- Alicia? - Uma voz que eu conheço muito bem fala atrás de mim.
Felipe.
Mas por quê ele tem que aparecer justo AGORA? Na hora que eu acabei de terminar um namoro ele vem falar comigo.
Ignoro completamente ele e continuo andando em direção à minha casa, ignorando completamente a existência desse ser que só sabe acabar com minha vida.
Como ele gosta muito da minha pessoa, corre em minha direção até estar do meu lado.
- O que você quer? - Pergunto sem olha-lo.
- Conversar com você.
- Então fala logo que eu não tô com paciência com falar contigo.
- É... Eu vim pensando aqui nas minhas atitudes e vi que o que eu tô fazendo ultimamente é muito errado.
- Que bom que percebeu isso, mas agora pode sair daqui?
Ele para de andar e puxa meu braço, me fazendo ficar de frente pra ele.
- Eu sei que deve ser difícil pra você continuar falando comigo depois de tudo que eu fiz pra você, mas a única coisa que eu peço é que eu possa ter a chance de me desculpar com você. - Ele faz uma pausa dramática e me encara - Pode me perdoar algum dia?
Solto um suspiro. - Tudo bem Felipe, está perdoado. Eu não sou uma pessoa tão rancorosa que você acha que sou.
Ele dá um sorrisinho de canto. - Amigos?
- Pra sermos amigos eu tenho que ter um pouco de confiança em você, o que - no caso - ainda não tenho.
Ele solta meu braço e diz. - Tudo bem. Pelo menos eu estou perdoado. Amizade a gente conquista depois.
- É. Agora eu vou pra casa. Tchau, Felipe.
- Tchau, Alicia.
Dou um sorrisinho e viro em direção a minha casa.
Sei que fui eu que terminei com ele. Não era pra mim estar desse jeito. Mas acontece que eu gosto pra caramba dele, por mais que a gente não tenha se conhecido a tanto tempo eu me apaguei demais à ele.
Chego em casa e a minha mãe está lá. Eu precisava de uma conversa com minha mãe, faz tempo que não converso direito com ela.
- Oi filha, tudo bem? - Ela pergunta.
- Na verdade, não.
Ela faz um sinal para quê eu me sente do seu lado. - O que aconteceu?
- Eu terminei com o Arthur.
Olho em sua direção e ela parece muito surpresa com a noticia.
- Mas por quê? Vocês eram tão bonitinhos juntos.
- Ele vai pro Canadá, mãe. E ainda escondeu isso de mim, ele não tem confiança em mim e pra manter um relacionamento à distância tem que ter muita confiança. Nem acreditar que namoro à distância dá certo eu acredito, como eu posso lidar com um?
- Você pode lidar com muitas coisas, querida. E você teria que manter esse relacionamento por pouco tempo já que você tem a oportunidade de ir pro Canadá passar um tempo com o seu pai.
Droga. Depois que eu comecei à namorar o Arthur, aconteceram tantas coisas que eu até tinha esquecido que minha mãe queria que eu fosse pro Canadá.
- Eu já disse que eu não vou pra lá, mãe! Eu tenho uma vida aqui, tenho amigos e gosto do Brasil.
- Seria uma boa oportunidade pra você, querida. Eu só estou pensando em você, acha que pra mim iria ser fácil ficar sem você? Não seria, eu iria sofrer muito. Mas eu quero que você conheça novas coisas.
- Mas eu não quero ir, mãe. Talvez no futuro.
Digo aquilo e vou para o meu quarto. Precisava ficar um tempo sozinha pra conseguir pensar. O Arthur vai embora e eu vou seguir minha vida, certo? Pode demorar um pouco, mas eu só me dou o direito de passar dois dias na bad. Isso mesmo.
Olho no espelho. Será que passar um tempo no Canadá seria tão ruim assim?
***
Oi gente! Eu sei que vocês querem me dar um soco. Algumas me ameaçaram de morte ( essa é pra você, Mandy) outras falaram que iriam me sequestrar (Luh, meu amor) outras falaram que iriam dar um soco no meu nariz (Nicolle, diva) e outras só me cobraram mesmo ( lê-se Ana) mas voltei, queridos!
"Thais, sua louca, como você conversa com elas?" É simples, jovem gafanhoto. Só você me mandar seu número com DDD e eu te coloco no Grupo do WhatsApp e a gente conversa, querido.
"Como eu não vi isso, Thais?" Porque você não leu as minhas mensagens, besta.
O motivo do meu afastamento é que minha pessoa está com bloqueio criativo pra tudo, ainda tô! Mais de um mês, babys. Mas não me ameaçam de novo se eu demorar pra postar, não. Dá medo, queridos.
Como alguns de vocês sabem, eu iria postar uma história nesse mês, mas acho que vou ter que adiar um pouquinho, tá?
Beijos da Thais!
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A Mesma Vida de Sempre?
Roman pour AdolescentsConta a história de uma garota de 13 anos, no 8° ano do Ensino Fundamental. Alicia é uma garota fria, que não se apaixona por qualquer cara por aí que nem a maioria das suas Amigas, mas um certo menino que repetiu vai mudar um pouco essa sua frieza...