19 - Medo

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Gatilho: Sexo, com requintes de sadomasoquismo.

Dou dois toques leves na porta de vidro, e logo vejo a senhora abrir, seus olhos já revirando antes mesmo de falar

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Dou dois toques leves na porta de vidro, e logo vejo a senhora abrir, seus olhos já revirando antes mesmo de falar. Ela afasta-se o suficiente para que possamos entrar, sem muito entusiasmo.

— Desculpa o horário... — começo, mas ela me interrompe, ríspida.

— Tanto faz — murmura, sua voz carregada de desdém.

Dou de ombros, sem me abalar, e caminho em direção ao elevador. Ao meu lado, Nascimento solta uma risada baixa.

— Rabugenta — ele comenta, e faço força para conter o riso, que já ameaça escapar.

Assim que as portas do elevador se fecham, sinto o calor que emana do meu corpo crescer. Nascimento está bem à minha frente, seus olhos cravados nos meus, com uma intensidade que faz o ar parecer mais pesado. 

Num movimento rápido e decidido, ele avança, suas mãos firmes me encontram. Uma delas desliza para a minha nuca, puxando-me para mais perto, enquanto a outra se fixa na minha cintura, sua força quase me imobilizando contra a parede do elevador.

Nossas bocas se encontram de forma urgente, e logo nossas línguas se entrelaçam, numa dança sensual e perigosa. O sabor do álcool em sua boca mistura-se ao desejo que já pulsa entre nós, intensificando cada toque. 

Sinto o calor subir por todo o meu corpo, mas um frio delicioso começa a se formar em minha intimidade.

Pressiono as pernas uma contra a outra, tentando aliviar a tensão crescente, mas o gesto só parece acender ainda mais o fogo entre nós.

Arfo suavemente ao sentir a língua quente de Nascimento deslizar pela minha pele, provocando arrepios enquanto mordisca levemente o meu pescoço.

A tensão no ar é palpável, e cada toque parece incendiar ainda mais o desejo que lateja entre nós. 

Sua mão, antes firme na minha cintura, começa a descer lentamente, escorregando pelo interior das minhas coxas, o toque áspero de seus dedos contrastando com a suavidade do meu vestido.

Sinto seus dedos fortes explorarem com precisão, apertando e alisando minha coxa enquanto sobem, perigosamente próximos ao limite do tecido que cobre minha pele. 

Meu corpo responde, enrijecendo com a expectativa de seus movimentos, cada segundo esticando a tensão entre nós, como um fio prestes a se romper.

De repente, o ding suave do elevador ecoa pelo ambiente fechado, e Nascimento se afasta de mim de maneira abrupta, cambaleando para o lado com uma respiração pesada, enquanto tento recompor meu próprio fôlego.

Sinto o calor de seu toque ainda pulsando na minha pele, e quase me desequilibro com o vazio que sua ausência imediata deixa.

Duas senhorinhas entram no elevador, seus olhares curiosos e desconfiados nos observando. 

Destinos Cruzados | Capitão NascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora