Alicia
A semana passou muito rápido e logo o fim de semana chegou. Arrumei minha bolsa e a minha mochila e meu pai me buscou em casa sexta a noite. Minha mãe deixou bem claro pra ele que só é pra me buscar sábado de manhã e que semana que vem, ela iria sair comigo sexta.
Depois dessa pequena discussão deles, meu pai me levou para sua casa. Logo que cheguei, recebi um abraço monstro da Cátia.
- Aí meu Deuuuuus! Que saudade de você, minha linda!!!! - Ela diz me apertando.
- Cuidado que você vai matar a menina sufocada, mãe. - Ouço a voz do Arthur e o meu coração dá um pulo.
- Aii! Deixa eu matar a saudade dela, seu chato! - Ela diz mostrando a língua pra ele e eu começo á rir.
Depois disso, a Cátia vai para a cozinha terminar a janta e meu pai vai com ela, deixando apenas Arthur e eu na sala.
- Então? - Ele pergunta chegando perto de mim.
- Não vai me cumprimentar não, seu insensível? - Digo fazendo biquinho.
- Meu Deus! Como ela está carente hoje! - Ele diz me abraçando. - Tudo isso é saudade? - Ele pergunta depois do abraço.
- Só um pouquinho. - Eu digo.
- Só um pouquinho mesmo? - Ele diz fazendo um biquinho muito fofo.
- Pode ser média a minha saudade de você. - Digo.
- Vem aqui, sua coisinha pequena! - Ele diz e me dá um beijo.
- Não por quanto tempo ficamos nos beijando na sala, só paramos quando ouvimos alguns passos vindos da cozinha.
- Gente, o jantar está pronto e é melhor se apressa... - Diz Cátia e quando vê o nosso estado para. - Já até sei o que vocês estavam fazendo, né seus safadinhos?! - Ela diz com uma cara safada no rosto.
- Mãe! - Arthur diz a repreendendo e sinto minhas bochechas corarem.
- Não precisa corar não, flor. Só vim aqui dizer para vocês se apressarem se não o Simon vai comer tudo sozinho. - Ela diz e em seguida volta para a cozinha.
- Vamos? - Ele pergunta e assinto e o mesmo entrelaçou nossos dedos.
Depois da janta, fui para o 'meu' quarto tomar banho. Coloquei uma camisola preta estampada ( camisola da mídia ) que ia até a metade dos joelhos.
Fiquei assistindo televisão sozinha no quarto até que sinto alguém se sentar do meu lado. Olho e vejo que é o Arthur.
- O que você tá assistindo? - Ele pergunta sorrindo.
- Frozen. É a única coisa que presta que está passando agora. - Digo dando os ombros.
Ele começa á rir e eu dou uns tapas nele.
- Nossa! Eu aqui, todo lindo, vim te dar boa noite e você me dá uns tapas, nem fiquei triste agora, só vou para o meu quarto chorar agora. - Ele diz se fazendo de triste.
- Bobo. - Digo e dou um selinho nele.
Depois de um tempo, ele começou á assistir o filme comigo. Logo que acabou, ele olhou no relógio e eu pude ver que era quase 3:00.
- Boa noite. - Ele diz e me dá um selinho.
Depois de alguns beijos, ele volta pro seu quarto. Desligo a televisão e vou dormir.
(...)
Acordo com uma coisa gorda pulando em cima de mim.
- AAAAH! Sai daqui, seu gordo! - Digo.
- Magoei agora. - O Arthur diz e se levanta de cima de mim.
- Não posso nem dormir agora? - Pergunto.
- Não! - Ele diz e tira minhas cobertas - Anda! Se arruma. - Ele diz.
- Pra quê? - Pergunto.
- Vou te levar na sorveteria. - Ele diz.
- Que horas são? - Pergunto.
- 10:00. Agora, vai logo! - Ele diz e me puxa.
Pego uma calça jeans e uma camiseta caída de lado e vou para o banheiro. Escovo os dentes e troco de roupa.
Quando saio do banheiro, vejo que o Arthur ainda está no quarto. Passo um batom rosa e lápis de olho, coloco meu tênis e falo:
- Vamos? - Pergunto ao Arthur.
- Vamos, senhorita. - Ele diz e me dá um selinho.
Descemos as escadas e antes de sairmos de casa, o Arthur grita:
- Mãe, vou levar a Alicia na sorveteria! - Ele diz.
- Tudo bem! - Cátia grita de volta do quarto.
Percebo que o Arthur está um pouco nervoso. Não sei porquê e resolvo não perguntar nada e continuo andando.
Depois de uns 10 minutos, chegamos na tal sorveteria. O Arthur abre a porta pra mim e nós vamos montar nossos sorvetes.
Logo depois que nós sentamos, ele começa á ficar mais nervoso e nem toca no seu sorvete.
- Tudo bem? - Pergunto tocando sua mão.
- Tá tudo bem sim! - Ele diz dando um sorriso forçado.
Depois de tomarmos nossos sorvetes e quando vou me levantar, ele segura minha mão e faz um gesto pra mim voltar á me sentar.
- Eu não sei como te dizer isso. - Ele diz.
- Pode falar. - Digo e dou um sorriso.
- Então Alicia, é que eu gosto muito de você. Eu sei que eu tenho 15 anos e que vou fazer 16 em setembro e que posso ser velho demais pra você que vai fazer 13 em junho. Mas, eu queria pedir uma coisa e se você não quiser tudo bem. - Ele diz gesticulando feito louco.
- Arthur, calma! Pode pedir! - Digo.
- Então, você quer namorar comigo? - Ele pergunta e eu logo abro um sorriso.
- Era por isso que você estava nervoso? - Pergunto.
- Sim. - Ele diz apreensivo esperando minha resposta.
- Claro que sim! - Digo e dou um beijo nele.
- Alicia? - Ouço uma voz desconhecida chamar meu nome.
Recado meu!!
Oii, pessoas! Bom, eu queria esclarecer uma dúvida que até em mim ficou.
Por que o pai da Alicia agora está tão carinhoso se no começo não estava?
Bom, essa pergunta não é tão fácil.
Ele mudou, pois descobriu o amor de verdade com a Cátia. Ele amava a mãe da Alicia, mas não era como esse amor que a Cátia lhe proporcionava. Um fator mais importante que esse é: Quando ele ficou longe da Alicia, percebeu o quão errado ele foi. Ele repassou todos os seus erros e viu que a coisa mais importante que tinha na vida dele era a Alicia e que ele não queria perde-la. Então, depois disso, começou á mudar e viu como isso fez bem pra ele e pra ela.
Era só isso mesmo que eu queria falar pra vocês. Era só pra vocês não ficarem em duvida sobre isso e se quiserem, posso até fazer um capitulo sobre ele.
Bye!!
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A Mesma Vida de Sempre?
Teen FictionConta a história de uma garota de 13 anos, no 8° ano do Ensino Fundamental. Alicia é uma garota fria, que não se apaixona por qualquer cara por aí que nem a maioria das suas Amigas, mas um certo menino que repetiu vai mudar um pouco essa sua frieza...