APOLLO AGGELIDIS: um homem com um passado doloroso, é conhecido por ser um monstro cruel que assassinou sua própria família. Ele é temido por toda a Grécia.
Todos o temem.
Muitos especulam.
Contudo, nem sempre é o que parece: Apollo realmente é um h...
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Paramos em frente a uma propriedade grande e muito bem cuidada. Há um enorme portão preto com muro acinzentado do lado de fora, e é possível ver as árvores todas alinhadas, sumindo para além dos portões.
Apollo não diz nada; contudo, logo entendo, tendo a constatação de que essa é a mansão dos Aggelidis, onde a mãe dele foi morta. No portão, há uma inicial "A" da família Aggelidis.
— Foi aqui que eu cresci — ele anuncia, depois de um tempo em silêncio. — Apesar de não vir, mantenho a propriedade como uma lembrança dos piores dias da minha vida. — Seguro sua mão, ouvindo seu suspiro, sabendo que esse assunto era sensível e difícil para ele. — Mas também tive momentos bons aqui com minha mãe e Anastasia.
— Posso imaginar o quanto é difícil para você.
— Não sei se algum dia vou conseguir entrar novamente nessa propriedade.
— Vai no seu tempo, mas sempre estarei ao seu lado e, quando estiver pronto, vou ser a primeira a entrar com você. — Um meio sorriso surge em seu lábio; Apollo se inclina, tomando meus lábios em um beijo carinhoso.
— Você é perfeita, sabia? — Sussurra contra meu rosto, e sorrio. Fiquei feliz por conhecer mais uma parte da vida do meu marido.
Minha relação com Apollo andava tão bem que tinha medo de algo acontecer e nós nos afastássemos. Tudo que mais desejei se realizou: meu marido demonstrava se importar com nosso filho, claro que do jeito dele, mas mesmo assim ele demonstrava querer nosso bebê.
Definitivamente, nosso filho era o que faltava na vida do meu marido. Acho que ele nem percebia a mudança em suas atitudes referente ao bebê.
Tudo estava muito tranquilo. Não tínhamos notícias do Sebastian; pelo menos, era isso que Apollo dizia. Porém, não sei se acredito muito. Sem contar que ele ainda chega tarde em casa, mas sei que é algo referente ao trabalho.
E me perguntava que trabalho seria esse para ele ir sozinho.
Não tinha desconfiança do meu marido, apesar de que da última vez agi em torno de desconfiança. Contudo, agora sabia dos sentimentos de Apollo por mim e tinha certeza de que ele nunca me trairia.
Ele, o homem que jurou fidelidade a mim diante de toda a hierarquia da máfia, nunca iria quebrar sua promessa.
Algo em Apollo me deixava confusa. Parece que ele tem sentimentos por mim muito antes do nosso casamento. Sei que pode parecer loucura, mas era isso que eu sentia, e essa pergunta martela em minha cabeça.
***
A volta para Santorini foi agitada e cheia de enjoo. Apollo, como sempre, me cedeu seu colo e seus braços, onde me aconcheguei e tentava evitar os enjoos. Tínhamos chegado há algumas horas em casa. Tomei banho enquanto Apollo, junto com alguns soldados, desceram toda a compra para o quartinho do nosso filho.