29. Uma barreira

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Hyunjin guiou Felix pelo corredor silencioso, a longa capa vermelha dele deslizando pelo chão de mármore, até que chegaram à porta do quarto. Ele a abriu sem cerimônia, e Felix entrou logo atrás, parando no centro do aposento enquanto absorvia o ambiente.

O quarto de Hyunjin era imenso, com janelas do chão ao teto cobertas por cortinas pesadas de veludo vermelho, uma lareira crepitando ao lado e lançando sombras dançantes pelas paredes. No centro, uma cama redonda coberta por lençóis de seda preta parecia ocupar metade do espaço. O calor ali dentro era quase sufocante, uma magia palpável que parecia emanar do próprio Hyunjin e preencher cada canto do quarto.

Felix sentiu o calor se agarrar à sua pele, tornando a capa azul que usava insuportável. Ele a removeu lentamente, revelando seu tronco magro e nu, e a jogou sobre uma poltrona próxima. Hyunjin o observou em silêncio, os olhos dourados percorrendo cada linha do corpo de Felix enquanto ele explorava o quarto com o olhar.

— Grande... — murmurou Felix, mais para si mesmo, enquanto seus olhos captavam cada detalhe do espaço.

Hyunjin sorriu de canto e se aproximou lentamente, como um predador atraído por sua presa. Ele não disse nada até estar ao alcance de Felix, puxando-o com firmeza pela cintura, as mãos quentes encontrando a pele nua e macia. Felix arfou com o toque, mas não recuou.

Os dedos de Hyunjin deslizaram pela cintura de Felix, pousando suavemente sobre a queimadura que ele havia causado horas antes. Ele a tocou com delicadeza, como se quisesse reparar o dano, e sua voz baixa e rouca preencheu o silêncio entre eles.

— Está com calor? — ele sussurrou, o tom carregado de provocação.

Felix mordeu o lábio inferior, as bochechas corando ligeiramente. Ele apenas assentiu, incapaz de encontrar as palavras para responder. Hyunjin observou o movimento de seus lábios e, em resposta, mordeu os próprios, os olhos brilhando com algo predatório.

De repente, ele segurou o pescoço de Felix com uma das mãos, os dedos longos pressionando suavemente, apenas o suficiente para fazê-lo sentir o peso do gesto. Felix soltou um pequeno suspiro, não de medo, mas de rendição. Ele não recuou; ao contrário, seus olhos brilharam com algo desafiador.

Com um movimento rápido, Felix empurrou Hyunjin para trás. Surpreso, Hyunjin caiu na enorme cama redonda, a seda preta amassando sob o peso de seu corpo. Ele riu baixo, mas o som morreu quando Felix subiu em cima dele, posicionando-se em seu colo com uma confiança que Hyunjin não esperava.

Felix colocou as mãos nos ombros largos de Hyunjin e inclinou-se para frente, os cabelos loiros caindo ao redor de seus rostos como uma cortina. Ele encaixou o quadril no de Hyunjin, e ambos prenderam a respiração com o contato. Felix era leve, mas o peso dele sobre Hyunjin parecia uma força esmagadora, como se toda a vontade de Hyunjin estivesse agora à mercê daquele pequeno príncipe.

Hyunjin ergueu as mãos e segurou a cintura de Felix, os dedos fortes pressionando a pele com firmeza. Felix sentiu o calor irradiando das mãos dele, mas, dessa vez, não havia dor. Apenas calor, intenso e pulsante. Felix inclinou a cabeça, os lábios a centímetros dos de Hyunjin, enquanto seu corpo parecia se mover instintivamente contra o dele.

— O que está fazendo, Felix? — Hyunjin perguntou em um sussurro rouco, a voz carregada de desejo.

— Mostrando que eu também posso ter controle — Felix respondeu, o tom desafiador e ao mesmo tempo tão vulnerável que fez Hyunjin arfar.

Hyunjin fechou os olhos por um momento, como se estivesse tentando se conter, mas quando os abriu novamente, o olhar dele queimava com intensidade. Ele segurou os quadris de Felix com mais força, um sorriso pequeno e perigoso surgindo em seus lábios.

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