Capítulo 45

125 16 18
                                    

Oi amores, votem consciente!

Espero que gostem do capítulo.

Camila Pov

No fim daquela tarde, antes de encontrar Dinah, senti o peso dos meus próprios pensamentos se acumulando. Eu sabia que precisava desabafar, mas não tinha certeza se estava pronta para ouvir as respostas que ela poderia me dar. Estávamos em um café discreto, o tipo de lugar que Dinah sempre escolhia para nossas conversas. Assim que cheguei, a encontrei com um sorriso travesso nos lábios, brincando com o açúcar do café.

— Ora, ora, se não é a futura Sra. Albuquerque — Ela provocou, inclinando-se na cadeira com aquele ar despreocupado que só Dinah conseguia manter.

Revirei os olhos, tentando esconder o sorriso que ameaçava surgir.

— Vai começar com isso agora? — Perguntei, sentando-me à mesa.

Dinah riu, claramente satisfeita com minha reação. Ela sempre soube como aliviar a tensão com uma piada bem colocada. Mas, no fundo, ela sabia que havia algo mais sério em jogo.

— Claro! Vou até pedir uma camiseta personalizada — Brincou, balançando a cabeça com exagero. — Mas agora falando sério... o que te trouxe aqui? Você nunca, você me atualizou sobre o casamento, mas tem algo rolando?

Soltei um suspiro pesado, mexendo na xícara de café à minha frente, sem encará-la de imediato.

— É sobre os ciúmes... e sobre como eu estou lidando com tudo isso — Murmurei, finalmente levantando o olhar para ela. — Acho que estou... exagerando, Dinah.

O sorriso brincalhão de Dinah desapareceu, dando lugar a uma expressão mais séria, embora não menos acolhedora. Ela me conhecia bem demais para não entender o que estava por trás das minhas palavras.

— Exagerando como? — Ela perguntou, inclinando-se para frente, apoiando os cotovelos na mesa.

Dei de ombros, sem saber como começar. Era difícil admitir que as crises de ciúmes estavam me consumindo. A gravidez, as inseguranças, a vida com S/n... tudo parecia amplificado, como se eu estivesse sempre à beira de um ataque de nervos. E cada vez que uma mulher se aproximava de S/n, fosse uma recepcionista sorridente ou uma colega de trabalho, meu coração disparava, a insegurança tomando conta de mim.

— Eu sinto que estou sufocando a S/n — Confessei, minha voz quase um sussurro. — Eu fico paranoica. Qualquer mensagem no celular, qualquer mulher que se aproxima dela... eu perco o controle.

Dinah soltou um suspiro profundo, mas não disse nada imediatamente. Apenas me observou por alguns segundos, provavelmente escolhendo as palavras com cuidado. Quando ela finalmente falou, sua voz era firme, mas sem perder a compaixão.

— Camila, você sabe que eu te adoro, mas vou ser bem direta: você precisa parar com isso. Esses ciúmes exagerados estão te prejudicando e, pior, podem prejudicar o relacionamento de vocês.

Eu engoli em seco, já esperando essa bronca, mas ainda assim foi difícil ouvir.

— Eu sei... — Comecei, mas Dinah me interrompeu.

— Não, eu não acho que você saiba de verdade. Porque, se soubesse, já teria dado um jeito de controlar isso. Olha, a S/n te ama. Ela está contigo de corpo e alma. Vocês estão construindo uma vida juntas, esperando gêmeos, planejando casamento. Você acha mesmo que ela trocaria tudo isso por uma recepcionista qualquer? — Ela arqueou uma sobrancelha, e eu me encolhi na cadeira.

— Eu sei que parece irracional. Eu só... não consigo evitar. Acho que a gravidez amplifica tudo — Admiti, tentando justificar, mas Dinah balançou a cabeça.

brazilian seasoning - Camila/you Onde histórias criam vida. Descubra agora