Capítulo 43 = " Entre a Vida e Morte "
O ambiente hospitalar era gelado, não apenas pelo ar carregado de tensão, mas pela condição de um paciente que lutava pela vida. O cheiro de poções curativas impregnava o ar, misturado ao som das varinhas em constante atividade. As paredes brancas do St. Mungo para Doenças e Acidentes Mágicos refletiam a luz tremulante das velas encantadas que estavam por todo local do hospital, iluminando uma maca isolada onde vários medibruxos trabalhavam freneticamente.
Uma figura infantil jazia inconsciente, o corpo pequeno pálido como cera, os cachos castanho-claros grudados na testa suada. Havia cristais de gelo formados em partes de sua pele, um sinal claro da hipotermia severa. Os olhos cinzas, tão cheios de vida e curiosidade, estavam fechados, enquanto a luta para mantê-lo vivo continuava. Não era dito quem era a criança de imediato, mas os leitores já sentiam o impacto de seu estado crítico.
Um medibruxo levantou a varinha, conjurando um Feitiço de Aquecimento Profundo que cobria o corpo com uma luz dourada, enquanto outro aplicava uma poção diretamente na corrente sanguínea através de uma agulha mágica.
___ Sem resposta ainda! Precisamos aumentar a circulação sanguínea agora! — gritou uma curandeira, conjurando um feitiço que fazia o sangue correr como um riacho descongelado.
Um terceiro bruxo ergueu a varinha, aplicando um feitiço de choque no peito da criança. A cama vibrava com o impacto enquanto o bip do monitor mágico permanecia irregular.
Do lado de fora, a tensão era quase sufocante. Severus entrou no hospital, a capa negra esvoaçando atrás dele enquanto seus olhos buscavam desesperadamente por respostas. Narcisa vinha logo atrás, segurando Draco pela mão, que parecia assustado e silencioso, tentando ser corajoso para Zachriel.
___ Onde ele está?! Onde está meu filho?! — Severus gritou, a voz carregada de desespero enquanto agarrava o primeiro medibruxo que cruzava seu caminho.
Dumbledore, sempre calmo, surgiu como uma âncora na tempestade. Ele tentou acalmar Severus, colocando uma mão firme em seu ombro.
___ Severus, ouça-me. Zachriel foi encontrado no mundo trouxa. Ele atravessou a barreira mágica por conta própria, mas felizmente conseguimos trazê-lo a tempo.
Minerva se aproximou, o rosto cansado mas solidário.
___ Os medibruxos estão fazendo tudo o que podem, Severus. Por favor, confie neles.
Mas nada disso parecia suficiente. Severus estava inquieto, cada fibra do seu ser querendo romper as portas e segurar seu filho nos braços. Kingsley, se colocou entre ele e a porta, segurando-o com firmeza.
___ Severus, você não pode entrar. Não agora. Eles precisam de espaço para trabalhar.
___ E o meu filho, Kingsley! O meu filho! — Severus rugiu, tentando se desvencilhar.
Kingsley o segurou pelos ombros, forçando-o a parar.
___ Você acha que eu não entendo?! Mas você precisa ser forte agora, para ele. Eles estão fazendo tudo o que podem.
Narcisa, ao lado, estava ajoelhada com Draco, tentando acalmar o menino que soluçava baixinho.
___ Mamãe... o Zach vai ficar bem, não vai? — Draco perguntou com a voz embargada.
Narcisa segurou o rosto do filho, limpando suas lágrimas.
___Ele é forte, meu querido. Ele é forte. Mas precisamos acreditar nele.
Severus finalmente caiu de joelhos, os ombros curvados sob o peso da angústia. Através do vidro, ele assistia à cena dentro da sala de emergência. A visão de Zachriel imóvel enquanto os medibruxos trabalhavam era insuportável.
Ele não podia perdê-lo. Zachriel era tudo para ele, o vínculo mais puro que já havia experimentado. Severus lembrou-se dos cachos rebeldes do filho, da risada contagiante, de como ele sempre arrastava seus quebra-cabeças para o escritório dele, apenas para ter sua companhia.
___ Por favor... — ele sussurrou, quase inaudível, enquanto lágrimas finalmente escapavam de seus olhos.
Dentro da sala, o caos se intensificava.
