Scarlatti Narrando - II Parte

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Eu só precisei daquilo para jogar tudo pros ares e prender minha boca na dele. A sensação foi de derretimento ao saborear algo que a muito ansiava, mas logo a necessidade avançou sobre mim, querendo buscar.
 
As mãos de Dylan foram para os meus cabelos e eu tentei me segurar para não afasta-lo, sabendo como aquele pequeno gesto o fazia parecer no controle da situação. Concentrei-me no beijo, no sabor do seu hálito refrescante de menta e hortelã. Mesmo saber que era por causa da bala que o vi chupar mais cedo, não me fez estar menos inebriada.

Sem querer pensar muito - pois sabia que se  fizesse encerraria tudo - eu empurrei seu paletó por seus ombros, o despindo. Dylan ajudou rapidamente, e gostei de vê-lo tirar as mãos do meu cabelo. Tão logo, sua boca voltou para a minha, como se ele ainda não tivesse tido tudo o que queria dela, e eu me pus a desabotoar seu colete e em seguida sua camisa. Preferi não tira-los, pois muito embora estivéssemos necessitados um do outro ainda estávamos no escritório, com pessoas ao redor.

Senti um arrepio gostoso percorrer meu corpo quando minha palma tocou a pele firme do peito dele, e sei que ele sentiu o mesmo ao vê-lo tremer. Sempre que o tocava sentia um misto de emoções e sensações. O tom da pele de Dylan me levava a loucura, assim como cada um dos seus toques ou beijos.

Dylan parou o beijo para explorar meu pescoço, sua língua vasculhando cada canto entre minha orelha e meu ombro. Eu estava perdida com a carícia esfomeada dele, nossas respirações saindo aceleradas.

Querendo retomar o controle, eu virei o corpo e investi nossas posições. Dylan era pesado, com o corpo bem torneado e revestido de músculos firmes, mas quando estávamos juntos daquela forma ele sempre se entregava por completo a mim, se tornando maleável a minha mão. Era como se seu corpo fosse feito sob medida para que eu o conduzisse, mesmo contra a vontade dele. Minha marionete.

Eu o beijei com fúria, mordendo-o e sugando, e, ainda com as mãos ao redor da sua camisa entreaberta, o puxei para que viesse comigo e o levei até sua cadeira. O caminha era curto, mas pareceu longo devido a nossa relutância em se afastar, o que dificultou a locomoção.
Eu empurrei Dylan, o obrigando a me deixar, e ele caiu sentado em sua cadeira - que a muito eu reparei não ter braços, o que me fez imaginar tê-lo ali incontáveis números de vezes. 

Dylan me olhou de baixo acima parecendo faminto. O peito largo e moreno exposto pela fresta da camisa subia e descia. Sua respiração só piorou quando me viu desabotoar meu terninho aos poucos. Algo animalesco tomou suas feições e quase o vi salivar de desejo dia ante mim. Também não tirei as partes de cima por completo, apenas deixei aberto para que ele tivesse uma boa visão dos meus seios nus, exatamente como ele estava.

Dylan grunhiu a minha frente, e não contive um sorriso satisfeito. Sempre gostei de causar esse tipo de efeito nos homens, mas saber que causava nele de forma ainda mais intensa era tão bom que chegava a ser inexplicável.

- Você é linda - ele murmurou, olhando-me como se estivesse vendo uma miragem e ainda não estivesse acreditando.

Algo dentro de mim se remexeu. Sempre acontecia quando ele me elogiava. Eram simples elogios, mas de grandes significados, e eu preferia ignorar cada um deles. Naquele momento, eu não queria falar ou ouvir nada, só saciar nossa vontade, e assim poderíamos voltar ao trabalho. Eu precisava daquilo tanto quanto ele. A atração que me ligava a ele parecia nunca ter fim, assim também como a dele por mim. Era perfeitamente claro que isso geraria problemas, aliás, já estava gerando. Mas era uma atração praticamente impossível de liquidar, e que parecia crescer cada vez mais, como uma avalanche de desejos.

Sem o menor pudor, desabotoei minha calça e tirei por completo junto com a calcinha. Os olhos de Dylan  cresceram e desceram por meu corpo, me admirando. Eu o vi suspirar ruidosamente e com dificuldade. Dylan sempre fez questão de deixar claro o quanto me acha linda, e isso era um combustível para minha libido e autoconfiança.

Minha Tentação - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora