O encontro.

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Chegando em casa, viu apenas Lana na cozinha. Ela dirigiu um olhar divertido para o irmão.

- Nem comece. - Daniel falou.

- O que?- falou desentendida.

- Nem comece. - repetiu Daniel.

- Tem comida para você no armário. - respondeu Lana.

-Obrigado- limitou- se a responder.

Lana levantou e pôs a mão no ombro no irmão.

- Ela é complicada,mas não impossível. Ninguém é.

- E você? - disse Daniel.

- Eu? Daniel, eu só deixo meus dois lados batalharem.- falou a irmã- Daniel, ninguém é completamente má ou completamente boa, as pessoas tem seus defeitos e nisso é que está a graça, tentar ser melhor!

- Faz sentido, mas você tem um lado gigantesco de humor ácido.

- E você tem um menininho alegre e doce, que se esconde dentro desse homem grande e orgulhoso, não sei se essa garota é a certa para você, mas se ela libertar esse seu ser real que existe dentro de você, torço por ela.

Lana disse se retirando da cozinha, Daniel continuou comendo seu pernil com frutas frio, porém saboroso estava exausto precisava dormir, não havia cumprindo a promessa que tinha feito para Susanna.

Entrou em seu quarto e quase sentiu os olhos da garota da caixa lhe encararem.

- "Desculpe, não pude pesquisar sobre você."

- " Tudo bem, não se preocupe eu tenho muito tempo"

- "Amanhã eu prometo."- pensou se jogando na cama e caindo no sono em instantes.

O sono de Daniel foi se tornando mais leve, o transe lhe tomou a mente. E lá estava o fogo, a destruição, as bruxas carmins destruindo tudo na ordem, mais fogo e um lobo. Olhos caninos lhe encaravam diretamente, olhos calmos e tranquilizadores.

Mais fogo e ele Daniel acorda, o colchão está em chamas novamente, queimando pelo fogo proibido. Ele sacode o colchão como da última vez, e apaga as chamas; ele tenta tranquilizar a respiração pesada.

Já tinha amanhecido e o Sol era forte e convidativo a dar um passeio.

-" Aquilo era fogo?" - Susanna pergunta assustando o rapaz.

-" Sim, mas foi sem querer"- respondeu

-" É lindo!"

- " Proibido, vou me arrumar e vamos para biblioteca se Pandora deixar é claro. - disse olhando para gata que o encarava."

- "Deixe para manhã, já passa das quatro"

- Não, iremos hoje.- disse dessa vez em voz alta.

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Duas horas antes.

Liz saiu sorrateiramente de casa, sua mãe não poderia saber que iria ao encontro de uma pessoa que não pertence à Ordem, nem ao menos as bruxas.

Pôs seus melhores sapatos e enfeitou ao máximo seus cabelos claros, Emilly parecia aos olhos da menina elegante e de uma beleza imensa.

A menina seguiu calmante a até os arredores de North Adams, estava caminhando calmante até a feira local diária, o caminho era difícil e barrento, mas sua curiosidade para com as coisas que acontecia fora da Ordem era maior.

- Aonde vai mocinha? - Emilly perguntou segurando um charmoso guarda-chuva.

- Nossa! De onde você veio? Como sabia que eu estaria aqui?

- Imaginei que fosse vim por esse caminho, gosto de passeios nesse Vale.- mentiu.

- E então o que iremos fazer? - perguntou Liz inocente - E obrigada mais uma vez!

- Não precisa agradecer, vamos combinar uma coisa eu te mostro meu universo de humana e você o seu universo de bruxa? - falou docemente.

- Tecnicamente, eu sou humana também. A diferença é que sou pagã, admiradora da natureza e não diabólica como vocês dizem.- respondeu a menina.

- Me mostre a natureza.- sussurrou a moça próximo ao rosto de Liz.

- Claro!

A menina fechou os olhos e se concentrou, Emilly pôde senti o cheiro de gengibre. Ao redor delas árvores começaram um melodia composta por suas folhas leves, uma porção de água cristalina saiu de uma poça de água suja.

- Está vendo, como é bonito.- Liz falou encantada.

E era lindo, a porção de água brilhante pairava no ar acima das duas. De repente, cavalinhos feito de água flutuante começaram a cavalgar no ar, Emilly sorriu boba com aquela demonstração.

Os cavalinhos cristalinos rodeavam as duas, ambas as moças gargalhavam alegres, dançavam enquanto os cavalos corriam em campos invisíveis. Aquilo não era nada parecido com que Emilly havia imaginado.

- Me ensine.-pediu a moça.

- Não posso, é algo com que se nasce e não que se escolhe.-respondeu Liz.

- Tudo bem- sorriu Emilly- Então o que mais sabe fazer?

E passaram o decorrer da tarde apreciando o poder das bruxas. Demonstrações bobas, pois Liz tinha um poder limitado.

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Daniel desceu as escadas de sua casa apressado, levava nas costas a sacola com Susanna dentro. Foi à cozinha e viu Liz sentada sorrindo feito boba, a menina olhava encantada para um par de brincos.

- Quem lhe deu isso Liz? - perguntou

- Emilly.- sussurrou de volta.

- Não disse nada, disse?

- Claro que não!- disse aborrecida.

- Poderia me mandar para biblioteca?- perguntou Daniel

- Sim.- respondeu a menina ainda olhando os delicados brincos.

E foi. Em segundos ele e Susanna estava na porta da biblioteca subterrânea, quantas vezes ele e seu pai haviam ido ali. Passavam tardes, lendo e descobrindo as vastas curiosidades do mundo.

A porta de entrada era pesada e tinham talhadas palavras que ele conhecia os menores detalhes, de tanto que já havia lido.

" Conhecimento e coragem serão suas maiores virtudes."

Daniel empurrou a porta devagar, queria sentir o cheiro dos livros velhos misturado com os novos exemplares. Acharia o livro que daria as informações necessárias para resolver o problema de sua amiga.

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Bem, gostaria de agradecer os votos e os comentários no último capítulo, mas eu estou com um problema meu tablet quebrou e estou sem como escrever, a sorte é que eu tinha capítulos extras. Tentarei postar as quartas-feiras, estou tendo que vim à uma lanhouse, então por favor, não desistam do livro! Eu darei meu máximo para postar, mas não terei tanta interatividade com vocês.

Obrigada!


Ordem de SalemOnde histórias criam vida. Descubra agora