Alicia
Acordei com a minha mãe gritando no meu ouvido. Por mais que eu não queira admitir, eu senti uma certa falta disso.
Tomo um lindo banho e coloco a camiseta da escola com uma humilde calça jeans. Prendo meu cabelo num rabo de cavalo e calço meu all star preto.
Pego a minha mochila e desço as escadas em direção a cozinha.
Tomo metade de um copo com suco de laranja e duas torradas com Nutella. Quando estava saindo da mesa, minha mãe puxou meu braço fazendo que eu me sentasse novamente.
- Filha, eu tô percebendo que você não está comendo muito bem ultimamente. - Ela diz e em seguida dá um gole em seu café.
- Eu tô comendo o necessário, mãe. - Eu digo.
- Alícia, eu sei que você não tá comendo direito. Mesmo que eu esteja trabalhando fora, eu percebo isso. Então trate de comer direito, se não eu serei obrigada à te levar no médico. - Ela diz e em seguida eu me levanto em direção à escada.
Escovo os dentes e em seguida desço as escadas novamente e sento no sofá esperando minha mãe terminar de se arrumar.
Fico conversando com o Arthur enquanto minha mãe não aparece - o que já se tornou um ato diário - e quando ela desce, me despeço do Arthur e ando em direção ao carro.
O caminho todo minha mãe ficou falando sobre não se alimentar direito e os seus riscos. Mas ela está enganada, eu sempre comi nessa quantidade e, se não comia, devo ter reduzido só um pouquinho. Mas mesmo assim - só pra ela parar de me encher - irei aumentar um pouco a quantidade de comida.
(...)
Chegamos na escola e eu saio rapidamente do carro, já que eu estava atrasada.
Quando entro na escola, vejo de longe as meninas conversando e vou até elas.
Ficamos conversando até o inspetor nos mandar subir.
Como eu e o Lucas somos da mesma sala e vamos para a aula praticamente na mesma hora, nós fomos conversando até a nossa sala.
(...)
As aulas passaram rapidamente e eu logo fui pra casa. Entrei no carro e minha mãe já começou á falar:
- Filha, hoje nós vamos jantar com o Ian. Ainda se lembra dele? - Minha mãe pergunta.
- Claro! É aquele cara que você tava no maior amasso quando eu cheguei em casa aquele dia, né? - Eu digo. Por mais que tenha se passado um tempinho desde aquele episódio, ainda me lembro disso.
- Ah... É... - Ela diz completamente vermelha. - Fique pronta ás 19:30. O jantar será em casa e eu sairei do trabalho mais cedo hoje. - Ela completa já ficando com a cor normal.
- Ainda bem que eu tenho um namorado... Se não até minha mãe estaria pegando e eu na seca. - Digo e ela volta á corar.
- Alicia! - Ela me repreende.
- Ué, só tô falando a mais pura verdade. Vocês não ficam se pegando pelos cantos? - Eu digo e não sei se ela tá vermelha de raiva ou de vergonha. Acho que são os dois fatos.
- Onde você aprende isso? - Ela pergunta.
- Na escola, ué. - Eu digo e ela começa á rir.
O caminho inteiro de volta pra casa eu fui falando besteira e ela foi rindo. Eu adoro o fato de - além de ser minha mãe - ela também é uma amiga. A pessoa que eu mais confio nesse mundo.
Logo chegamos e eu saio rapidamente do carro e corro pra dentro de casa. Vou subindo pro meu quarto e jogo a mochila em um canto.
Coloco um shorts moletom rosa e uma regata branca. Desço as escadas e vou em direção á cozinha, onde minha mãe está.
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A Mesma Vida de Sempre?
Teen FictionConta a história de uma garota de 13 anos, no 8° ano do Ensino Fundamental. Alicia é uma garota fria, que não se apaixona por qualquer cara por aí que nem a maioria das suas Amigas, mas um certo menino que repetiu vai mudar um pouco essa sua frieza...