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Ayla Velasquez.

Ayla: Porque você tinha que ser dessa vida, em?— sussurrei bem baixinho.— Tudo poderia ser tão diferente se você não fosse traficante.— acariciei o seu rosto.

Me levantei da cama tentando fazer o mínimo de barulho possível para não acordar o Maycon, que aparentemente dormia em um sono profundo.

Olhei a hora no meu celular que estava em cima da mesa de cabeceira e já se passava das onze horas da manhã.

Fui até o banheiro, entrei dentro do box, liguei o chuveiro e quando a água morna caiu sobre mim, senti o meu corpo relaxar.

Ayla: O que você está fazendo da sua vida, Ayla?? — perguntei pra mim mesma.— Eu não posso estar gostando do Maycon. Não posso!— suspirei.

Hoje acordei pensativa sobre os meus atos e também sobre os meus sentimentos totalmente confusos em relação ao Maycon. Não sei explicar o que sinto em relação à ele, só sei dizer que é algo bom e que ele me faz bem.

Estou começando a achar que eu estou confundindo às coisas entre a gente, e não é por causa dos hormônios da gravidez ou por tesão.

Eu preciso colocar na minha cabeça que o Maycon é apenas o pai do meu filho e que entre a gente não pode existir nada!

Ele pode até curtir ficar comigo como ele mesmo me disse ontem, mas é só isso, entende? Ele gosta do sexo e da conexão que temos na cama. Eu também gostei, não posso negar, o problema é que essa nossa aproximação está mexendo comigo e isso me preocupa.

Eu não posso criar sentimentos por ele, porque sei bem como vai ser o final dessa história. Irei sair machucada!

E ter um relacionamento amoroso com ele me trará muitos problemas, não sei se estou preparada para lidar com esses problemas. O Maycon é de um mundo totalmente diferente do meu e para ficar com ele, eu teria que abrir mão de muita coisa.

Porque estou pensando nessas coisas, cara???? Que isso! Para de pensar nessas coisas, Ayla!!! Para! Você não pode confundir às coisas! É só sexo e pronto! Não confunde!!!!!!

Mike: Porque não me chamou, pô?— me abraçou por trás e sussurrou no meu ouvido.

Ayla: Que susto!— falei ofegante.— Quer me matar do coração?— me virei pra ele.— Você sabe que eu não posso me assustar.

Eu estava tão perdida nos meus pensamentos que não escutei o Maycon entrar dentro do banheiro e nem notei a presença dele.

Mike: Foi mal, preta. Não foi minha intenção te assustar.— ele me virou de frente pra ele e distribuiu vários beijos no meu pescoço.

Iniciamos um beijo calmo e lento enquanto a água caía sobre os nossos corpos. Às nossas línguas se encaixam em perfeita sincronia e nenhum de nós dois tínhamos pressa, só estávamos aproveitando o momento, sabe?

Finalizamos o beijo com um selinho demorado, e ficamos nos encarando por longos segundos sem dizer uma palavra...

Ayla: Porque você está me olhando assim?— falei sem graça.

Mike: Assim como, pô?— continuou me encarando.

Ayla: Com esse olhar... Não sei explicar!

Mike: Tô te admirando, pô! Posso não?— sorrir concordando.

Ayla: Você acha que isso está certo?— encarei ele.

Mike: Isso o quê?

Ayla: Isso que está acontecendo entre a gente. Eu e você.— respirei fundo.

PROIBIDO PRA MIM - EM ANDAMENTO. Onde histórias criam vida. Descubra agora