14- Á flor da Pele

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Estava quase na hora do jantar, mas eu ainda estava no estábulo, cuidando das coisas. Estava dando umas últimas instruções ao José sobre como queria as baias dos cavalos arrumadas para a noite. "A baia da Esmeralda precisa ser trocada," eu disse a ele, enquanto dava uma olhada na minha égua preferida. "Quero que ela fique na segunda baia, a mais próxima da entrada. Ela tem que estar confortável."

José acenou, concordando. "Pode deixar, patrão. Vou ajeitar tudo direitinho."

Enquanto discutíamos mais algumas tarefas, senti uma presença familiar se aproximando, mesmo antes de perceber qualquer som. O perfume doce, inebriante e inconfundível de Laura envolveu o ar ao meu redor, e eu sorri antes mesmo de sentir suas mãos delicadas cobrindo meus olhos.

" Adivinha quem é?"  disse ela com uma voz suave e brincalhona.

Mas eu já sabia. Como poderia não saber? O perfume dela já me deixava louco, e aquele toque... Deus, eu conhecia de longe.

" Hum..."  brinquei, fingindo pensar por um momento, segurando o riso. " Esse perfume só pode ser de uma pessoa que anda me tirando o sono."

Ela riu, e aquele som leve fez algo dentro de mim se agitar.

José, observando toda a cena, ficou com um sorriso bobo no rosto. Acho que ele nunca tinha me visto assim, tão... manso, tão entregue a alguém. Quando percebi o olhar dele, me virei para ele com uma expressão desconfiada. "Vai logo levar a Esmeralda e coloca ela na baia que indiquei," eu falei, tentando soar sério, mas o sorriso do José não saía.

Antes de sair, ele fez questão de cumprimentar Laura. "Boa noite, doutora."

Laura, sempre educada, respondeu: "Boa noite, José."

Assim que José saiu de vista, avancei sem pensar duas vezes. Empurrei Laura contra a parede da baia, minha mão firme segurando seus quadris enquanto meu corpo colava no dela. O calor que explodiu entre nós era quase palpável. Eu sentia o coração dela disparado, e o meu não estava muito longe disso.

Minhas mãos percorreram suas curvas, aproveitando cada segundo. "Mulher, você não tem ideia do que faz comigo..." Inclinei-me para o ouvido dela, deixando minha respiração quente tocar sua pele, sabendo que aquilo ia mexer com ela.

"Senti sua falta..." murmurei, minha voz saindo rouca, carregada de desejo. "O dia todo, só conseguia pensar em você."

Ela soltou um suspiro, e seu corpo arqueou levemente contra o meu. Eu sabia exatamente o que estava fazendo. Minhas mãos deslizaram firmes por suas costas, até alcançarem sua cintura. Puxei-a para mais perto, fazendo questão de que sentisse o quanto eu a desejava. Meu pau estava latejando de tanta urgência.

"Daniel..." o nome saiu dos lábios dela como um gemido, me fazendo perder qualquer traço de autocontrole que eu ainda tinha.

"Quero que sinta o quanto te desejo..." sussurrei no ouvido dela, meus lábios mal tocando sua orelha. O corpo dela se mexeu, inquieto, se apertando contra o meu. Quando nossos olhares se cruzaram, estava claro: ela estava entregue, e eu mais do que pronto para levar isso adiante.

"Mostra o quanto sentiu minha falta..." ela quase implorou, a voz dela soava como uma provocação, e isso foi tudo o que precisei para acabar com qualquer autocontrole que ainda existisse.

Tomei seus lábios num beijo faminto, minhas mãos subindo para segurar seu rosto, puxando-a para mais perto. O beijo era uma mistura de urgência e desejo bruto. Nossas línguas se encontraram com um ritmo que falava mais do que qualquer palavra. Ela gemeu contra meus lábios, os dedos dela se cravando nos meus ombros. Droga, essa mulher sabe como me deixar fora de mim...

Tempestades de Corações: Amores Improváveis Onde histórias criam vida. Descubra agora