S/n Pov
Na manhã seguinte, o sol invadiu o quarto, anunciando mais um dia na fazenda. Acordei com a leveza de ter Camila ao meu lado. Ela aceitou dormir comigo, mas essa sensação logo foi substituída por uma preocupação que estava tentando afastar há algum tempo.
Desci para a cozinha e encontrei Dinah já acordada, sentada à mesa com uma pilha de documentos. Ela parecia concentrada, mas quando me viu, seu olhar encontrou o meu, e havia algo no ar que indicava que ela tinha algo importante para me dizer.
— Bom dia — Ela disse, tentando manter o tom leve. — Sente-se, S/n. Temos que conversar sobre esses contratos.
Eu suspirei, já antecipando o que estava por vir. Sentei-me à mesa e peguei uma xícara de café, tentando me preparar mentalmente.
— Eu revisei os contratos dos últimos três anos, como você pediu — Dinah começou, passando as mãos por cima dos papéis organizados à sua frente. — E, bem... você estava certa. Os valores estão sendo superfaturados. Há discrepâncias em quase todos os contratos, especialmente nos fornecimentos mais recentes.
Fechei os olhos por um momento, deixando a decepção me invadir. Era algo que eu temia, mas ouvir a confirmação das suspeitas doía de uma forma que eu não estava completamente preparada.
— Então, alguém está roubando de mim — Murmurei, mais para mim mesma do que para Dinah.
— E você tem algum suspeito? — Dinah perguntou, sua voz, assumindo um tom mais sério e preocupado.
Eu hesitei, os pensamentos correndo à mil por hora. A verdade era que eu tinha uma ideia de quem poderia estar por trás disso, mas não queria acreditar. A pessoa em questão era alguém que eu confiava, alguém que fazia parte do meu círculo íntimo de trabalho há anos.
— Tenho. — Respondi, finalmente, olhando para Dinah com uma expressão de cansaço. — Mas antes de acusar alguém, preciso fazer uma ligação. Quero ter certeza antes de tomar qualquer decisão.
Dinah assentiu, compreensiva, mas seus olhos mostraram que ela entendia a gravidade da situação.
— Faz sentido. Precisamos de provas concretas. Mas, S/n, seja quem for, você sabe que estamos do seu lado. Vamos resolver isso juntos.
— Eu sei — Agradeci, tentando sorrir, mas o peso da situação me impedia de demonstrar qualquer alegria naquele momento.
Levantei-me da mesa e fui até a varanda, pegando o celular no caminho. O número que eu estava prestes a discar era de alguém em quem eu confiava há anos, alguém que sempre me apoiou nos momentos difíceis. Mas agora, essa confiança estava em jogo.
Camila apareceu na porta, o cabelo ainda úmido do banho, com um sorriso suave no rosto. Quando ela percebeu minha expressão, sua feição mudou, e ela se aproximou, preocupada.
— Está tudo bem, S/n? — Perguntou ela, pousando a mão no meu braço.
— Vai ficar — Respondi, tentando manter a calma. — Só preciso resolver uma coisa. Pode me dar um minuto?
Camila assentiu, apertando minha mão antes de se afastar para me dar privacidade. Eu sabia que ela estaria lá quando eu precisasse, mas naquele momento, eu precisava lidar com isso sozinha.
Respirei fundo e finalmente fiz a ligação. O telefone tocou uma, duas, três vezes antes de alguém atender.
Ligação on
Aline: Alô?
A voz do outro lado era familiar, mas agora parecia carregada de uma tensão que eu nunca havia notado antes.
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brazilian seasoning - Camila/you
Fiksi Penggemar- Você fala parecendo que vou me apaixonar perdidamente por ela. - Falei impaciente com minha irmã - Só tome cuidado, não quero que se machuque. - Ela deixou um beijo no meu rosto e saiu. Tudo isso porque achei a arquiteta bonita. Venham conhecer...