☆ Capítulo < XXXIII >

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Capítulo 33 = " Sombras da Insegurança "




Ele caminhava sem  se queer saber qual direção era, seus pequenos  pés infantis tocando suavemente a grama verde e macia sob seus passos.

O lugar à sua volta parecia um jardim, mas era mais do que isso. Ele não conseguia entender onde estava, nem o que aquele espaço realmente representava. As flores ao seu redor exalavam um perfume doce e delicado, mas o que realmente o chamou a atenção foi uma luz brilhante que apareceu em sua visão periférica, como uma presença que não podia ignorar. A luz ofuscava, refletindo contra as Iris do seus olhos cinzentos, e ele instintivamente levantou a mão para bloquear a intensidade do brilho.

“Está na hora, Zachriel.”

A voz ecoou em sua mente, suave, mas com um tom que não podia ser ignorado. Zachirel franziu a testa, tentando entender o que estava acontecendo. O vazio, o vazio de um lugar que não fazia sentido, começou a crescer dentro dele, o silêncio se tornando ainda mais tenebroso.

“___ Hora do quê, exatamente? Quem e voce? Oquebeu to fazendo aqui? Cadê meu papai ?” Zachriel perguntou imediatamente, atras de pergunta atras de outra pergunta, sua voz estava hesitante, mas clara. Zach olhou ao redor, tentando localizar de onde a voz vinha, mas não havia ninguém ali. Apenas flores, grama, e a luz que continuava a brilhar.

Sem menos ou nada,  começou a sentir uma pressão em seu peito, uma sensação estranha de que algo estava errado. O ar parecia se condensar em seus pulmões, dificultando sua respiração. Seus dedos apertaram seu peito, como se tentando segurar algo que o estava sufocando. Mas o que era? Ele sentia como se estivesse prestes a desmoronar.

O mundo ao seu redor parecia começar a girar, e seus pés perderam o equilíbrio. Ele tentou manter-se ereto, mas as forças já não estavam mais ao seu favor. O que estava acontecendo com ele? As coisas estavam distorcidas, desmoronando, como se tudo à sua volta estivesse se desvanecendo. A dor no peito aumentou, uma dor afiada que fazia seus sentidos parecerem nebulosos.

“___ Mas o que...” A frase falhou em sua garganta, sua voz não conseguindo sair, e seu corpo se encolheu involuntariamente, como se procurasse fugir da sensação opressiva que tomava conta dele. A pressão em seu peito foi ficando mais forte, esmagando seus pulmões, como se a respiração fosse impossível. Tudo se tornava confuso, e ele não conseguia mais se concentrar.

A voz que o chamava, a mesma que havia dito "Está na hora", agora soava mais distante, mas com um toque de melancolia. “Até logo, Zachriel...” A voz disse suavemente, quase com pesar. Ele não sabia o que significava, mas sentiu algo gelado atravessar sua espinha. A luz que o envolvia começava a desaparecer, deixando-o ainda mais perdido.

“Acorde, Zachriel!!”

De repente, um som estridente ecoou em sua mente como um trovão. Zachriel abriu as íris do seus olhos cinzas-escuros de repente, ofegante, como se tivesse corrido por uma maratona. Ele estava sentado na cama, os lençóis emaranhados ao seu redor e o suor escorrendo pelo rosto. O quarto parecia o mesmo, mas para ele, algo estava diferente.

Ele abraçou os próprios joelhos, os olhos brilhando com medo e confusão.

___ O que... o que foi isso? — murmurou baixinho, o olhar perdido no vazio.

Suas mãos tremiam enquanto ele tentava limpar o suor da testa, mas o gesto só deixou as palmas das mãos mais úmidas. Ele passou os dedos pelos cabelos castanhos claros, onde os cachos estavam todos desgrenhados e colados na testa.

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