54-Ternura e Desejo

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Saí do quarto do pai da Laura ainda com a cabeça cheia das promessas que fiz a ele. Prometi cuidar dela, estar por perto e garantir que ela não passasse por mais nada sozinha. Mas agora, com o peso de todas essas promessas no peito, me dei conta de que não sabia onde ficava o quarto da Laura. Quando parei no corredor, tentando me localizar, vi a Bet se aproximando, a enfermeira do Robert.

" Beth?" chamei, atraindo sua atenção. " Onde fica o quarto da Laura?"

Ela sorriu e apontou para a primeira porta à esquerda, no final do corredor. Assenti com um sorriso de agradecimento e caminhei até lá, sentindo o coração acelerar a cada passo. Quando dei uma leve batida na porta, ouvi a voz dela, baixa e aveludada, permitindo minha entrada.

Entrei e parei por um segundo. Ali estava ela, de pé, apenas enrolada em uma toalha. Porra... meus olhos percorreram seu corpo, e o calor subiu até minha garganta.

" Já tomou banho?" perguntei, tentando controlar o impulso de me aproximar.

Laura balançou a cabeça, dando alguns passos lentos em minha direção, e me abraçou, apertando o corpo quente contra o meu.

" Estava esperando por você" ela murmurou, erguendo o rosto até os nossos olhos se encontrarem. " Vem tomar banho comigo."

Dei um sorriso de lado, tentando recuperar o fôlego enquanto meu corpo respondia ao dela num segundo. Minha voz saiu rouca, o desejo esquentando a garganta.

" Laura... não sei se é uma boa ideia. Sabe que eu não vou conseguir me controlar, e..." suspirei, fechando os olhos por um instante. " Porra, Laura, nem deveria estar te abraçando agora. Você saiu do hospital hoje."

Ela soltou uma risada suave e, em um movimento que acelerou meu coração, mordeu de leve meu lábio inferior antes de sussurrar:

" Não quero que se controle."

Meu corpo inteiro reagiu, como se cada parte de mim tivesse se voltado pra ela. Respirei fundo, sentindo o sangue todo correr para o meu pau. Eu neguei, balançando a cabeça, mas já estava fraco, porra, quase cedendo ao toque e ao cheiro dela tão próximos.

" Eu quero, mas tenho medo de te machucar, Laura... Acabou de passar por um inferno, quase perdemos o bebê. Não posso fazer isso até você estar completamente bem."

Ela soltou um pequeno bufo, com o olhar de quem claramente não gosta de ouvir um "não." Mas antes que ela pudesse se afastar de mim, segurei seu braço e a puxei de volta, fazendo nossos corpos se encontrarem de novo. Laura arfou, e aproveitei para deslizar a mão em sua nuca, aproximando-a para um beijo profundo, carregado de todo o desejo que estava segurando desde a última vez que a toquei. Ela gemeu baixinho entre os lábios, e aquilo desmoronou o último pedaço de controle que eu ainda tinha.

Soltei a toalha que a cobria, revelando seu corpo quente e nu. Ao ver sua pele arrepiada sob minhas mãos, um gemido escapou dos lábios dela, e eu senti meu corpo inteiro pulsar ao vê-la assim.

" Você não faz ideia do inferno que foi pra mim, Laura..." sussurrei, guiando-a até a cama, mantendo nossos corpos unidos. " Pensar que eu poderia te perder... foi como se algo em mim quebrasse de vez."

Ela suspirou, arfando ao sentir nossos corpos se roçarem, e respondeu com a voz baixa, cheia de uma provocação que me deixava ainda mais louco:

" Você que me deixou sozinha naquele quarto..."

Minha garganta apertou, mas a levei para a cama com cuidado, me abaixando com ela e apoiando os braços para não machucá-la. Deslizei uma mecha de cabelo dela para trás da orelha, e o olhar que ela me lançou, cheio de doçura e de algo ainda mais intenso, quase me desmontou.

Tempestades de Corações: Amores Improváveis Onde histórias criam vida. Descubra agora