"Como pude conviver com uma mentira diante de meus olhos sem a ver ou desconfiar?"
Eu não entendia, não podia. Como? Como isso pode acontecer? Todos esses anos eu tinha desenhado minha mãe e não sabia. Era ela que sempre desenhava e que era muito parecida comigo. Estava como uma estatua, nem sabia se estava respirando. Minha mãe adotiva vem até mim e me olhou nos olhos.
-Filha?... - não respondi, era como se eu não estivesse aqui. - Filha fale comigo? - continuei petrificada, eu queria-me mexer, poder falar, mas era impossível, era como se eu estivesse entrado em estado de choque. Ouviu-se a companhia tocar e minha mãe verdadeira venho até mim enquanto minha mãe adotiva foi atender a porta, não conseguia ouvir quem era, mas logo vi Edward entrando por ela.
-Filha eu sou sua mãe. Filha fale comigo? - eu não conseguia me mexer, eu queria falar que estava bem, mas não conseguia.
-O que está acontecendo com ela? -indagou Edward. Ele se aproximou de mim, olhando-me atentamente.
-Nós não sabemos. Quando eu cheguei e ela me viu é como se ela estivesse petrificada. Eu não sei. - disse minha mãe biológica.
-Espera um pouco, você é a mãe dela? - perguntou Edward.
-Sim ela descobriu tudo ontem e hoje ela iria me conhecer. - disse minha mãe biológica.
-Hoje antes da aula ela estava desenhando seu rosto e disse que não sabia quem era, mas que sempre desenhava seu rosto sem perceber. - Edward disse e eu consegui piscar e voltei a respirar, todos me olharam pasmos.
-Filha? Fale comigo. Eu sou sua mãe. - ela disse e me abraçou consegui voltar para a realidade e abracei-a começando a chorar. Eu não conseguia entender aquele rosto que eu conhecia há muitos anos e que nunca tinha mostrado a ninguém era de minha mãe.
-M... Mãe? - consegui dizer.
-Sim meu amor eu sou sua mãe, me desculpe por não ter ficado com você e ter te cuidado. Desculpe-me? - ela soltou o abraço e me olhou nos olhos.
-Sim. - respondi e vi gotas de sangue sair de seus olhos, e sabia que ela estava chorando.
-Você desenhava meu rosto? - ela perguntou. Olhei para ela e subi para meu quarto. Como isso poderia acontecer? Essa era a pergunta mais frequente em minha mente. Peguei um pequeno baú que tinha guardado e desci. Todos estavam se perguntando do porque que eu subi até meu quarto. Fui até a sala e todos me seguiram, abri o baú e tirei meus desenhos que ninguém nunca tinha visto.
-O que é isso?- perguntou minha mãe adotiva.
-Meus desenhos. Eu nunca mostrei a ninguém, nunca entendi do porque de eu desenhar um rosto que nunca tinha visto pelo menos que eu lembrasse. Comecei a desenhar nesta data. - disse apontando para as datas dos desenhos que eu escrevia em baixo. - Ai eu tinha uns cinco anos eu acho. - eles me olharam com surpresa.
-Está é a data do seu nascimento. - disse minha mãe biológica olhando para meu primeiro desenho de seu rosto.
-Este é o meu aniversário? - perguntei.
-Sim, não era seguro você ter a mesma data de nascimento. Poderiam te encontrar, então eu pedi para sua mãe colocar o dia que te entreguei como data de nascimento. Assim seria mais seguro.
-E porque meu p... Pai mor... Morreu e você teve que fugir comigo? Quem matou meu pai? - disse as últimas palavras determinada.
-Eles queriam matar você porque você nasceu meia vampira e nunca isso foi visto então queriam te matar porque não sabiam se você era um perigo para nosso povo. Eu e seu pai defendemos você até você nascer e quando isso aconteceu tivemos que fugir de Victor e seu exército que estavam determinados em nos matar. Fugimos para não causar uma guerra contra nosso povo e o exército de Victor, pois eles estavam preparados para a luta e nosso povo não. Muitos iriam morrer e não queríamos isto para eles. Quando fugimos Victor se apossou do nosso povo agora ele é rei e ainda está atrás de nós. - quando minha mãe terminou de contar a história eu estava com muita raiva deste Victor, estava com uma vontade imensa de me vingar pelo meu pai. - Filha... Seus olhos... Eles estão vermelhos... - ela disse apavorada.
-Nunca vi um vermelho desse tipo em vampiros. - disse Edward, até aquele momento tinha esquecido sua presença, mas como... Como ele sabia disso? Eu olhei horrorizada para ele e ele parecia que tinha feito a maior burrada de sua vida pela sua expressão.
-Como... Como?... - não consegui continuar. Ele me olhou triste.
-Eu sou um vampiro. Desculpe-me? - arregalei os olhos como eu convivi com um vampiro sem perceber?
------------------------------------------
Oi gente! Mais capitulo. Obrigada por continuar lerem. Votem e comentem. Bjus...
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Meio Vampira
VampireJá pensou em sua vida ser normal com dois amigos que ama e que a amam e que de uma hora para a outra descobrir que seus pais que a criaram e deram todo amor e carinho não eram na verdade seus pais biológicos? E que na verdade ela era a princesa dos...