Capítulo 28

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Galera, quando eu escrevi esse capítulo eu tava muito na bad. Por isso eu consegui escrever ele de uma forma triste. Porque quando tô tiste afeta muito na minha escrita.

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Eu estava tentando prolongar o máximo o final, mas vi que não vai dar. 15 capítulos no máximo e a história acaba.

Beijos da Thais!

P.S.: Nas férias não terá dia de postagem. Quando voltar as aulas voltará o dia de postagem que é sábado.

***

- E-eeu tenho que falar uma coisa pra você. - Ele diz gaguejando. Naquele momento um pressentimento ruim apareceu. Tinha certeza que não seria nada bom o que ele falaria à seguir.

- O que? - Pergunto temendo a resposta e ele segura a minha mão.

- Eu tentei te falar isso desde que nós saímos da sua casa, mas não achei um jeito de te contar isso - Ele soltou um suspiro e apertou um pouco a minha mão. - Eu... Vou para o Canadá. - Ele finalmente diz.

- Mas por quê?

- Eu vou morar com meu pai. E ele tá no Canadá. Eu sei que você deve tá pensando "Mas ele não te abandonou quando você tinha 6 anos?" Foi isso mesmo. Mas ele quer se reconciliar comigo e faz um tempinho que eu tô conversando com ele e ele me fez essa proposta. Aí eu pensei um pouco e acabei aceitando.

- Por que você não me disse nada?

- Nem era certo eu ir pra lá, eu só não queria te deixar preocupada.

- Quando você vai? - Pergunto já sentindo uma lágrima rolar na minha bochecha.

Ele abaixou a cabeça e respondeu - Daqui dois dias.

-Por que não me contou isso antes? - Pergunto e as lágrimas já aumentaram.

- Eu não tava com coragem, ok? Eu já sabia que essa seria a sua reação, eu tava com medo, tá bom?

- A minha reação não seria essa se você tivesse me contado antes! Obviamente que quando você me contasse que voltou a falar com seu pai, eu te apoiaria! E quando me contasse que queria se mudar pro Canadá, eu continuaria te apoiando. Mas você escondeu isso de mim. Você queria que eu ficasse como?

- Eu posso ficar aqui com você, Alicia. Eu ligo pra ele e digo que não vou mais, mas não fica com raiva de mim.

- Você acha que eu quero que você fique? Eu não quero ser a pessoa que te prende aqui, Arthur! Em nenhum momento eu pensei em pedir pra você ficar aqui.

- Então você não quer ficar comigo?

- Claro que eu quero ficar com você, seu idiota! Mas eu não vou destruir seu sonho de ir pro Canadá e ainda mais de conhecer seu pai!

- Mas meu lugar é com você.

- Você já passou 15 anos da sua vida longe de mim, mais algum tempo não vai fazer a minima diferente. Eu te garanto que você vai sobreviver.

- Do jeito que você tá falando parece que nem gosta de mim! Eu sempre faço as coisas por você, Alicia. Se eu te escondi isso foi pelo seu bem! Agora você fica toda bravinha porquê vou pro Canadá e quando digo que vou ficar, você fica ainda mais brava.

- Eu tenho sim o direito de ficar brava com você por ter me escondido uma coisa dessas, Arthur! E eu gosto sim de você, por isso quero que você vá viver a sua vida! - Em seguida abro a porta e me viro pra ele. - Quando você descobrir que o que eu fiz foi certo, me liga. - Digo isso e saio do carro.

Ignoro os pedidos dele pra ficar e entro em casa. Quando chego na sala vejo meu pai, minha mãe e o Ian na sala. Pelos olhares deles, estavam ouvindo tudo.

Ando em direção ao meu pai e pergunto:

- Por que você não me contou nada? - Pergunto com as lágrimas saindo.

- Eu não podia fazer isso, filha.

- Podia sim.

- Você iria sofrer.

- E o que tá acontecendo agora? - Pergunto o deixando sem palavras e me viro pra minha mãe - Você também sabia disso, né?

- Sim.

- Por que ninguém me conta nada?!

- Estávamos te protegendo, meu amor.

- E quem disse que eu precisava que vocês me protegessem disso? Uma hora ou outra eu iria acabar sabendo.

- Desculpa. - Meu pai e minha mãe dizem em uníssono.

Fico parada na frente deles por alguns minutos até que percebo que o Ian ainda está lá. Não quero que ele me veja assim, então viro de costas e ando em direção ao meu quarto.

Chego lá e tranco a porta. A unica coisa que quero agora é ficar sozinha. Pego meu celular na bolsa e vejo que tem mais de 15 ligações do Arthur. Desligo meu celular e coloco em cima da cômoda.

Ouço passos perto do meu quarto e uma batida na porta.

- Alicia, deixa eu entrar. - Ouço a voz do Arthur pedir.

- Vai embora Arthur! - Peço chorando ainda mais.

- Me deixa conversar com você.

Ando em direção a porta e escorrego na mesma.

- Vai embora Arthur. - Peço quase num sussurro e fico me perguntando se ele me ouviu.

- Por favor, Alicia.

- Me deixa sozinha, por favor.

Ficou uns minutos sem ninguém dizer nada, até que ele resolve se pronunciar.

- Eu vou, mas eu volto amanhã pra gente conversar.

Não respondo nada e em seguida ouço passos se afastando. Encosto minha cabeça no joelho e choro baixinho. Sem perceber, acabei adormecendo.

***

Gente, meu coração bugou quando eu escrevi isso. E bugou mais ainda quando eu revisei. Eu disse que afeta minha escrita. Quem mandou não acreditar?

Adeus.

A Mesma Vida de Sempre?Onde histórias criam vida. Descubra agora