Estacionei o carro em frente ao bar, observando o local. Só mesmo Carlos e Neto para me arrastarem para um bar em pleno sábado à noite.O lugar estava movimentado, com grupos de amigos espalhados em mesas, vozes altas misturadas com o som ambiente e o cheiro de cerveja no ar. Peguei o celular no bolso, digitando rapidamente antes de sair do carro.
Qualquer coisa, liga, ratinha.
Enviei a mensagem e, quase instantaneamente, vi a resposta surgir na tela.
Rafaela:
Sim, senhor.Ela tinha planejado dormir na casa de uma amiga hoje, o que me dava um pouco mais de liberdade para aproveitar a noite. Fechei o carro e caminhei até a entrada do bar, o som abafado de conversas e risadas se tornando mais claro à medida que eu entrava.
Olhei ao redor, reconhecendo o ambiente familiar de luzes amareladas e o piso desgastado. No fundo, Carlos e Neto estavam perto de uma mesa de sinuca, rindo e parecendo já um pouco mais descontraídos do que o habitual.
— Estrelinha! — Carlos levanta o copo de chope, dando um sorriso debochado.
Revirei os olhos com aquele apelido idiota, que ele adorava usar para me provocar. Caminhei até a mesa deles, puxando uma cadeira e me acomodando ao lado, tentando ignorar a piada.
Peguei um copo vazio e o enchi com a cerveja que já estava na mesa, dando um gole rápido para acompanhar o ritmo da conversa.
— Convidou a Helena? — perguntou Neto, sem tirar os olhos da mesa de sinuca, enquanto ajeitava o taco para a próxima jogada.
Olhei para Carlos, que balançou a cabeça negativamente, ainda com o copo de chope na mão.
— Não, ela não tá numa semana boa. Além disso, ela não bebe álcool — ele respondeu com um tom despreocupado, virando o copo e tomando um longo gole.
Bati os pés no chão, sentindo o som abafado pelo bar lotado. Era típico de Carlos não se aprofundar nos detalhes, mas eu sabia que algo mais estava acontecendo com Helena.
Mesmo assim, resolvi não insistir. Se ela quisesse, me contaria quando estivesse pronta.
Enquanto isso, Carlos deu um meio sorriso para mim, como se tentasse aliviar o clima pesado. Neto, já de volta à mesa, acertou a bola com precisão, e o som do taco ecoou pelo ambiente.
Eu me recostei na cadeira, respirando fundo, tentando relaxar. Sábado à noite, com a galera, era o que eu precisava... mesmo que ainda estivesse com Helena na cabeça.
A diaba não saia da minha cabeça, o cheiro de seu perfume, sua postura, seu corpo Helena era uma perdição, uma completa perdição.
— Então quer dizer que seu irmão está namorando minha esposa? — soltei uma risada, encarando Carlos com uma sobrancelha levantada.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Destinos Cruzados | Capitão Nascimento
Fiksi PenggemarNa caótica e perigosa cidade do Rio de Janeiro, dois mundos colidem quando uma investigadora da Polícia Federal Helena é designada para liderar uma força-tarefa ao lado do Capitão Roberto Nascimento, do BOPE, para encontrar Maria Luiza Chagas, uma...