Já se passou quase um mês e nesse tempo eu tenho refletido sobre o que tem acontecido, sobre o que eu tenho feito. Eu fiquei tão confusa com tudo isso, que foi preciso que eu me afastasse um pouco deles para tentar discernir tudo, eu não sabia com quem eu realmente estava ficando, em quem eu estava investindo todos os meus sentimentos.
Os dois estranharam o meu afastamento, mas ainda bem que eles não perceberam que tinham a ver com os dois. Aliás eles nem desconfiam. A Luh ficou um pouco no meu pé em relação a isso, mas depois ela entendeu que eu precisava disso, eu precisava de um tempo pra mim escolher, se bem que eu não sei.
Dizem que quando você está gostando de alguém e aparece outra pessoa e você começa a sentir o mesmo e fica em dúvida em relação aos sentimentos que se misturam, não há dúvida, já que, se você realmente gostasse do primeiro, não iria aparecer outra pessoa para te fazer sentir o mesmo ou até um sentimento mais forte.
Eu não sei, mas eu acredito nisso, eu acredito que o meu sentimento por Lucas é mais forte do que o que eu sinto pelo Gus, eu sei disso porque às vezes acho que o meu sentimento por Gus é de afeto, carinho, uma ligação entre irmãos, não me veria como namorada dele por que por mais que eu goste de seus beijos, abraços, palavras, acaba sendo uma ilusão misturada entre afeto e amor.
(...)
- Acho que está na hora de você se tocar e acordar pra vida e tomar coragem de dar seu próximo passo em relação à tudo isso. - A Luh me diz e me assusto, nunca a vi falar assim, ainda mais comigo.
- Me desculpe as palavras, mas é verdade. Eu sou sua amiga, eu quero abrir os seus olhos. Não dá mais pra ficar evitando os dois, não seje imatura se não você vai acabar perdendo os dois e depois eu não quero te ver lamentando pelos cantos, porque você não fez isso ou aquilo antes. - Ela diz e aceno com a cabeça em confirmação ainda ingerindo as palavras.
- Eu preciso... - Começo a dizer, mas a Luh me interrompe.
- Vai logo, aproveita que estamos no intervalo. Vai! - Ela quase grita comigo e eu me levanto assustada a deixando lá rindo da minha cara e eu começo a andar pelo pátio da escola esbarrando em algumas pessoas.
Pra começar, vocês devem estar se perguntando atrás de quem estou indo. Mas tenho más notícias:
Eu não sei atrás de quem estou indo.Estou indo pelo meu impulso, pelo que estou sentindo no momento. Estou andando faz tempo e até agora não encontrei o que eu queria, pelo menos é isso que meu impulso diz.
Olho de sala em sala, e quando estou quase desistindo, meu impulso e até outras coisas como minha respiração descompassado me indicam que o que eu quero está aqui mesmo. Entro com certa pressa e no canto da sala meio escondido há duas pessoas se beijando, tento olhar direito para reconhecer quem está lá e me assusto quando eles param e me olham ali parada os encarando igual uma pateta.
- O que foi Nina? Precisa de alguma coisa? - Ele me pergunta e a garota que estava o beijando me olha de cara feia.
Como se eu tivesse medo da cara dela, a mais piranha da escola querendo me intimidar. Dá vontade de mandar ela ir se ferrar!
Logo me lembro do que eu estava fazendo, quer dizer, procurando.
- Er, preciso. Quer dizer, mas você não pode me ajudar. - Falo e fico que nem uma estátua ali parada.
Pelo visto minhas intuições estavam erradas. Será que sou péssima nesse quesito?
- Será que eu posso? - Sinto a voz de alguém atrás de mim e eu reconheceria aquela voz de qualquer lugar.
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Minha Vida sem sentido (CONCLUÍDO)
Teen FictionPLÁGIO É CRIME. Meu nome é Nina, tenho 15 anos e moro com meus pais, aí vocês devem estar se perguntando que nome esquisito " Nina ", é uma história engraçada de se dizer...