7° Capítulo

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Nina

- Oi. - Ele disse depois de nos encararmos por um certo tempo.

Eu abria e fechava a boca tentando pronunciar alguma palavra. Mas não saia. Depois de dois anos pensei que nunca mais o veria. Ele estava acompanhado pelos seus pais e seu irmão mais velho.

Era o Augusto. Sim. Era ele bem na minha frente.

Flashback on

2 anos atrás...

- Então quer dizer que seus pais, receberam uma promoção de uma empresa no exterior e você terá que partir? - Repeti as palavras do Augusto.

- Infelizmente, mas saiba que seremos para sempre amigos. Um dia eu volto Nina. - Falou chorando e me abraçou.

- Poxa Gus porque isso tá acontecendo? Eu gosto tanto de você e não vou ter alguém como você ao meu lado nunca - Falei o abraçando mais forte.

Eu podia ter 13 anos, mas em questão dos meus sentimentos por ele, eu tinha certeza que era verdadeiro.

Estava chorando tanto que nem percebi quando disse que gostava dele. Logo ele colocou seu polegar em baixo do meu queixo, levantando meu rosto para que pudéssemos nos encarar.

Ele me beijou, um beijo calmo e carinhoso. E sabia que aquele momento era único, então demonstrei todo meu sentimento naquele beijo. É, meu primeiro beijo não poderia ter sido melhor.

Flashback off

Meus pais me chamaram me desviando dos meus pensamentos e pediram para que eu cumprimentasse os pais do Augusto e seu irmão.

Cumprimentei todos com um aperto de mão, e depois todos ficaram me elogiando sobre eu ter crescido e que estava linda. Exagero da parte de todos, porque para mim eu continuava igualzinha. O tempo todo na sala eu e o Augusto nos olhávamos.

Reparei em cada detalhe dele, como ele continuava lindo. Seus cabelos continuavam ondulados e castanhos, agora ele está mais alto e forte, no auge de seus 17 anos e seus olhos verdes tinham o mesmo brilho de sempre daquele menino meigo e amigo.

Depois de muita conversa, minha mãe anuncia que o almoço está pronto.

Chego por último na sala de jantar e percebo de imediato que o único lugar que estava vago era ao lado do Augusto. Coisas do destino. Eu sei, tô maluca isso sim.

Me sentei e senti meu corpo todo estremecer. Será que o sentimento que eu tinha por ele voltou? Não. Isso não poderia ser verdade.

O olhei e ele sorriu pra mim, dei um sorriso amarelo e voltei a minha atenção ao diálogo que meus pais estavam tendo com os pais dele.

O almoço foi colocado na mesa e começamos a nos servir. O almoço estava ótimo e de sobremesa meus pais pediram que fizessem mouse de chocolate e de maracujá, comi os dois é claro.

Depois nos direcionamos todos para a área da casa onde há um pequeno jardim, sentamos nos bancos que haviam por lá e de pronto a mãe do Augusto iniciou uma conversa falando sobre o Augusto ter tido um ótimo estudo em um internato e sobre os planos futuros dos filhos deles.

Não tive muito interesse em prestar atenção. Como já estava achando aquela conversa um tédio e o Augusto me encarava sem parar, o que me fazia ficar nervosa, pedi licença e entrei.

Subi as escadas correndo e fui para o banheiro que fica no meu quarto lavar o rosto e me acalmar um pouco. Quando saio dou de cara com ele.

- Tá nervosa porque? - Ele disse e franziu o cenho.

Minha Vida sem sentido (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora