Real? [ parte 1]

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Puxei o ar para os pulmões e percebi que era Rafael.

-O que quer? - perguntei quando o senti se aproximando.

-Vim a pedido de Edward, para o caso de tentarem atacar... - explicou-se.

-Claro... E como anda as coisas? - pergunto em relação ao povo e a Victor.

- Não desconfiam de nada... E todos estão sendo treinados escondidos para a guerra. Alguns que já passaram por alguma guerra lutam bem... Estamos em vantagem... Victor pensa que se haver guerra todos irão lutar por ele, mas quando ele souber que estão contra...

-Talvez não precisasse de guerra alguma... - concluo intrometendo-me. - Ele não vai ter chance, somos muitos para ele e seus guardas de confiança que não passam de 45... Talvez não precisasse disso, ele vai perceber e vai se render. Você acha isso possível? - indago com um fio de esperança, eu não quero ver ninguém de nós, ferido.

-Ele é orgulhoso, mas sabe que não será pago para nós... Sabe que não terá chance... Ainda mais se continuarmos com seu plano matando os guardas.

- Vamos continuar... Temos que ter a guerra vencida de certeza... Bom Rafael, obrigada. Muito obrigada por estar nos ajudando... Por estar correndo perigo, mas mesmo assim continua do nosso lado. - agradeço de coração.

-Não há o que agradecer Bella... Estou fazendo isso por vingança e pelo povo que já não aguenta mais Victor no poder sem conseguir fazer nada contra isso. E quando você fez a proposta de nos ajudar... Bem foi o que eu mais queria. Só precisa vamos de um líder e você é.

-Estou fazendo por meu pai... - murmuro e luto contra as lágrimas, não posso me render a elas, vou ser forte e não chorarei mais... Por nada.

-Ele deve estar orgulhoso por você. - diz e me da um pequeno abraço. Sorrio agradecendo.

-Então... Quando chegarem você não quer ficar aqui? - indago voltando a olhar as panelas, vendo se nada queimou.

-Não posso, vou para casa ver como minha irmã está. Como está indo os treinamentos e o andamento do plano. - diz e sorrio novamente. - Pois claro que isto só está dando certo por causa de mim. O pobre coitado que faz tudo... - rio com sua dramatização exagerada, quando ele coloca a mão sob a testa e faz uma careta.

-Tadinho dele. - rio mais ainda quando ele faz uma reverencia atrapalhada.

-Sou um ótimo ator. - gabou-se.

-Oh sim... Nem imagina o quanto. - ironizo e escuto o meu carro e as vozes dos meus amigos aproximando-se.

-Bom, eles estão chegando. Vou indo. - diz andando na minha direção.

-Tudo bem. Mande um abraço para sua irmã e, por favor, traga-a pra eu conhecer. - demos um abraço e ele sorri concordando.

-Eu prometo. - jurou fazendo palhaçada e em um segundo já não o vi.

Olhei para o macarrão e desliguei o fogo. Estava acabando de preparar o macarrão quando os escutei entrando pela porta. Arrumei a mesa e fui ve-los.

-Pegaram tudo? - perguntei olhando-os. - Ou trouxeram a casa toda. Meu Deus quanta coisa. - realmente estavam com mochilas em exagero ali.

-Era preciso. E não reclame, eu iria trazer meu cobertor fofinho, maravilhoso, divo, lindo, cheiroso... - Lucas colocou a mão na boca dela impedindo que falasse.

-Aiii - gritou Lucas dando passos para trás e olhando para Amanda como se ela fosse uma louca. - Você me mordeu. - acusou espantado.

-Eu estava falando do meu cobertor e quando eu falo dele ninguém ouse interferir... Bom como eu ia dizendo eu não pude trazê-lo porque Edward me fez voltar para casa e deixa-lo lá sozinho, sem companhia... - sua voz começou a ficar cada vez mais rouca e percebi que ela estava chorando. Ah não!

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