Soluções.

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A garota ruiva estava pálida, os olhos inchados, cabelos desgrenhados , mas seu rosto conservava aquela legítima euforia e vigor tão característicos.

- Tiana. -Daniel falou apreciando o som de cada letra.

- Olá Daniel. - respondeu a moça sorrindo fracamente.

Daniel se aproximou de Tiana e olhou profundamente para seus olhos avelãs, o rapaz sentiu seus átomos se agitarem com a proximidade. Castanhos e avelãs se afrontava de forma intensa, inconsciente Daniel pousou a mão no rosto da garota.

A distância foi diminuindo a cada fração de segundo, só existia eles dois naquele quarto, era apenas aquele toque e respirações descompassadas. Era enfim, um beijo real e recíproco entre Daniel e Tiana.

Alguém deu um pigarro falso no fundo do quarto que parecia tão distante para ambos.

- Talvez essa não a hora. - falou Liz de forma simpática.

Daniel olhou envergonhado para Tiana que correspondeu com os mesmos sentimento s.

- Você falou de uma solução? - perguntou Lori começando uma conversa.

- Sim - iniciou Tiana se recompondo - Esse feitiço que nos foi lançado já foi utilizado uma vez, em um período muito distante.

- E é um feitiço difícil?! - perguntou Liz curiosa.

- Razoavelmente , chama-se Teseratti é um feitiço que serve para libertar almas, nos livros existem formas de execução muito difíceis, mas na prática é possível pegar atalhos.- explicou a ruiva.

Teseratti. Por que aquela palavra fazia o coração de Daniel se comprimi? Ah, sim. Era por causa de Susanna, sua amiga da caixa, onde estava a caixa? A possibilidade de um atalho seria animadora, talvez pudesse resolver um problema com apenas uma solução.

- Onde está minha sacola? - perguntou ele abrupto.

- No baú de seu quarto. - respondeu Lori confusa.

- Bem, como eu ia dizendo esse feitiço que nos foi lançado envolve uma caixa, ou seja, a consciência das bruxas da Ordem estão aprisionada em uma caixa. - determinou.

- Onde estaria essa caixa? - perguntou Lori.

- Desconfio que com as Carmins. - respondeu Tiana.

- Ótimo! - exclamou falsamente Liz.

- Vamos conseguir, o relógio da barreira só começa a contar depois do final do primeiro dia.- tentou animá-la

- Tiana tem razão, eu me comprometo a ajudar você Tiana! - falou Daniel.

- Agradeço, agora eu tenho que ir muitos preparativos devem ser feitos, sou a líder agora é devo informar e acalmar os outros. Tem certeza que quer ir Daniel? - perguntou Tiana olhando com intensidade para o rapaz.

- Absoluta. - respondeu incisivo devolvendo o olhar.

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Emilly havia escutado pela a fresta da porta a conversar de Henry com a Amanda, já conhecia os modos de Amanda chegava a admirar mulher por tamanha habilidade de manipulação para com as outras pessoas, mas dessa vez Amanda havia sido direta e dito as coisas sem voltas como costumava fazer.

A informação que a mulher havia dado a Henry era tenebrosa aos ouvidos de Emilly, ela negou para si mesma que aquilo era real. Não conseguia acreditar que seu noivo, o rapaz a quem desenvolvia sentimentos tinha o sangue bruxo nojento correndo em suas veias.

Ela era uma Hopkins, foi seu pai que iniciou a caçada para o fim das bruxas , foram elas aquelas criaturas fétidas que faziam da sua vida perigosa e ameaçavam a existência dos filhos que ela iria ter um dia.

Emilly pensava sobre tudo isso enquanto observava Henry dormir, havia crescido junto com ele, eram quase tão próximos e tão ligados que o casamento era algo que sempre estive entre eles de forma periférica.

E agora ela estava ali, parada o observando dormir, perfeitamente calma. Um punho apertado e o outro portando uma faca, iria fazer o que devia ser feito.

Ordem de SalemOnde histórias criam vida. Descubra agora