Ladrões de almas.

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Em uma rua do centro da Ordem, um pouco distante de Daniel , naquela mesma madrugada,uma garotinha de recém completos doze anos lia um dos diversos livros que a biblioteca de sua casa possuía, ler era coisa mais mágica que os humanos criaram.

Estava absorta na história, não tirava os olhos do livro. Nem percebeu quando o clima pesou, o ar ficou mais denso, a maldade era palpável, o odor de podridão invadiu o ar. Não houve tempo para que a menina percebesse isso.

Um voz já lhe penetrava a cabeça, uma navalha lhe cortou as costas vagarosamente, formando o desenho de um círculo com uma cruz invertida no seu interior, a menina parecia alheia a própria dor o seu sangue vermelho, agora era um negrume que cobria o chão de madeira.

Seus olhos se reviravam lentamente, até ficarem totalmente ao contrário e brancos sem vidas ,um silvo tenebroso ecoava no lugar a voz sangrenta ordenou a menina.

Levante!

E a menina obedeceu.

Ande, vá para o quarto dele!

Mais uma vez a menina aceitou o comando.

Pegue a faca!

E a menina pegou a faca, que jazia na escada esperando-a. Continuou subindo até chegar ao quarto de seu irmão, o menino aparentava ter oito anos e dormia calmamente.

Fure!

Corte!

Mate-o!

O menino acordou e olhou curiosamente para irmã, pensou que fosse uma brincadeira.A menina ergueu a mão até a boca e fez sinal de silêncio.

Mate-o!

E assim a menina fez, desferiu um único golpe na jugular do próprio irmão, depois foi até a janela do quarto.

Pule!

E ela obedeceu.


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