56

65 12 5
                                    

Harumi e Sasuke sempre saíam em missões juntos, o garoto tinha convidado a ruiva a participar na sua viagem, já que não conseguia viver longe de sua ruiva.

As missões eram fáceis para eles, já que ambos eram excepcionalmente talentosos, poderiam lidar com um exército inteiro, que conseguiriam os derrotar em minutos.

Sasuke com seu sharingan e rinnegan, e harum com suas habilidades.

A noite estava silenciosa na Vila Oculta da Folha, iluminada apenas pela luz suave da lua cheia que brilhava sobre o horizonte. O vento leve balançava as folhas das árvores enquanto Sasuke e Harumi se encontravam no telhado da casa Uchiha, um lugar tranquilo onde costumavam se encontrar para conversar. As estrelas cintilavam no céu, mas o que brilhava mais intensamente naquele momento eram os sentimentos que pairavam entre eles.

Harumi, com seu cabelo vermelho curto esvoaçando ao vento, olhava para Sasuke, que estava sentado ao seu lado, em silêncio. Ambos tinham passado por muito — lutas, perdas e o peso de suas responsabilidades. Mas naquele momento, no topo daquele telhado, tudo parecia distante. Era só eles dois.

Sasuke, sempre reservado, não costumava expressar seus sentimentos com facilidade. Mas com Harumi, ele sentia uma abertura diferente, uma conexão que ele não experimentava com mais ninguém. Ele olhou para ela, seus olhos escuros refletindo a luz suave da lua.

— Você sempre esteve aqui — murmurou Sasuke, quebrando o silêncio com uma voz baixa e profunda. — Mesmo quando eu achava que não precisava de ninguém, você estava por perto.

Harumi sorriu de leve, aquele sorriso que raramente mostrava aos outros, mas que sempre surgia quando estava com ele. Ela sabia que Sasuke não era alguém que falava abertamente sobre seus sentimentos, mas suas palavras, mesmo poucas, sempre carregavam muito significado.

— Eu sempre estarei — respondeu Harumi, sua voz suave, porém firme. — Porque, no fundo, sempre soube que você também precisava de alguém. Assim como eu.

Ela se aproximou um pouco mais, sentindo o calor de Sasuke ao seu lado, mesmo naquela noite fria. Seus olhos se encontraram, e naquele momento, o silêncio falava mais do que qualquer palavra poderia dizer. Harumi sabia o que ele carregava em seu coração, e Sasuke, por sua vez, entendia a solidão e a força que ela também carregava.

Sem hesitar, Sasuke estendeu a mão e tocou o rosto de Harumi com delicadeza, seus dedos traçando a linha de sua mandíbula. Harumi fechou os olhos por um breve instante, sentindo o toque dele como se fosse algo precioso, algo que ela esperava há muito tempo. Quando abriu os olhos novamente, seus olhares estavam entrelaçados, e havia algo nos olhos de Sasuke que ela raramente via: vulnerabilidade.

Sasuke aproximou-se mais, seus dedos deslizavam suavemente pela pele de Harumi, como se estivessem desenhando os contornos de seu rosto, memorizando cada detalhe. O coração de Harumi acelerou, não pela surpresa, mas pela intensidade daquele momento. O ar entre eles parecia mais denso, carregado de emoções não ditas. O tempo desacelerou, como se o mundo ao redor deles estivesse se afastando, deixando-os em uma bolha de silêncio, onde apenas os batimentos de seus corações podiam ser ouvidos.

Quando Sasuke inclinou a cabeça, seus olhos não deixaram os dela. Havia uma hesitação, uma suavidade incomum em seu gesto, como se estivesse pedindo permissão com o olhar. Harumi, sem dizer uma palavra, respondeu ao pedido silencioso inclinando-se também. Seus lábios se tocaram com suavidade, como uma brisa de verão que mal roça a pele, mas deixa uma marca profunda.

O primeiro toque foi breve, quase tímido, como se ambos estivessem testando a profundidade daquele momento. Mas então, à medida que a tensão entre eles se dissipava, o beijo se aprofundou lentamente, carregado de tudo o que eles nunca disseram em palavras. Havia uma ternura naquele toque, uma gentileza que contrastava com o peso das batalhas que ambos enfrentavam diariamente.

Os lábios de Harumi moldavam-se aos de Sasuke de forma natural, como se aquele momento fosse inevitável. Havia uma doçura que ela não esperava, uma suavidade que ele guardava só para ela. A mão de Sasuke, que antes acariciava seu rosto, deslizou para sua nuca, segurando-a com delicadeza, como se temesse que ela pudesse desaparecer. Harumi, por sua vez, colocou uma mão sobre o peito dele, sentindo o ritmo acelerado de seu coração.

O beijo não era apressado, era lento e cheio de significados ocultos. Cada segundo prolongado parecia uma promessa silenciosa. Não era apenas um gesto de afeto físico, mas um pacto entre duas almas que encontraram conforto uma na outra em meio ao caos de suas vidas.

Quando finalmente se afastaram, o ar ao redor deles estava carregado de eletricidade. As respirações estavam entrecortadas, e ambos mantinham os olhos fechados por alguns segundos, como se quisessem prolongar aquela sensação um pouco mais. Sasuke, com sua testa ainda encostada na de Harumi, abriu os olhos lentamente, e pela primeira vez em muito tempo, havia um brilho neles — algo entre gratidão e uma paz silenciosa.

— Você é diferente, Harumi — Sasuke sussurrou, sua voz quase inaudível. — Você não tenta me mudar, nem me afastar. E eu... não sei o que faria sem isso.

Harumi levantou a cabeça, ainda próxima a ele, seus olhos buscando os dele com uma intensidade suave. Ela colocou sua mão sobre a de Sasuke, que ainda estava em seu rosto, segurando-a com firmeza.

— Eu te entendo, Sasuke. Porque, no fundo, somos iguais — disse ela suavemente. — Dois corações machucados que encontraram um no outro algo para se segurar.

Com delicadeza, ela deixou a mão dele repousar em seu colo, e então se aconchegou novamente ao lado dele, deitando a cabeça em seu ombro. Ali, no silêncio daquela noite estrelada, o beijo ainda pairava entre eles como uma lembrança recente, um elo que havia se formado sem a necessidade de palavras. Eles sabiam que, de alguma forma, algo havia mudado — uma promessa silenciosa havia sido feita, e ambos estavam dispostos a honrá-la.

— vamos para dentro, ruivinha — chamara de forma fofa e delicada.

— tudo bem, maneta — entrou na brincadeira, vendo Sasuke fazer beicinho, como uma criança de quatro anos.

Ao longo dos três anos que se passaram depois da guerra, Harumi recuperou seus sentimentos, tinha voltado a ser a garotinha feliz, energética e traiçoeira.

Agora que tudo em sua volta tinha mudado, ela finalmente poderia experimentar coisas novas, como amor e prazer, algo que era proibido quando criança.

Sasuke pegou na ruiva, a dobra de seu braço era preenchida pelo peso das pernas pálidas de Harumi, que estavam expostas por seu kimono.

— ei, não faças isso derrepente! — risonha, a ruiva solta, dando um tapinha de leve no peito de seu "amado".

— vamos para dentro — fala com um breve sorriso de canto.

A Garota De Cabelos Ruivos - Shippuden Onde histórias criam vida. Descubra agora