui a pouco tenho que voltar pra casa..." - eu digo preocupada. Me lembro do meu telefone, mas nem sei onde ele está. Estou tranquila pois tirei ele do silenciosa e fiz minha mãe prometer que ligaria se algo acontecesse. A última vez que olhei estava tudo bem, a Maya sem febre e dormindo feito um anjinho. 

"Daqui a pouco na hora do almoço. Relaxa, temos tempo..." - ele acaricia meus ombros e eu fecho os olhos, tentando relaxar. Ficamos alguns minutos em silêncio, até ele entrelaçar a sua mão na minha e voltar a falar - "Gatinha, não nos controlamos nenhuma vez...e foram muitas. Desculpa, acabei não te perguntando antes... tem algum problema?"

Dou uma sorriso com a sua preocupação, mas estou tranquila em relação a isso. Pelo menos eu acho que estou segura.

"Eu coloquei o DIU novamente. E a Viviane disse que a amamentação por si só já é é um método natural. Claro que nada é 100%, mas é improvável que eu volte a ovular por agora. Eu estou confiando. Não é possível que aconteça outra vez." - eu tento acreditar no que acabara de dizer. Não vou enlouquecer com isso. - "Eu gosto do jeito que fazemos" - me desvencilho do seu abraço e me viro, ficando de frente para ele. Passo uma perna em volta da sua cintura e colo nossos corpos. Acaricio seu rosto e ele me olha carinhoso, com um sorriso nos lábios.

"Nós fazemos o melhor sexo do mundo." - ele diz, se gabando - "Se você quiser, a gente se controla. Mas..." - eu nego, sorrindo - "...explodir de amor em você me deixa completamente louco."

"Obrigada por essa noite. Eu estava morrendo de saudade..." - eu digo acariciando seus cabelos e o encarando - "Sei que não ando tendo tanto tempo para nós dois, principalmente depois que minha rotina voltou com tudo... mas não quero perder o que nós temos. Nossos momentos namoradinhos, nossas loucurinhas safadas..."

Meant To Be - JadréOnde histórias criam vida. Descubra agora