☆ Capítulo < XXXXIII >

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Capítulo 43 = " Entre a Vida e Morte "





O ambiente hospitalar era gelado, não apenas pelo ar carregado de tensão, mas pela condição de um paciente que lutava pela vida. O cheiro de poções curativas impregnava o ar, misturado ao som das varinhas em constante atividade. As paredes brancas do St. Mungo para Doenças e Acidentes Mágicos refletiam a luz tremulante das velas encantadas que estavam por todo local do hospital, iluminando uma maca isolada onde vários medibruxos trabalhavam freneticamente.

Uma figura infantil jazia inconsciente, o corpo pequeno pálido como cera, os cachos castanho-claros grudados na testa suada. Havia cristais de gelo formados em partes de sua pele, um sinal claro da hipotermia severa. Os olhos cinzas, tão cheios de vida e curiosidade, estavam fechados, enquanto a luta para mantê-lo vivo continuava. Não era dito quem era a criança de imediato, mas os leitores já sentiam o impacto de seu estado crítico.

Um medibruxo levantou a varinha, conjurando um Feitiço de Aquecimento Profundo que cobria o corpo com uma luz dourada, enquanto outro aplicava uma poção diretamente na corrente sanguínea através de uma agulha mágica.

___ Sem resposta ainda! Precisamos aumentar a circulação sanguínea agora! — gritou uma curandeira, conjurando um feitiço que fazia o sangue correr como um riacho descongelado.

Um terceiro bruxo ergueu a varinha, aplicando um feitiço de choque no peito da criança. A cama vibrava com o impacto enquanto o bip do monitor mágico permanecia irregular.

Do lado de fora, a tensão era quase sufocante. Severus entrou no hospital, a capa negra esvoaçando atrás dele enquanto seus olhos buscavam desesperadamente por respostas. Narcisa vinha logo atrás, segurando Draco pela mão, que parecia assustado e silencioso, tentando ser corajoso para Zachriel.

___ Onde ele está?! Onde está meu filho?! — Severus gritou, a voz carregada de desespero enquanto agarrava o primeiro medibruxo que cruzava seu caminho.

Dumbledore, sempre calmo, surgiu como uma âncora na tempestade. Ele tentou acalmar Severus, colocando uma mão firme em seu ombro.

___ Severus, ouça-me. Zachriel foi encontrado no mundo trouxa. Ele atravessou a barreira mágica por conta própria, mas felizmente conseguimos trazê-lo a tempo.

Minerva se aproximou, o rosto cansado mas solidário.

___ Os medibruxos estão fazendo tudo o que podem, Severus. Por favor, confie neles.

Mas nada disso parecia suficiente. Severus estava inquieto, cada fibra do seu ser querendo romper as portas e segurar seu filho nos braços. Kingsley,  se colocou entre ele e a porta, segurando-o com firmeza.

___ Severus, você não pode entrar. Não agora. Eles precisam de espaço para trabalhar.

___ E o meu filho, Kingsley! O meu filho! — Severus rugiu, tentando se desvencilhar.

Kingsley o segurou pelos ombros, forçando-o a parar.

___ Você acha que eu não entendo?! Mas você precisa ser forte agora, para ele. Eles estão fazendo tudo o que podem.

Narcisa, ao lado, estava ajoelhada com Draco, tentando acalmar o menino que soluçava baixinho.

___ Mamãe... o Zach vai ficar bem, não vai?  — Draco perguntou com a voz embargada.

Narcisa segurou o rosto do filho, limpando suas lágrimas.

___Ele é forte, meu querido. Ele é forte. Mas precisamos acreditar nele.

Severus finalmente caiu de joelhos, os ombros curvados sob o peso da angústia. Através do vidro, ele assistia à cena dentro da sala de emergência. A visão de Zachriel imóvel enquanto os medibruxos trabalhavam era insuportável.

Ele não podia perdê-lo. Zachriel era tudo para ele, o vínculo mais puro que já havia experimentado. Severus lembrou-se dos cachos rebeldes do filho, da risada contagiante, de como ele sempre arrastava seus quebra-cabeças para o escritório dele, apenas para ter sua companhia.

