Durante a madrugada, uma série de assassinatos atinge a cidade, aterrorizando a todos. Malia Baker, determinada a ajudar seu pai na busca pelo criminoso, enfrenta não apenas o medo da morte, mas também o desafio de lidar com sua professora de biolog...
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Tudo desabou novamente. Tudo o que eu temia voltou à tona, Malia está aos prantos, chorando ao ponto de soluçar. Eu não sei o que fazer ou falar, nada vai justificar o que eu fiz, mesmo me arrependendo amargamente.
Ela se afasta brutalmente, passando as palmas das mãos nas bochechas vermelhas. É irônico pensar que se fosse naquele dia, eu não estaria sentindo nada além de pena, mas pelo contrário, estou me sentindo a pior pessoa desse mundo.
— eu te odeio — suas palavras soam baixas, porém firmes. — você diz se arrepender, mas há minutos atrás, você está sorrindo para ela! — ela sorri amargamente entre as lágrimas. — isso é patético! — ela abaixa a cabeça.
— Malia, eu não tinha nem reconhecido ela — tento me explicar, mas a risada dela me cala.
— não? — ela ergue a cabeça, me deixando ver seus olhos banhados por lágrimas. — quando reconheceu, adorou... — sussurrou.
— você nunca deixa eu me explicar! Eu já falei tudo, não estou implorando pelo seu perdão, mas esperarei por ele. Em nenhum momento eu disse que gostei que ela apareceu! — solto, me sentindo sufocada com essa merda toda.
É tão difícil entender? Ela está magoada, eu sei! Mas porra, estou tentando ser uma pessoa melhor, por ela...
— explicar o que, Cantrall?! — sua voz sai alta, enquanto dá um passo hesitante à frente. — não há explicação para seus atos! Tudo o que você faz é tentar manipular as situações. Gosta quando está tudo no seu controle, sempre um passo à frente. Se realmente se arrepende dessa merda toda, me prove! — suas palavras ecoam na minha cabeça.
— o que você quer que eu faça? Peça, e eu faço — não penso duas vezes em falar, dando um passo à frente, ficando diante a ela. — só peça, Baker... — sussurro, mantendo meu olhar fixo nos delas.
Malia me olha sem reação, pensativa. Sua mente parece travar uma batalha interna, pensando o que valeria a pena para ela liberar seu perdão.
Seus olhos brilharam de um jeito sútil, carregado de medo e frieza, deixando de lado seu olhar doce e calmo.
— a dor que ele me causou não há como voltar atrás... — sussurrou, mexendo em seus dedos. — as mãos sobre meu corpo jamais sumiram. A dor de um coração partido não se compara ao nojo que eu sinto só de olhar para ele... Você... Você me provou algumas vezes que está fazendo diferente. Mas eu preciso de mais, Kylie... — estou pronta para me submeter a qualquer coisa para conseguir seu perdão.
Quando suas mãos tocam as minhas de maneira firme, me olhando com súplica, pronta para me pedir algo fora do seu comum.
Robert é a primeira pessoa que surge em minha mente, os seus planos prontos para arrastar Malia para escuridão. E por mais que ela tente me odiar a todo custo, eu jamais iria me permitir deixar que ele faça mal a ela novamente.
