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Cinco meses depois, 17 de dezembro|22:34

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Cinco meses depois, 17 de dezembro|22:34.

Suspiro, passando a mão pelo cabelo com os olhos focados na tela do notebook, procurando algo que me ajude achar Dylan.

Desde da minha suposta prisão, eu vivo em tortura de estar presa neste apartamento, tendo poucas notícias, principalmente de Malia.

Saber que se me virem por aí pode colocar a vida de Malia em risco, eu prefiro me manter em cativeiro fechado, esperando essa sentença acabar para ir trás se qualquer maldito envolvido.

Eu poderia facilmente ir atrás daqueles que ainda estão envolvidos, mas ainda não sei de todos, e antes de tomar qualquer decisão precipitada, eu tenho que observar e estar sempre um passo à frente.

A notificação brilha na tela do meu celular, me fazendo pegá-lo, vendo que é uma mensagem de Morgan.

Morgan está sendo uma ótima pessoa na minha vida, me dando todas as coordenadas certas, me avisando sobre Malia e me mantendo no controle.

"ei, é aniversário de Malia amanhã, e você sabe... A formatura dela também"

Engulo seco, pensando na possibilidade de aparecer por lá, mas seria arriscado demais.

"eu sei, é arriscado demais Morgan"

Não espero pela resposta da mesma e desligo a tela, fechando a tela do notebook, me levantando para sair do escritório.

A sensação de que tem algo de errado, escondido diante dos meus olhos, me incomoda há cinco meses, é sufocante tentar descobrir e não encontrar nem um rastro.

O apartamento se encontra em um silêncio profundo, com as luzes apagadas, somente com o barulho da chuva pesada ao lado de fora.

Caminho até às portas de vidro, abrindo-as, sentindo a brisa gelada me atingir. O céu escuro está carregado de nuvens pretas, a chuva cai pesadamente e tudo está em um clima tenso.

Ouço o barulho da porta principal sendo aberta, mas não me viro e continuo observando o céu ser cortado por raios.

— vou deixar você passar a noite aqui — ouço a voz de Vinnie, e penso que talvez Morgan esteja com ele.

— em um apartamento de luxo? — meu corpo congela ao ouvir a voz feminina.

Não pode ser que Vincent, que sempre fala que é bom me manter longe dela, a trouxe logo para cá.

— há uma surpresa para você, maninha — ele fala de jeito brincalhão e eu sinto meu estômago se revirar. — Kylie? — sinto os olhares presos em mim, então me viro com calma, vendo os dois parados diante a porta.

SUSSURROS DA MEIA-NOITE | Kylia Onde histórias criam vida. Descubra agora