Nina
Eu e a Vic descemos do ônibus no local combinado e logo vejo o Lucas e ele parece tenso com algo. Olho ao redor e não encontro mais ninguém e continuo caminhando e quando chegamos nós duas o cumprimentamos e logo perguntei.
- Cadê todo mundo? Digo e ele olha para os dois lados e sinto que ele está preocupado.
- Bem, às vezes temos que contar uma mentirinha pra conseguir algo que achamos impossível. - Ele coloca as mãos no bolso da bermuda. - E eu precisei fazer isso, me desculpe qualquer coisa. Ele diz e dá de ombros e dá um sorriso torto.
- Ah não acredito que viemos aqui à toa. Falei começando a rir pelo nervosismo e olhei para a Vic que até agora não tinha dito uma palavra o que eu estranhei.
- Mas não foi à toa. É pra você passar um tempo comigo sabe. Ele diz em tom de convencimento.
- Você é louco isso sim. - Vem Vic, vamos numa sorveteria. Falei pegando em seu pulso e a puxando, mas ela não movia um passo.
- Fica vai. Só dessa vez. Ele diz e como sempre me dou por vencida só pelo jeitinho que ele falou.
- Ok. Quer ficar Vic? Pergunto.
- Você quer ficar e vai. Ela diz indo em direção ao outro lado e eu não entendo e vou atrás dela e em um certo ponto não muito longe ela para.
- Não tô te entendendo? Pergunto.
- É simples. Vou ir na casa de uma amiga minha aqui perto e você vai ficar aí com ele. Quando acabarem o passeiozinho romântico me manda mensagem que eu volto e você dorme na minha casa. Esse é o plano. By by. Ela diz e se vai.
Eu fico ali parada tentando entender tudo e quando me dou conta do plano que os dois armaram pelas minhas costas o Lucas me chama.
- Por favor fica. Eu posso te garantir que vai gostar muito dessa noite. Ele diz manhoso.
- Ok. Digo e reviro os olhos e ele pega na minha mão e me puxa, apenas o sigo.
- Então que tal darmos uma volta pela Praia de bicicleta? Ele diz apontando para as bicicletas que pelo visto estão para que as pessoas possam alugar.
- Tudo bem. Falo e ele logo pega uma bicicleta vermelha e acena para que eu a pegue e o faço e logo já estamos montados na bicicleta e pedalando pela ciclovia.
- Sente só a brisa. Ele diz respirando fundo e percebo o quanto ele está levando a sério mesmo essa história de sentir a brisa e acabo rindo da situação e como ele fazia uma cara engraçada, de quando comemos ou sentimos um cheiro bom e temos o prazer de querer mais e mais daquilo.
Acabo fazendo o que ele pede quando ele olha pra minha cara enquanto eu rio. E a sensação é maravilhosa, nunca parei pra pensar ou sentir isso. É como sentir cheiro de terra molhada.
- Eu falei que era bom. Ouço ele dizer enquanto continuamos pedalando.
- Tem razão. Digo mesmo não querendo que ele saiba, pois não gosto de admitir as coisas.
Continuamos pedalando até que ele para e eu faço o mesmo.
- Acho melhor pararmos um pouco. Ele diz ofegante. Confesso que também estava, mas preferi continuar mesmo cansada.
- Vamos sentar na areia? Pergunto.
- Pode ser. Ele diz e empurramos as bicicletas com certa dificuldade, pois as rodas das bicicletas enterram na areia.
Jogo a bicicleta na areia e me sento abraçando um pouco as minhas pernas e o Lucas se senta esparramado. Reparo em como a praia é linda à noite, a água do mar com um tom mais escurecido e o silêncio que é como música para os ouvidos. Olho para o Lucas e ele está como eu admirando o mar azul escuro e ele logo percebe e se vira para me olhar o que me faz ficar sem graça, mas mesmo assim o encaro.
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Minha Vida sem sentido (CONCLUÍDO)
Teen FictionPLÁGIO É CRIME. Meu nome é Nina, tenho 15 anos e moro com meus pais, aí vocês devem estar se perguntando que nome esquisito " Nina ", é uma história engraçada de se dizer...