28 - Fácil

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Olhei ao redor, vendo a guarnição pronta para a operação da noite

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Olhei ao redor, vendo a guarnição pronta para a operação da noite. Decidimos invadir à noite, acreditando que seria mais fácil alcançar nosso objetivo sem sermos detectados. 

Éramos cerca de trinta, divididos entre o BOPE e a Polícia Federal. Nascimento, com sua expressão focada e fria, terminava de passar as últimas instruções. 

Cruzei os braços, observando- o. Algo em nossa dinâmica estava estranho, nosso sexo casual tinha ultrapassado uma linha que talvez eu precisasse reconsiderar.

—  Todos de acordo? —  perguntou ele aos homens.

—  CAVEIRA! —  o grito uníssono ecoou pelo local.

Nascimento me olhou, assentindo de leve, e comecei a caminhar em direção à viatura. Atrás de nós, outras cinco viaturas e um tanque, o "Caveirão", já estavam prontos.

Durante o trajeto, a viatura de Nascimento liderava, enquanto a minha ficava na retaguarda. Quando chegamos, deixamos as viaturas na base do morro e seguimos a pé, subindo pelas escadas, nos escondendo nas sombras.

—  Franco! —  chamou Nascimento, e me aproximei, ficando ao seu lado. —  Onde precisamos ir?

—  Na casa verde, a duas quadras —  indiquei, apontando. Mas percebi que ele não olhava para a direção, e sim para mim.

—  Gosto desse perfume — disse ele, com um sorriso. Revirei os olhos, impaciente.

—  Você ouviu o que eu disse? —  perguntei, irritada.

—  Casa verde, a duas quadras — respondeu ele, ainda sorrindo. —  Agora, volte para a retaguarda.

—  Posso ser mais útil na linha de frente — insisti, mas ele negou com um gesto firme.

—  Retaguarda, Franco — ordenou.

Suspirei ao voltar para o grupo, recebendo olhares inquisitivos de Carlos e Eliza. Revirei os olhos, enquanto o BOPE avançava pela primeira quadra. Assim que o último homem dobrou a esquina, puxei Carlos e Eliza para o lado oposto. Sabia que chegaríamos antes à casa e evitaríamos sermos vistos.

Nos movemos com cuidado, e, como esperado, alcançamos a parte de trás da casa antes do BOPE. Encostei -me na parede, analisando os seguranças ao redor, homens armados, distraídos, fumando e bebendo.

—  Lena... — sussurrou Eliza, mas fiz um sinal para que mantivesse silêncio.

Foi então que o som dos foguetes começou. Os seguranças reagiram rapidamente, largando o que tinham nas mãos e indo em direção à área onde o BOPE estava. 

Assim que a entrada ficou deserta, saí do esconderijo e avancei até a porta de ferro, indicando para Carlos e Eliza me seguirem.

Passamos pela porta e entramos na casa, que estava surpreendentemente vazia. Os disparos ainda ecoavam do lado de fora, mas mantivemos o foco. Vasculhávamos cada canto, cada móvel, em busca de qualquer pista que pudesse nos levar até a menina.

Destinos Cruzados | Capitão NascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora