26 | Capitão Nascimento

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Postei o capítulo errado. Esse é o verdadeiro capítulo 26. Me perdoem kakakakaka

Cheguei em casa exausto, como sempre

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Cheguei em casa exausto, como sempre. O batalhão acaba com qualquer um, mas o que me desgasta de verdade não é o trabalho físico, nem ficar no sol o dia inteiro. O que acaba comigo é a porra da mente que não desliga nunca. É ficar revendo cada merda que aconteceu, cada ordem que eu tive que dar, cada situação que saiu do controle. Eu tenho que ser o cara que bota ordem na bagunça, o cara que segura a linha enquanto todo mundo quer desmoronar. Cada recruta novo que chega, achando que sabe de alguma coisa, eu tenho que lembrar quem manda, quem controla o show. Isso cansa. A cabeça não para de remoer o que passou e o que pode dar errado amanhã.

Mas quando eu pisei na sala, vi a Marina largada no sofá, jogada de qualquer jeito, assistindo uma comédia romântica. Ela rindo sozinha, meio descontraída, como se o mundo lá fora não tivesse um pingo de problema. Sabe, aquela sensação de que o caos pode tá rolando em volta, mas tem um lugar que é só paz? Então, ela é isso. Meu pedaço de paz no meio do inferno que minha vida virou. Só de olhar pra ela, já senti o corpo relaxar um pouco.

— Vou tomar um banho e já volto pra te fazer companhia, Nina — falei, tentando não deixar transparecer o quanto o dia tinha sido uma merda.

Ela virou o rosto pra mim, aquele sorriso safado no canto da boca, e mandou sem pensar duas vezes:

— Lava bem seu pau, porque quero usar ele hoje.

Brincadeira ou não, sabia que aquilo era provocação da boa. Dei uma risada curta, porque, porra, não dá pra ouvir um negócio desses e não responder à altura.

— Fica provocando e depois reclama que tá mancando — soltei, já subindo as escadas enquanto ela ria de volta, e aquela risada ficou ecoando na minha cabeça.

Só o que eu conseguia pensar era que a Rosane não estava em casa. Graças a Deus. Ela devia estar com a Bárbara, colando velcro ou que seja. Eu já nem ligo mais. Minha cabeça agora só tem espaço pra Marina. É impressionante como ela ocupa cada canto, cada pensamento. Fazia anos que eu não tinha tanta vontade de voltar pra casa depois do trabalho.

Entrei no quarto vazio e fui direto pro banheiro. A água quente batendo no corpo era boa, mas nem de longe resolvia o que eu tava sentindo. O problema não era cansaço físico, não. Era outra coisa. Já fazia uma semana desde a primeira vez com a Marina, e, caralho, parecia que a cada dia que passava, a vontade de meter nela só aumentava. Terminei o banho rápido, com a mente presa em tudo que eu queria fazer com ela.

Peguei um calção preto, sem cueca. Pra quê complicar? Vesti o negócio sabendo que ia sair fácil logo mais. E, como já tinha pensado no que ia rolar, enfiei uma camisinha no bolso. Preciso estar preparado, sempre. Essa era a minha natureza. Eu desci as escadas, ainda com o cabelo molhado, e quando vi a Marina ali, de camisola branca, toda concentrada naquele filme idiota, não deu pra segurar o sorriso. Um sorriso de canto, cheio de segundas intenções. Ela nem percebeu de cara.

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