___ O coração está parando! Mais uma dose de Energia Vital! — gritou um medibruxo.
Eles aplicaram o feitiço, mas o som do monitor começou a diminuir, o bip ficando cada vez mais espaçado até que...
Silêncio.
Um único bip longo ecoou pela sala, anunciando o pior.
Severus viu o momento exato em que os medibruxos pararam, olhando uns para os outros com desesperança.
___ NÃO!.— Severus gritou, batendo as mãos contra o vidro, sua dor reverberando pelo corredor.
Draco começou a chorar abertamente, escondendo o rosto no vestido da mãe. Narcisa o abraçou com força, mas seu próprio rosto estava pálido, os olhos cheios de lágrimas.
Kingsley tentou segurar Severus, mas o homem estava inconsolável, murmurando repetidamente:
___ Não... não ele. Não o meu menino...
{...}
Foi então que ele abriu as pálpebras dos seus olhos.
O cinza das íris escura dos seus olhos parecia mais calmo, mas ainda carregava uma tempestade interna dentro dele próprio. Ele olhou ao redor e a imensidão do branco o cegou por um instante, fazendo com que levasse a mão aoo rosto tentando.ofuscar o raio do sol, que antigia seus oljos. Quando levantando-se, percebeu que seus pés estavam sobre um tapete de grama macio.
Sentiu o conforto nos pés e nas mãos, uma sensação rara para ele. O vento suave balançava seus cabelos castanhos claros, quase loiros, com os cachos rebeldes que dançavam ao sabor da brisa do vento, o tigindo em seu rosto.
Zachriel permaneceu parado, tentando entender o que estava acontecendo. A confusão era uma constante em sua mente, um labirinto sem saída. Seus olhos vagaram pelo campo, tentando intender oque exatamente oque estava a acontecendo ali, naquele momento. Ele não poser ficar admirado com a beleza das árvores do belo lago sereno que o deixava maravilhado.
A beleza do lugar era quase esmagadora para seus sentidos sobrecarregados.
Sem compreender completamente, ele começou a caminhar em direção a uma cabana que avistou ao longe. A fumaça saindo da chaminé indicava que havia alguém ali.
" Talvez alguem possa mim a ajudar, a dizer onde estou "
Zachriel disse a se próprio em consciência, a cada passo que ele dava, era uma mistura de ansiedade e curiosidade, sentimentos que frequentemente se misturavam em sua mente.
Enquanto caminhava, Zachriel avistou alguns animais. Ele sorriu timidamente, um sorriso infantil. A visão dos animais trouxe uma breve sensação de paz.
Então, ele viu uma mulher de cabelos loiros ondulados, uma beleza pura e etérea. Sua pele era extremamente pálida, e seus olhos cinza escuros refletiam uma profundidade que ele não conseguia decifrar. Ela estava sentada numa cadeira na varanda da cabana e, ao avistar Zachriel, sorriu para ele.
___ Você chegou Finalmente, estava a sua espera — disse ela, sorrindo. Zachriel a fitou com incerteza, seu coração batendo mais rápido.
___ Quem é você? — perguntou ele, a voz infantil pura com total desconfiança, mais com curiosidade.
___ Você demorou muito filho, pensei que não iria dmeorar tanto, — respondeu ela com ternura.
___ Althea ? — Zachriel disse em choque, enquanto fitava a mulher sorrindo para ele.
___ Vamos, entre, temos que conversar Zachriel — Althea chamou timidamente, com um sorriso que demonstrava gentileza, a quem ele podia confiar cegamente. Zachriel a olhou mais uma vez, um pouco desconfiando. Mas vendo que ela estava verdadeiramente uma pessoa boa pela a forma que seus olhar era puro e bom, abriu um sorriso em seus labios infantil, ainda um pouco hesitante mas ele a seguiu.
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" A Soul to Save"
Science FictionEsquecido por um mundo que o rejeitou, Zachriel conheceu a escuridão cedo demais. Filho de uma mãe Protistuta ausente e cruel, viveu seus primeiros anos em um bairro sombrio e degradado da Grã-Bretanha, onde inocência e segurança eram apenas sonhos...