Catrina
A CASA NOSTRA!
A CASA NOSTRA!
IL DRAGONE ROSSO VINCE.
IL PREDESTINATO VINCE.
Monza nunca esteve tão feliz quanto hoje.
Quando me disseram no rádio que o pit stop de Samantha havia sido mais demorado que o normal, eu soube o que tinha que fazer.
Ultrapassar ela na saída dos boxes não foi o difícil.
Difícil foi acelerar para cima de Abbi Pulling com pneus quase em frangalhos.Faltavam três voltas. Três.
Eu achava que não iria conseguir, achava que segundo lugar seria o máximo para essa manhã.
Mas as arquibancadas vibravam em vermelho, e vermelho sempre foi a minha cor.Eu a ultrapassei por fora, numa curva, quase excedendo os limites de pista.
Eu senti minha espinha se arrepiar.
Quase acabei com a minha corrida.
Quase poderia ter perdido tudo.
Quase.Mas hoje não.
Hoje era dia glória.
Hoje era vitória do dragão vermelho.Julia vinha logo atrás de Samantha depois da bandeira quadriculada.
Passando o carro ao meu lado e acenando, ela me parabenizava por algo que eu sequer tinha entendido ainda.
Eu tinha vencido? De verdade? Mais uma vez? Terceira vez esse ano, segunda vez na Itália.Esse dragão estava cuspindo fogo para todos os lados, em busca do seu troféu de campeã.
Parei o carro no local indicado com um 1 enorme que eu gostaria de roubar para mim, as pessoas já estavam começando a invadir de todos os lados.
Eu pulei do meu acento, ainda com meu capacete preto com detalhes vermelhos, jogando meu punho ao ar em completo êxtase.Eu não chorava dessa vez, não era um milagre.
De uma vez por todas eu sabia que eu era uma puta piloto, e ninguém poderia tirar isso de mim.Pulei nos meus colegas de equipe. Pulei tão forte que quase derrubei Vasseur.
Ele fez o que sempre faz, segurou meu rosto entre suas mãos e me deu um beijo na testa.— Você é uma estrela, garota. A Princesa da Ferrari. Sabe disso, não é? — Eu fiz que sim com a cabeça, dessa vez eu senti vontade de chorar.
Mas não chorei.
Carlos e Charles estavam no meio, se espremendo para vir me cumprimentar.
Carlos chegou primeiro e me abraçou, batendo no capacete, o que me fez perceber que eu ainda estava com ele. Vasseur o tinha segurado e eu sequer havia percebido.— Gostou do presente de aniversário, Chilli? — Perguntei assim que retirei o capacete.
— Melhor que isso só com uma vitória minha mais tarde, Hermosa.
Charles se espremia ao seu lado para tentar me ver, então fui para mais perto dele.
— Eu disse a você, eu disse a você. — Ele repetia enquanto me abraçava.
— Você disse, Charlie. — Me afastei levemente dele.
Eu rodei meu braço livre — aquele que não segurava o capacete — em seu pescoço e o puxei para um beijo.
Acho que os gritos das pessoas poderiam ser ouvidos a 2km de distancia.Não é como se nunca tivéssemos nos beijado em público, mas no ambiente da F1 isso nunca havia acontecido, muito menos depois de uma vitória assim.
Me afastei dele, com uma piscada de olho, e fui dar entrevistas.
Pude ver Carlos mexendo nele, como se fossem dois adolescentes e uma garota bonita acabasse de ter chamado eles para sair.
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15 • 16 | CHARLES LECLERC
FanfictionCatrina MonteRey dirige pela Ferrari na F1 Academy com o número 15 em seu carro. Monegasca, 24 anos, sonha em ser campeã mundial e odeia Charles Leclerc. Charles Leclerc dirige pela Ferrari na F1 com o número 16 em seu carro. Monegasco, 26 anos, son...