Encontro com minha mãe [parte 1]

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"Sem desandar, sem humilhar ninguém. É assim que eu quero ser, sim, uma pessoa melhor. Não melhor do que ninguém, mas o melhor que eu posso ser."

Não consegui jantar e nem comer nada por incrível que pareça mesmo não comendo nada hoje, não estava com fome. Minha mãe vem algumas vezes no meu quarto perguntar se eu estava bem, até me convidou a ver um filme de terror com ela sendo que ela odeia, mas não estava com vontade e nem força para sair da cama. E se não fosse para piorar não consegui dormir quase nada. Dormi quase uma hora e depois fiquei esperando amanhecer. Comecei a me preparar para ir à escola mais cedo do que o normal. Tomei um banho e como não estava com a mínima vontade de procurar roupa peguei as primeiras peças de roupas que eu vi na minha frente. Uma calça preta, uma blusa manga comprida e uma jaqueta de cabedal. Calcei umas botas cano fino alta e passei base nas minhas olheiras que estavam horríveis, passei o habitual lápis preto nos olhos e um batom preto. Sai de casa sem comer nada e fui direto para a escola porque Marlon dormiu na casa da Amanda. E como cheguei muito cedo eles ainda não estavam na escola então resolvi ir para minha sala. Sento-me no lugar habitual e tiro o meu caderno de desenho da minha bolsa e o material. Comecei a desenhar alguma coisa que nem eu mesma sabia depois reparei que era o mesmo rosto do qual sempre desenhei era de uma mulher que até é bem parecida comigo.

-Olá? - diz uma voz rouca ao meu lado, mesmo não olhando sei que é Edward.

-Oi. - disse sem olha-lo continuando a desenhar.

-Você desenha muito bem sabia? - perguntou.

-Obrigada. - digo sendo educada.

-Ela é muito parecida com você. - murmurou Edward pensando alto. - Parece que eu já a vi, mas não lembro onde. Quem é ela?

-Não sei. Desde pequena desenho está mulher, até fazia tempo que não a desenhava. - disse e olhei para ele.

-Porque está assim? - perguntou Edward me olhando cuidadosamente.

-Assim como? - perguntei não entendendo.

-Triste. - respondeu. Fechei meus olhos para tentar não se lembrar da minha realidade. Eu ainda não acredito que sou meia vampira. Tudo o que eu mais queria era ser normal e agora minha vida está de pernas para o ar. - Porque você está assim? Sua mãe já chegou? - ele perguntou e eu assenti ainda de olhos fechados. -E o que aconteceu? – balancei a cabeça em um não. - Por favor, eu quero te ajudar?

-Desculpe, não posso. - lágrimas vieram em meus olhos, mas não deixei que caíssem. Teria que ser forte.

-Tudo bem eu respeito sua decisão, mas se precisar falar com alguém me chame. Por favor?

-Ok. - disse e voltei a desenhar.

-Você pode fazer um desenho meu? - disse Edward e eu olhei-o surpreendida por seu pedido.

-Oi? - perguntei chocada.

-Um desenho meu? - falou novamente.

-Tu... Tudo bem. - disse gaguejando.

-Você consegue fazer agora ou depois? - perguntou.

-Hmm eu já terminei aqui posso começar agora. - disse e ele assentiu. Ele sentou-se em uma posição que poderia olhar seu rosto facilmente. Fiquei olhando cada traço do rosto. Ele começou a sorrir.

-Porque está sorrindo? - perguntei ainda olhando cada traço seu para depois começar a desenhar.

-É... É que você está me encarando?!

-Estou analisando seus traços para começar a desenhar. - respondi olhando para ele.

-Hm... Não sei, talvez é porque estava enfeitiçada pela minha beleza. Pode dizer.

-Convencido... Você é apenas bonitinho, não exagere. - disse começando a fazer o seu desenho.

-Você só está falando isso porque não quer dizer a verdade. - disse Edward.

-E o que é a verdade? - perguntei olhando para o desenho e seu rosto.

-Que eu sou muito lindo e que você me ama. - disse e eu o encarei.

-Nunca. - disse séria.

- "Eu te amo". Só isso.

-Você me ama? - disse em um tom de brincadeira.

-Só falo se você falar. - ele disse.

-Então em um, dois, três.

-Eu te amo. - ele disse Edward.

-Eu te odeio. - disse rindo da cara dele.

-Era suposto me dizer eu te amo. - ele disse emburrado.

-Iria ser mentira, mas já não digo nada de você. - disse e quando ele iria responder o sinal bateu e o professor entrou. - Terminamos depois... De fazer o desenho.

-Posso ir à sua casa hoje? - ele perguntou.

-Sim... Hm na verdade não. Pode ser amanhã? - perguntei depois de lembrar que minha mãe biológica que iria hoje à tarde à minha casa.

-Porque que hoje não pode? - perguntou curioso.

-Não te devo satisfação da minha vida. Pode ser amanhã? - perguntei sem paciência.

-Sim, pode. - respondeu.

Quando acabou as aulas dei carona para Marlon e depois fui pra minha casa, tomei um banho e coloquei uns calções pretos rasgadinhos na frente e uma regata preta. Desci para a cozinha e vi um bilhete na geladeira peguei-o e era minha mãe.

"Virei mais cedo do trabalho para estar com você quando sua mãe chegar. Amo-te."
Mãe.

Agradeci a ela mentalmente porque vai estar aqui quando minha mãe biológica chegar. Fiz um sanduiche e comi menos que a metade tinha um gosto diferente. Passei a tarde tentando fazer alguns temas, mas não consegui estava demais ansiosa para consegui me concentrar. Ouvi alguém entrar em casa, não me preocupou, pois sabia que era minha mãe, ouvi passos vindos até meu quarto e abrem a porta. Era minha mãe, ela sorriu e pediu licença para entra e se sentou na ponta da minha cama de casal.

-Então como está meu amor? - perguntou minha mãe sorrindo carinhosamente.

-Um pouco nervosa. - confessei.

-Não se preocupe pelo pouco tempo que a vi tenho certeza que é uma pessoa boa. - minha mãe disse sorrindo.

-Eu sei, mas eu não acredito sobre... Vampiros. - disse e ela vêm até a mim e me abraçou.

-Vai ficar tudo bem minha princesa. - minha mãe dizia me balançando como se eu fosse um bebê. A campainha toca e eu congelo. - Respira fundo... - minha mãe dizia enquanto ela me levava até a porta, porque se fosse por mim ainda estaria petrificada na minha cama. Ainda bem que minha mãe está aqui comigo. Ela abriu a porta e eu fiquei parada dando uma boa distância da porta.

-Olá, lembra-se de mim? - uma voz linda soou e minha suposta mãe sorriu.

-Como poderia esquecer-me se continua a mesma de sempre? - elas conversavam como se fossem amigas de anos e que não se viam há algum tempo. - Entre, por favor? - minha mãe disse e eu olhei atentamente quando uma mulher de cabelos castanhos escuros e pele pálida e eu petrifiquei arregalando os olhos.

-Filha? - as duas falaram ao mesmo tempo. Continuei parada no mesmo lugar sem poder-me mexer ou poder falar. Como isso pode acontecer?

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Oi gente, mais um capitulo! Obrigada pelos comentários sobre a minha história, muito obrigada mesmo eu fico cada vez mais feliz. Continuem votando e comentando, por favor. Espero que gostem desse capitulo. Amo vocês! Bjus...

A Meio VampiraOnde histórias criam vida. Descubra agora