___ Por favor... — ele sussurrou, quase inaudível, enquanto lágrimas finalmente escapavam de seus olhos.

Dentro da sala, o caos se intensificava.


___ O  coração está parando! Mais uma dose de Energia Vital! — gritou um medibruxo.

Eles aplicaram o feitiço, mas o som do monitor começou a diminuir, o bip ficando cada vez mais espaçado até que...

Silêncio.

Um único bip longo ecoou pela sala, anunciando o pior.

Severus viu o momento exato em que os medibruxos pararam, olhando uns para os outros com desesperança.

___ NÃO!.— Severus gritou, batendo as mãos contra o vidro, sua dor reverberando pelo corredor.

Draco começou a chorar abertamente, escondendo o rosto no vestido da mãe. Narcisa o abraçou com força, mas seu próprio rosto estava pálido, os olhos cheios de lágrimas.

Kingsley tentou segurar Severus, mas o homem estava inconsolável, murmurando repetidamente:

___ Não... não ele. Não o meu menino...

{...}

Foi então que ele abriu as pálpebras dos seus olhos.

O cinza das íris escura dos seus olhos parecia mais calmo, mas ainda carregava uma tempestade interna dentro dele próprio. Ele olhou ao redor e a imensidão do branco o cegou por um instante, fazendo com que levasse a mão aoo rosto tentando.ofuscar o raio do sol, que antigia seus oljos. Quando levantando-se, percebeu que seus pés estavam sobre um tapete de grama macio.

Sentiu o conforto nos pés e nas mãos, uma sensação rara para ele. O vento suave balançava seus cabelos castanhos claros, quase loiros, com os cachos rebeldes que dançavam ao sabor da brisa do vento, o tigindo em seu rosto.

Zachriel permaneceu parado, tentando entender o que estava acontecendo. A confusão era uma constante em sua mente, um labirinto sem saída. Seus olhos vagaram pelo campo, tentando intender  oque exatamente oque estava a acontecendo ali, naquele momento. Ele não poser ficar admirado com a beleza das árvores  do belo lago sereno que o deixava maravilhado.

A beleza do lugar era quase esmagadora para seus sentidos sobrecarregados.

Sem compreender completamente, ele começou a caminhar em direção a uma cabana que avistou ao longe. A fumaça saindo da chaminé indicava que havia alguém ali.

" Talvez alguem possa mim a ajudar, a dizer onde estou "

Zachriel disse a se próprio em consciência, a cada passo que ele dava,  era uma mistura de ansiedade e curiosidade, sentimentos que frequentemente se misturavam em sua mente.

Enquanto caminhava, Zachriel avistou alguns animais. Ele sorriu timidamente, um sorriso infantil. A visão dos animais trouxe uma breve sensação de paz.

Então, ele viu uma mulher de cabelos loiros ondulados, uma beleza pura e etérea. Sua pele era extremamente pálida, e seus olhos cinza escuros refletiam uma profundidade que ele não conseguia decifrar. Ela estava sentada numa cadeira na varanda da cabana e, ao avistar Zachriel, sorriu para ele.

___ Você chegou Finalmente, estava a sua espera — disse ela, sorrindo. Zachriel a fitou com incerteza, seu coração batendo mais rápido.

___  Quem é você? — perguntou ele, a voz infantil pura com total desconfiança, mais com curiosidade.

___ Você demorou muito filho, pensei que não iria dmeorar tanto, — respondeu ela com ternura.

___  Althea ?  — Zachriel disse em choque, enquanto fitava a mulher sorrindo para ele.

___ Vamos, entre, temos que conversar  Zachriel — Althea chamou timidamente,  com um sorriso que demonstrava gentileza, a quem ele podia confiar cegamente. Zachriel a olhou mais uma vez, um pouco desconfiando. Mas vendo que ela estava verdadeiramente uma pessoa boa pela a forma que seus olhar era puro e bom, abriu um sorriso em seus labios infantil, ainda um pouco hesitante mas ele a seguiu.

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