Cheguei nesse aeroporto faz meia hora. O Arthur não chegou ainda, mas recebi uma mensagem faz pouco tempo do meu pai avisando que eles estavam chegando e me desejando boa sorte.
Boa sorte com o quê exatamente? Eu não estou com nenhuma intenção de tentar um relacionamento a distância, muito menos pensando em pedir pra ele ficar aqui no Brasil por mim. Isso será uma coisa que eu jamais faria.
O que eu irei fazer depois que ele for embora? Foi a coisa que eu mais pensei nessas ultimas 24 horas. Eu saia com ele durante a parte da tarde, passava horas conversando com ele pelas redes sociais... Creio que nós ainda iremos conversar, mas não tanto quando namorávamos. Provavelmente irei me dedicar à escola, já que faltei por alguns dias e tenho que pegar toda a matéria que eu não tenho. Também irei dedicar um tempo à minhas amigas, já que eu não estou conversando com elas tanto quanto costumava.
O que eu vou falar pra ele? Eu não tenho nada pra falar pra ele, não programei nada. Absolutamente nada, poderia desejar boa viagem, mas eu não é isso que eu deva falar. Poxa, eu acordei cedo, estou perdendo aula, obriguei minha mãe a me levar e não tenho absolutamente nada pra dizer para o Arthur?
Mas por quê estou aqui? É o que me pergunto. Poderia simplesmente levantar e chamar minha mãe pra ir embora, mas não farei isso. Não quero, não posso. Eu tenho que pelo menos olhar pra ele por uma ultima vez. Dizer que foi bom o nosso relacionamento enquanto durou.
Preciso pensar sobre o que eu vou falar pra ele. Preciso pensar agora. Não quero chegar frente a frente com ele e ficar olhando-o com cara de tacho. Desistir está fora de possibilidade. Anda Alicia, pensa logo em alguma coisa decente pra falar com ele! Até parece que você não o conhece ou que o viu poucas vezes na vida. Você namorou ele, você conhece ele muito bem. Sabe praticamente todos os segredos dele, seus medos, o que gosta... É impossível você não saber nada sobre esse menino que você viu pela primeira vez e se encantou. Porque - por mais que você não admita - você se encantou por ele na primeira vez que você o viu. Alguma coisa nessa sua cabeça tem que ter.
Antes de conseguir formular alguma coisa boa pra falar para o Arthur, meu celular apita indicando uma nova mensagem.
Acabamos de chegar. Eu e a Cátia fomos fazer o check in e o Arthur está perto da ala de embarque.
Pai.
Chegou a hora.
Eu tenho alguma coisa decente pra falar? Não.
Mas mesmo assim estou levantando e avisando minha mãe aonde vou? Sim.
Estou insegura sobre o que falar? Muito.
Vou desistir? Nunca.
Ando em direção a ala de embarque. Ainda pensando sobre o que falar ou como começar uma conversa. Será que ele está triste comigo? Ou está com raiva de mim? Ou pior, está com as duas coisas?
Eu terminei com ele. É normal uma pessoa ficar com raiva da outra depois de um término de namoro.
Assim que chego perto de lá, vejo uma figura muito parecida com o Arthur. Parecida não, é o Arthur!
Inspiro e expiro umas três vezes seguidas, pensando que isso - de alguma forma - iria ajudar a me acalmar. Vejo que não funcionou nada.
Ignoro toda a insegurança que estou sentindo e ando em direção à ele, tocando-o seu ombro assim que chego perto. Ele se vira para mim e assim que me vê, leva um susto seguido por um sorriso.
Pisco meus olhos pensando que eu vi alguma coisa errada. Não, ele continua ali e está sorrindo. Sorrio de volta, mesmo sem ter aparentemente um motivo para sorrir.
Ele me puxa para um abraço.
- Arthur, eu...
Tento falar alguma coisa decente pra ele, mas ele me interrompe: - Eu sei, Alicia. Sei que você não acredita em amor a distância, sei também que está pensando em mim quando disse que não irá me pedir pra ficar. Só quero te dizer que você é muito importante pra mim e que, mesmo a gente não namorando, tenho um carinho especial por você desde que nos vimos pela primeira vez.
- Eu também tenho muito carinho especial por você, Arthur. Fico feliz que você tenha entendido que eu não pedi pra você ficar porque essa é uma oportunidade muito boa pra você.
- Espero que continuemos nos falando enquanto eu estiver fora.
- Eu também espero.
Ficamos nos abraçando por cinco, dez, quinze minutos... Não sei quanto tempo passou, mas pra mim foi como um minuto. Logo, chamaram o voo dele e ele foi se despedir da Cátia, do meu pai e da minha mãe.
Nem tinha percebido que eles estavam perto de nós o tempo tudo e, pela cara do Arthur, ele também não tinha percebido.
Demos nosso ultimo abraço e ele foi junto com as outras pessoas que iriam no mesmo avião que ele.
Minha mãe me abraça de lado e vamos andando assim até o estacionamento. Abro a porta do carro e olho em direção ao céu, vendo o avião que o Arthur está partindo.
Sei a decisão que eu tomei foi a certa. Não poderia prende-lo aqui ou a mim.
Com esse pensamento, entrei no carro e fechei a porta.
***
Mds gente. Onde que eu tava com a cabeça quando criei o Arthur? :(
Chorando horrores aqui (mentira, quem me conhece sabe que eu dificilmente choro) por que eu fui escrever justo na minha TPM? Alguém me dá chocolate, please.
Espero que tenham gostado desse capitulo e não me matem por ter tirado o Arthur pq eu sei que a maioria tem uma paixão secreta por ele.
Beijos da minha pessoa, sem amor envolvido pq não tô feliz.
P.S.: Não vai ter capitulo de O Namorado da minha irmã pq tô com preguiça de escrever.
P.S.2: - Eu tô criando um novo livro, vão lá ver suas maravilhosas. Eu começo a postar mês que vem.
P.S.3: Vim depois de postar o capitulo shaushauhaushuja Teve três meninas que pediram dedicatória pq tavam com ciumes, então se vocês querem dedicatória tbm me falam que dps de dedicar a elas eu vou dedicar a vcs pq sou uma pessoa amavel e escrevi tudo sem acento e usando abreviaçoes pq to com preguiça de escrever direito. Nas minhas notas eu posso escrever assim, em capitulo não
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A Mesma Vida de Sempre?
Teen FictionConta a história de uma garota de 13 anos, no 8° ano do Ensino Fundamental. Alicia é uma garota fria, que não se apaixona por qualquer cara por aí que nem a maioria das suas Amigas, mas um certo menino que repetiu vai mudar um pouco essa sua frieza...