48- O preço da Verdade

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O jantar estava animado, e Pool, parecia maravilhado com a fazenda. Ele falava sem parar, elogiando cada detalhe com aquele entusiasmo típico de quem vê algo novo pela primeira vez. Ele elogiava as máquinas de ordenha, as vacas de última geração, e até o funcionamento preciso de tudo. Eu sorria, saboreando cada palavra de aprovação, não só pelo meu trabalho, mas também porque, porra, era o irmão da Laura. Ter ele ali, gostando de tudo, me trazia um alívio que eu nem sabia que precisava. A aprovação dele parecia um selo importante, algo que fortalecia ainda mais minha ligação com Laura.

Olhei para ela, sentada ao meu lado, e vi que estava meio pensativa, talvez perdida nos próprios pensamentos. Discretamente, deslizei minha mão sob a mesa e apertei a dela de leve. Ela me olhou, e naquele momento, só existiam nós dois.

Ela sibilou um "eu te amo", tão baixo que quase não ouvi, mas vi nos seus lábios. Meu coração acelerou. Sorri para ela, também sibilando de volta um "eu também", sem som algum. Nossos olhares se cruzaram e o resto da mesa simplesmente sumiu. Merda, como eu amava aquela mulher.

Fomos tirados daquele nosso mundo por Joana, que, do seu jeito sempre caloroso, comentou que a fazenda tinha ficado muito triste sem Laura. Eu sabia que ela estava tentando nos provocar um pouco, e sorri.

" O dono da fazenda também ficou muito triste sem ela" falei, com um olhar malicioso em direção a Laura.

Todos ao redor da mesa riram, mas eu não conseguia desgrudar meus olhos dela. A maneira como seus olhos brilharam me fez querer levá-la para longe de todos ali naquele instante.

Depois do jantar, eu sabia que não conseguiria esperar muito mais. Me levantei, dando boa noite a todos.

" Vou subir. Acho que já é hora de descansar" disse, piscando para Laura.

Ela se levantou também, com aquele sorriso cúmplice, e comentou que ia me acompanhar. Assenti, sentindo uma onda de excitação percorrer meu corpo. A noite ainda prometia.

Antes que saíssemos, Márcia pigarreou, e em seguida soltou um espirro, brincalhona.

" Vocês dois são uns coelhos!" ela provocou, rindo de si mesma.

Eu balancei a cabeça, sorrindo. Márcia era uma espertinha, sempre soube disso.

" Ah, espertinha mesmo, hein?" retruquei, rindo enquanto ela se gabava.

Finalmente, me virei para Joana, que estava com aquele olhar de quem sabia exatamente o que estava acontecendo.

" Obrigado pelo jantar, Joana. Tava delicioso, como sempre."

" Fiz especialmente para comemorar o noivado de vocês dois" ela respondeu, com um sorriso maternal no rosto.

Laura e eu agradecemos, trocando olhares que diziam muito mais do que nossas palavras. Quando nos despedimos de todos mais uma vez, eu peguei a mão de Laura e a puxei com delicadeza, guiando-a em direção ao nosso quarto.

Subindo as escadas, o silêncio entre nós era cheio de promessas. Meu corpo já estava em chamas, cada toque dela era uma faísca. Quando finalmente chegamos ao quarto, eu a puxei para dentro com um pouco mais de urgência, fechando a porta atrás de nós. Ela me olhou, aquele sorriso malicioso brincando nos lábios. Eu já sabia o que ela queria, e, porra, eu queria ainda mais.

" Acho que ainda tô com fome" eu disse, puxando-a pela cintura e a beijando com intensidade. A sensação dos lábios dela, a forma como ela se entregava ao beijo, tudo em Laura me fazia perder o controle.

Sem perder tempo, Laura me empurrou contra a cama, sua respiração pesada, enquanto começava a desabotoar a minha camisa com uma rapidez quase impaciente. Quando ela terminou, ela jogou a camisa de lado e ficou me olhando por um segundo, antes de soltar uma risadinha.

Tempestades de Corações: Amores Improváveis Onde histórias criam vida. Descubra agora