Alec
Acordei com a luz do sol atravessando as cortinas da janela. A primeiro momento, estranhei o local em que eu estava. Aquele velho e pequeno quarto da pousada era bem diferente do meu quarto no Ministério, com que eu tanto era acostumado. Eu nem me recordava qual tinha sido a última vez que eu havia dormido fora.
Levantei-me e fui direto para o banheiro para fazer minha higiene matinal. Logo que saí do banho, me sequei e vesti uma cueca boxer preta, uma calça jeans de cor escura e um moletom cinza.
Caminhei até a janela e abri as cortinas, em seguida as janelas. A temperatura estava razoavelmente fria. Lá fora eu podia ver algumas pessoas passando pela rua de paralelepipedo, provavelmente à caminho de seus respectivos trabalhos. Algumas crianças também andavam por ali com suas mochilas indo encarar um dia de estudos.
Aquela cidade pouco movimentada tinha sua beleza exótica, apesar de a maioria das construções estarem castigadas pelo tempo.
Saí do meu quarto e fui até a porta vizinha onde Magnos estava hospedado, dei algumas batidas, chamei pelo nome dele, porém, não recebi qualquer resposta. Imaginei que o mesmo ainda estivesse em um sono pesado.
Depois de muito insistir fui vencido pelo cansaço. Resolvi ir até a recepção. Caminhei pelo corredor e cheguei até às escadas que davam acesso ao andar térreo. Desci lentamente e logo cheguei próximo ao balcão onde David olhava alguma coisa em seu computador.
- Bom dia! Passou bem a noite? - Perguntou o rapaz levantando seu olhar para mim e esboçando um leve sorriso.
- Na medida do possível, sim. - Respondi me debruçando sobre o balcão. - Não sou acostumado a dormir fora, nem me lembro quando foi a última vez.
- Entendo... Quando a gente é acostumado com a nossa cama não existe lugar no mundo que nos sintamos à vontade.
- Exatamente. - Concordei soltando um bocejo.
- Posso ajudá-lo em alguma coisa?
- Escuta... - Comecei. - Sabe se meu amigo já acordou? Bati na porta dele e nada dele responder.
- Ah... Seu amigo simpático! - David deu uma risadinha.
- É... Ele mesmo. - Sorri.
- Ele saiu logo cedo. Disse que ia procurar algo para comer e não demorava... Era pra eu te avisar caso perguntasse por ele, olha... - Disse o rapaz educadamente apontando para o quadro atrás de si me mostrando que a chave do quarto de Magnos estava pendurada no mesmo. - Eu até disse à ele para tomar café aqui na pousada mesmo, mas ele se recusou.
- Ah, sim... Não se importe com isso. Digamos que, o gosto para alimentação dele é bastante peculiar, duvido que tenham algo que ele gosta de comer aqui. - Brinquei. David franziu o cenho e moveu a cabeça para o lado me encarando bastante confuso. Após alguns segundos ele sorriu e disse:
- Nossa! Que exigente o seu amigo!
- Você não faz idéia. - Falei ajeitando minha postura. - Mas então... O que temos de café da manhã? Estou faminto.
O rapaz gentilmente me indicou uma porta dupla que ficava ao lado esquerdo do cômodo e disse:
- Veja por si mesmo. Ali fica nossa área de alimentação.
- Obrigado... Até mais!
Assim que terminei de falar com David, caminhei até a porta que o mesmo havia me indicado. Assim que atravessei a mesma, me deparei com uma sala com algumas mesas de quatro lugares.
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O Híbrido: Despertar do Híbrido {Livro 2}
Ficción GeneralA vida é uma caixinha de surpresas, que nos vive pregando peças às vezes boas e às vezes nem tão boas... O segundo livro da Saga O Híbrido.