Capítulo 25

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–– Você não pode ir. – Claudia se alterou.

–– Claudia, minha mãe veio até sua casa me pedir desculpas. – peguei a mochila e comecei a guardar minhas roupas. – e eu sinto a falta dela também. – disse baixinho.

–– Nanda, pensa bem no que você vai fazer. – ela entrou na frente da cômoda onde minhas roupas ficavam.

–– Claudia eu já pensei, e eu não quero mais incomodar ninguém.

–– Você não incomoda, você sabe muito bem disso Fernanda. Meus pais amam você também...

–– Claudia, eu nunca disse que seus pais não gostavam de mim. – abaixei a cabeça. – por favor, não torne isso ainda mais difícil para mim.

–– O que vai ser de mim sem você aqui Nanda? Choramingou.

–– Não acha que está sendo um tanto quanto dramática?

Ela fechou a cara e se jogou na cama de costas para mim.

Dei um suspiro enquanto terminava de pegar minhas coisas e as coisas do bebe.

Dona Ana me ajudou a colocar tudo no porta malas de seu carro.

–– Espero que vocês se entendam Nanda. – ela disse enquanto pegava a mochila de minha mão. – Não tem nada mais triste do que mãe e filha brigadas. Fico feliz que ela tenha tido coragem de vir lhe pedir desculpas e mais feliz ainda por você ter aceitado meu anjo. – ela me abraçou. – Você é uma boa garota Nanda, e quero que saiba que as portas da minha casa sempre vão estar abertas para você.

–– Obrigada Dona Ana. – nós nos abraçamos.

–– Sinto falta de quando você me chamava de tia e não de Dona – ela riu.

Não pude deixar de rir também.

–– Desculpa, tia. – disse brincando.

–– Eu já conversei com a sua mãe e ela disse que tudo bem eu continuar te levando ao médico. – ela ergueu um dedo antes que eu pudesse fazer qualquer objeção. – Por favor, eu ínsito. Essa criança já faz parte da família. – ela sorriu para mim.

–– Tudo bem. – eu sorri de volta.

–– Mãe. – Claudia apareceu com os olhos inchados na garagem.

–– Oh filha, o que aconteceu?

–– Se não se importar eu vou me deitar mais cedo hoje. – ela fungou.

Dona Ana apenas assentiu.

–– Claudia para com isso, eu só vou voltar para a minha casa, não vou para outro país. – eu a puxei para um abraço.

–– Eu tenho problemas Nanda, e seria muito mais fácil enfrenta-los com vocês aqui. – ela sussurrou para mim. – Mas eu entendo. Só não some. – pediu.

–– Todo mundo aqui tem problemas, não ache que isso é uma exclusividade sua. – disse tentando manter a calma.

O egoísmo de Claudia me tirava do sério.

–– Boa noite Nanda. – ela voltou para dentro da casa.

Minha mãe estava esperando do lado de fora, no portão. Dona Ana tirou o carro enquanto eu ficava num silencio constrangedor com minha mãe no portão.

–– E então, você já sabe o sexo do bebe? Perguntou tentando puxar assunto.

–– Na verdade não, quero que seja surpresa.

–– Por que? Ela se espantou. – É muito mais fácil comparar coisas para bebes quando se sabe o sexo.

–– Eu sei, mas quero que seja surpresa. – disse.

Um fio de esperança. {EM REVISÃO.}Onde histórias criam vida. Descubra agora