14° Capítulo

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Nina

Quando o Lucas disse aquilo soou como música para os meus ouvidos, até que o arrependimento diminuiu um pouco, mas a vergonha ainda prevalecia pois não sou o tipo de garota que sai que nem uma louca desvairada beijando qualquer um por aí. Se bem que ele não era qualquer um. Já havia me esbarrado nele e já o beijei também, já o considero um colega ainda mais por que ele é amigo da Victória. Vou investigar a vida dele, quero saber com quem estou me metendo. De repente percebo alguém falando comigo.

- Oi? O Lucas me chamou.

- Ah! Desculpa tava pensando em algumas coisas e acabei me esquecendo que você estava aqui. Falei.

- Nossa então não sou tão notável assim, logo eu tão gato, um sorriso lindo e um corpo perfeitinho. Ele disse e no final fez biquinho.

Eu não aguentei e ao invés de me derreter pelo biquinho e a carinha que ele fez, eu começei a rir desesperadamente, não sei porque mas quando algum menino tenta me fazer ficar caidinha por ele e não funciona o jeito é rir da minha vitória, fazer o que né eu não sou burra a esse ponto.

- Tá rindo do quê? Ele me perguntou confuso.

- Da sua cara mesmo. Falei entre risos.

-Muito engraçadinha você! Gostei você é diferente das outras. O Lucas disse e me olhou com uma cara que eu entendi bem as intenções dele.

- Aposto que você já deve ter repetido isso pra muitas garotas "diferentes". Fiz aspas com as mãos. Ele me olhou indiferente. E eu não deixei a reação dele me intimidar.

Ele me olhou certamente procurando por uma resposta e eu acho que também queria ouvir o que ele tinha a dizer.

- Acho melhor pararmos por aqui, essa conversa não tem fundamento. E tenho que entrar agora até mais. Falei as palavras com pressa.

- Tudo bem, a gente se vê por aí? Ele me perguntou.

- Sim.

- A donzela me daria seu número de telefone? Gostaria talvez de convidá-lá a sairmos ou algo parecido. Me daria a honra? Ele me perguntou me olhando de um jeito que não resisti.

- Muito galanteador o senhor.

- É assim que as mulheres gostam. Me interrompeu e disse desavergonhado.

- Tá, me dá seu celular. Pedi e ele tirou do bolso colocou a senha e me entregou. Digitei meu número e entreguei o celular pra ele.

Ele ficou me olhando, mas esperei ele falar algo pois odeio ser pra frente, mais do que eu já estava sendo.

- Posso entrar agora? Perguntei.

- Claro se estou incomodando. Ele disse com uma voz triste.

- Não se faça de coitadinho por favor. Falei grossa.

- Então para com essa ignorância toda.
- Engraçado, uma hora você me trata bem e já outra hora me trata mal. Eu realmente não te entendo.

- Muito menos eu. Falei me virando de costas para ele, para entrar na minha casa.

- Calma eu não acabei. Ele disse me puxando pelo braço.

Olhei para a mão dele em meu braço e depois o encarei. Na mesma hora ele soltou.

- Grosso. Mal educado. Idiota. Eu não te dei essa liberdade toda pra pegar em meu braço e apertar firme assim. Da próxima vez que você fizer isso eu vou te dar um tapa na cara. Seu estúpido. Comecei a dizer as palavras com pressa e gritando.

Minha Vida sem sentido (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora