Love Maze ⚜ JIKOOK ABO

⚜ 02 || Attack ⚜

AVISO: Capítulo com cena "forte", pode haver desconforto para alguns leitores. Sem mimimi, leia por sua conta e risco.

Votem e comentem bastante, PLEASE!

Boa Leitura! ❤

“O diabo pode citar as escrituras quando isso lhe convém.” – William Shakespeare

⚜ JUNGKOOK ⚜

     Em um mundo onde alfas vivem em uma hierarquia inventada ômegas são literalmente tratados como escória por simplesmente nascerem desta maneira. Cresci vendo essa dificuldade ao meu redor, vendo meus pais sofrerem por conta de seus status.

     Sim, sou filho de dois ômegas e isso me torna um tipo mais puro.

     Saímos de Busan para tentar a vida em Seul, vendemos o pouco que tínhamos para buscar algo melhor e definitivamente acabamos caindo na boca do lobo.

     Agora meu pai tem um novo emprego, continua sendo tratado como um lixo, mas por mais que possa surpreender chega a ser com mais dignidade do que seu antigo posto. O mesmo não posso dizer da minha mãe, a mais velha está preocupada com as contas básicas e nem sequer conseguiu trabalho.

     Tivemos que mudar do nosso último endereço na periferia de Seul após o dono da casa tentar assediá-la, com uma desculpa ridícula de que precisava fazer uma vistoria em todo o local ele teve seu acesso permitido. Momentos de terror até nosso antigo vizinho conseguir tirá-lo a socos do local.

     Por sorte eu não estava em casa. Ainda me culpo por isso, talvez pudesse ajudá-la de alguma forma, mas acredito que se eu estivesse ali também sofreria as consequência. O mundo nunca foi fácil e não é do dia para noite que vai mudar.

     Senhora Park teve compaixão por nós, apesar de nos tratar como escória deu um trabalho ao meu pai e cedeu um espaço na área dos empregados para morarmos. O mais velho cuidado dos cavalos e da hípica, sofre constantemente com o temperamento da senhorita Jiyeon, mas resiste a tudo de cabeça erguida para manter nossa família.

     Vendo sua expressão cansada, suas mãos calejadas e ouvindo seus gemidos de dores todas as noites pergunto a Deus porque ele não me fez ao menos como um beta, assim poderia dar uma vida mais digna e retribuir tudo o que suportaram por mim.

     Desde que conclui o colegial venho tentando uma vaga de emprego para ajudar em casa, saindo todos os dias pela manhã e voltando ao anoitecer, chego a passar fome e frio nas ruas do centro de Seul sendo sustentado apenas pelo desejo de ajudar os dois.

     Mas eu vejo, ninguém faz questão de esconder o repúdio pelos ômegas. O que andam pelas ruas abaixam suas cabeças quando um alfa se aproxima, costumam erguê-las apenas quando são comprometidos e possuem marca, ou em algum raros casos quando possuem um posto importante perante a sociedade.

     – Meu anjo, você não precisa mais fazer isso. – minha mãe preocupada como sempre. – Hoje é meu primeiro dia trabalhando para a família Park, as coisas vão melhorar no próximo mês.

     – Eu quero tentar um emprego também, mamãe. Sei que a senhora vai ser tratada como meu pai é tratado por aquela família, quero conseguir algo decente que ao menos livre vocês deste lugar.

     – As coisas mudaram por lá, meu querido. – ela tentou me convencer. – Fui contratada pelo filho dela, ele me parece uma boa pessoa.

     – Lúcifer também era um bom anjo.

     – Eu fico com o coração na mão todas às vezes que você vai sozinho para Seul. – entendi o tom de preocupação em sua voz. – Sempre volta tarde, chega em casa gelado e assustado. Eu não gosto disso.