brazilian seasoning - Camila/you

Capítulo 47

Oi amores, Feliz dia das crianças! \O/

Esse é o capítulo de hoje! Gostaria de agradecer todos que estão acompanhando e que gostam da história, vocês fazem total diferença!

Saibam que amo vocês ❤️

Boa leitura 🙂

Narrador

O amor é uma força misteriosa, capaz de unir dois corações de maneira tão intrincada que, em momentos de escuridão, sua luz pode ser a única chama a iluminar o caminho. Quando amamos alguém, entregamos pedaços de nós mesmos, confiando que aquela pessoa cuidará dessas partes como se fossem suas. Porém, há momentos em que o amor é posto à prova quando a pessoa que seguramos tão próxima de nós é tomada pela fragilidade da vida, e tudo o que podemos fazer é esperar.

Nessas horas, o amor se transforma em paciência, em esperança silenciosa, em fé de que, apesar das adversidades, ele é forte o suficiente para superar as tempestades. É o desejo de segurar a mão daquela pessoa e prometer que, não importa o que aconteça, você estará lá. Porque o verdadeiro amor não abandona, ele resiste.

*-*

O quarto do hospital estava quieto, com a luz suave das máquinas piscando em seu ritmo constante. O som dos batimentos cardíacos de Camila preenchia o espaço, como uma melodia frágil, mas reconfortante. Ao lado dela, S/n estava adormecida, a cabeça encostada na beirada da cama, com os dedos ainda entrelaçados nos de Camila.

Camila abriu os olhos lentamente, piscando contra a luz fraca. Sua mente ainda estava nebulosa, os últimos eventos embaralhados em sua memória, mas uma coisa era clara: S/n estava ali. Ela estava ao seu lado, como sempre esteve.

Com esforço, Camila virou a cabeça para o lado, e ali estava S/n, respirando de forma profunda, exausta, mas tão próxima que o coração de Camila se aqueceu instantaneamente. Ela observou os detalhes do rosto de S/n os olhos fechados com delicadeza, a expressão cansada, mas serena, como se, mesmo dormindo, estivesse mantendo uma vigília silenciosa.

Um sorriso fraco se formou nos lábios de Camila. Era tão típico de S/n. Mesmo no meio do caos e da dor, ela se recusava a sair do lado dela, como uma âncora, uma constante que não permitiria que Camila se perdesse.

— S/n... — Camila murmurou, sua voz saindo rouca, quase um sussurro.

Ela tentou apertar a mão de S/n, mas seu corpo ainda estava fraco demais. Mesmo assim, ela continuou chamando, quase como uma prece, esperando que aquele sussurro chegasse aos ouvidos de S/n.

— S/n...

Lentamente, como se estivesse emergindo de um sono profundo, S/n mexeu a cabeça, seus olhos piscando contra a luz suave do quarto. Ela levou um segundo para entender onde estava, e quando seus olhos se focaram em Camila, sua expressão mudou. O cansaço ainda estava ali, mas agora misturado com algo mais, uma esperança renovada, uma alegria silenciosa.

— Camila? — A voz de S/n saiu baixa, quase temerosa de que aquilo fosse um sonho.

Camila sorriu, tão fraco quanto seu corpo permitia, mas era um sorriso que irradiava tudo o que ela sentia. Elas estavam juntas, finalmente, e isso era o que importava.

S/n levantou rapidamente, sem acreditar no que estava vendo. Seus olhos se encontraram com os de Camila, e naquele instante, todo o peso das últimas horas parecia desaparecer. A dor, o medo, a incerteza, tudo se dissolveu com aquele simples momento de conexão.

— Camila… você está acordada. — A voz de S/n falhou de emoção, mas seu coração batia mais forte do que nunca.

Camila tentou falar, mas suas cordas vocais ainda estavam fracas, então apenas sorriu. Um sorriso pequeno, mas repleto de significados. S/n inclinou-se para mais perto, segurando a mão de Camila com delicadeza, quase como se temesse machucá-la.