- Parece confortável. - Falo tentando quebrar o clima.
- E é. - Ele diz fechando a porta e trancando.
Me sinto um pouco sufocada com nós dois sozinhos em um quarto, principalmente por aquilo que aconteceu a uma hora atrás. E o seu motivo de ter separado um quarto para ele. Eu sentia que não deveria estar lá, acho que eu estava até atrapalhado. Estraguei sua noite daquelas.
- Tem um banheiro ali, você pode usar. - Ele diz e depois pega uma mochila e tira de dentro uma camisa e uma bermuda curta tactel que me parece que serve justamente para dormir e me entrega.
- Obrigada. - Digo um pouco tímida.
- Seja rápida. - Ele diz como se estivesse realmente me despachando e entro no banheiro.
E a única coisa que penso é que provavelmente eu terei que dormir no mesmo quarto que ele. Droga! Não sei se isso é bom ou ruim. Tenho medo de mim e não dele.
Me seco e visto a roupa. Obviamente ficou enorme e nem um pouco sensual, o que me deixa feliz. Abro a porta silenciosamente e quando coloco minha cabeça para fora do banheiro para observar ele, ele está de costas e de cueca, com uma toalha no ombro colocando o short.
Sem palavras, fiquei de boca aberta. Ele tem um bundão e eu nunca percebi, sou muito sonsa. Fico tão hipnotizada que a porta bate com tudo e sou praticamente jogada pra fora. Quando o olho ele está segurando o riso.
- Não precisava me admirar escondida, era só falar.
- Me poupe Lucas, você nem é tudo isso. - Falo.
- Mas ainda sou gostoso. - Ele diz rindo e eu apenas nego com a cabeça.
Vou em sua direção e me jogo na cama, enquanto ele me olha.
- O que foi? - Pergunto e ele deita ao meu lado.
- Péssima ideia. Eu. Você. No mesmo quarto depois de hoje.
- Ata. - Falo sem saber o que dizer.
- Mas aquilo ainda está de pé? - Ele pergunta.
- O quê? - Me faço de desentendida lembrando do que eu falei. Que poderíamos fazer muito mais do que um beijo.
Tomo um susto quando percebo ele se aproximar e me beijar. E agora o que eu faço? Ainda sou virgem e não quero perder tão cedo. Mas sabe quando seu corpo deseja? Então. A única coisa que se repete em minha cabeça é: Até onde eu consigo ir? Não paro em nenhum momento de o beijar e percebo que ele está mostrando respeito por mim.
Mas parece que só foi eu pensar nisso e sinto suas mãos percorrerem da minha cintura a minha bunda. Passo a mão por sua barriga pouco definida e até gosto. Depois de um tempo sinto um volume entre minhas pernas e travo sem reação, mas ele parece não perceber e sou prensada na cama e sinto que quem não está aguentando sou eu. Preciso parar, mas sei que posso ir além.
Fico por cima dele e ele começa a beijar meu pescoço. Não tenho as unhas grandes, mas tenho o suficiente para arranhar seu pescoço. Nos beijamos novamente e aos poucos eu saio de cima dele e nos olhamos. Estávamos suados e discretamente olhei e percebi o volume que havia em seu short.
Eu gostei foi algo novo e incrível para mim, com tudo a flor da pele. Bilhões de sentimentos.
- Você é perturbada viu! - Ele diz.
- Eu pego água pra você, e desculpa. - Falo sentindo uma certa vitória, sou meia maluca mas saber que posso fazer isso quando quiser é ótimo para provocar ele.
- Está linda vestida em minhas roupas com o meu perfume impregnado. - Ele diz e fico sem jeito.
Não encontro nada no banheiro que possa colocar água dentro, o chamo e ele vem.
- Vai ter que tomar um banho.
- Tá bem. - Ele fala e abre o chuveiro e fica lá de baixo e pela sua respiração ele parece relaxar e seu menininho também. Me sento no vaso sanitário e fico o observando. Ele parecia ficar mais sensual molhado.
- A toalha. - Ele diz e faz com que eu desperte pra vida.
- Aqui. - Jogo a toalha para ele.
- Você me fez tomar banho de short e agora vai ter que me dar o que você está usando. - Ele diz enquanto seca o cabelo.
Eu não reclamei, pois de certa forma tenho culpa e a camisa dele é tão grande que é um vestido pra mim. Tiro ele em sua frente e ele me olha safado.
- Pensando bem, acho que vou querer a camisa também.
- Nem morta! Seu idiota! - Falo enquanto bato nele com o short.
- Me impressiona sua cara de pau. - Falo e entrego o seu short.
- Você deveria me conhecer muito bem.
- E eu conheço. - Falo e e ele começa a tirar o seu short molhado na minha frente e me espanto.
- Não! Espera! - Falo segurando suas mãos tocando levemente onde não deveria.
- Tira a mão daí! - Ele fala.
- Então espera eu sair! - O repreendo.
Não dá pra ficar aqui com ele de jeito algum, mas sair assim também não dá. O jeito vai ser mandar ele ir pra festa e eu ficar por aqui sozinha. Me deito para esperar ele chegar.
A porta do banheiro se abre e ele sai todo risonho.
- Qual o motivo da graça? - Pergunto.
- Nenhum. - Ele diz ainda risonho tentando tirar onda com a minha cara e deitando na cama ao meu lado.
- Já entendi seu tapado! - Falo sentindo vontade de rir. Palhaço.
- O que vamos fazer agora? - Ele me pergunta.
- O que você vai fazer! - Digo.
- E o que vou fazer?
- Voltar para a festa e me deixar aqui descansando.
- Oi?
- Isso mesmo que você ouviu! Tchau! - Me levanto e o empurro com menção de se retirar do quarto.
- De jeito nenhum que vou sair assim! - Ele fala voltando a se deitar na cama.
- Se você não vai, vou eu! - Falo me levantando e abrindo a porta.
Sinto ele me puxar pelo braço com força e me puxar de volta pra a cama de frente para ele.
- Você não é doida! - Ele fala autoritário.
- Tá com ciúmes?
- Tá doida!
- Então pronto! Me deixa!
- Não faz isso por favor! Vamos dormir! - Ele diz se levantando e indo em minha direção.
Me assusto quando ele me pega no colo e me deita na cama. Logo ele me embrulha com o lençol como se eu fosse uma criança de três anos. Se deita ao meu lado sem muita aproximação e fecha os olhos.
O encaro por cerca de cinco minutos e ele não abre o olho.
Sinto meus olhos pesarem de cansaço e a sensação de proteção me invade. Ouço sussuros, mas evito abrir o olho e "capoto" de sono.
(...)
- Acorda sua louca! - Acordo com alguém gritando em meu ouvido.
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Minha Vida sem sentido (CONCLUÍDO)
Novela JuvenilPLÁGIO É CRIME. Meu nome é Nina, tenho 15 anos e moro com meus pais, aí vocês devem estar se perguntando que nome esquisito " Nina ", é uma história engraçada de se dizer...