Love Maze ⚜ JIKOOK ABO

⚜ 52 || Saved ⚜

Boa Leitura! ♥

"Você pode fechar os seus olhos para as coisas que você não quer ver, mas não pode fechar o seu coração para as coisas que não quer sentir." – William Shakespeare 

⚜ JIMIN ⚜ 

     A situação estava pior do que eu poderia imaginar, e por horas me amaldiçoei internamente por não ter entrado em um avião no mesmo instante em que meu coração mergulhou na angústia. Aquele foi o sentimento mais desesperador que senti, e ter a certeza de todo o cenário caótico no campus, me encheu de dúvidas se ainda tínhamos tempo para fazer algo. 

     Jungkook não estava bem.

     Minha intuição não era algo bobo. 

     E o pesadelo da senhora Jeon foi o prenúncio do caos. 

     Quando Jungkook perdeu a consciência em meus braços, o medo fez com que eu também perdesse minhas forças. Nunca me senti tão impotente quanto naquela situação, afinal não poderia fazer absolutamente nada além de clamar aos anjos e esperar em meio a amarga ansiedade. 

     Ao fechar os olhos, Jungkook não parecia estar desmaiado, apenas aparentava ter finalmente adormecido de forma serena depois de tanto tempo. Para ser honesto, sua expressão foi um tanto quanto assustadora para mim, pois eu pude enxergar e sentir o quão ruim ele estava fisicamente. 

     Para piorar a situação, o criminoso desgraçado queria registrar queixa pelos golpes que eu desferi contra ele. Chamar Hoseok foi a melhor decisão que tomei, ele assumiu as questões burocráticas e me deixou por conta do bem-estar do meu ômega. 

     Confesso que seria capaz de comprar briga com todos os oficiais daquele lugar apenas para garantir minha presença ao lado de Jungkook. Meu noivo certamente irá me querer por perto quando acordar, além de que há muito o que conversarmos devido a imensa falha de comunicação que houve entre nós dois. 

     Quando chegamos ao hospital, eu mal sentia o chão sob meus pés. Não sei dizer se era a velocidade com a qual os paramédicos empurravam a maca pelos corredores até a ala de emergência, ou por minha mente estar tão dispersa e ainda em choque pelo cenário o qual o encontrei. 

     Eles tentaram acordá-lo dentro da ambulância, mas o fio de consciência que havia em Jungkook, estava completamente desconexo por diversos fatores. Sua pele queimava em febre, as diversas feridas em seu corpo aparentavam estar em avançado estado de inflamação, sem mencionar que chegaram a erguer a hipótese de danos neurológicos. 

     A parte mais assustadora, sem dúvidas, estava nas roupas rasgadas e na mancha de sangue na parte inferior. Embora tudo indicasse o desfecho daquela tortura, minha mente se recusou a imaginar que talvez o ômega tenha sido submetido a algum tipo de abuso sexual. 

     Foi impossível não me recordar do dia em que o resgatei na estrada, saber que outro desgraçado pode ter chegado a concluir a monstruosidade me quebrou em diversos sentidos. A forma como o encontramos trouxe a certeza da longa recuperação, assim como a dor e a impotência por não estar perto para protegê-lo. 

     – Por favor, senhor, precisa aguardar na sala de espera. – disse uma enfermeira, me barrando assim que a maca finalmente atravessou a última porta do corredor. – Assim que tivermos notícias, alguém virá informá-lo sobre o quadro do paciente. 

     – Cuidem bem dele, por favor. – murmurei, notando a funcionária acenando antes de fechar a porta. 

     Não tive outra escolha a não ser deixá-lo aos cuidados daquelas pessoas, então fui guiado por um segurança até a sala de espera, onde não tive paz nem mesmo para me sentar em uma das poltronas. Andando de um lado para o outro, senti o celular vibrando em meu bolso, logo identificando a foto da minha irmã como autora daquela chamada.