Já era, foi suco pra tudo quanto era lugar, me sujei inteira, eu caí sentada no chão e só senti uma bolsa caindo na minha cabeça:
- Aiiiiiiiiiiii!
- Nossa! Que que foi isso?
- Me desculpa, mil perdões moça.Ela parou durante alguns segundos enquanto me olhava e disse:
- Tina?
- Rachel? É você?
- Tinaaaaaaaaaaaaa!Ela pulou em cima de mim e lá fui eu pro chão de novo:
- Tinaaaaaaaaaaaa! Que saudades! Como você está? Tá tudo bem?
- Tudo sim! Você não perdeu essa mania de me acertar na cabeça, né?
- Desculpa!
- Não, não! Só desculpo se me levar daqui, não aguento mais esse lugar.Ela me ajudou a levantar e, acho, que ali ela percebeu que eu não enxergava mais. Ela pegou as coisas do chão e fomos andando:
- E aí? Vamos de táxi ou a pé?
- Não sei.
- Você quer ir pra onde primeiro? Hotel, passear...?
- Melhor deixar as coisas no hotel e depois saímos, né?
- Então tá! Você tem o endereço do hotel aí?
- Sim.
- Melhor pegarmos um táxi então.
- Sim.
- ...
- O que?
- Você só diz sim?
- Sim.
- Huf!
- Você não tem nada pra me dizer não?
- Eu?
- Você tem alguma novidade?
- Nada demais não, só o habitual mesmo: estreia, conhecer pessoas, fazer amigos, curtir, brigas, problemas, hospital...
- Hospital?
- É, coisa normal, nada demais. Só fiquei cega.
- CEGA?
- É.
- Mas como assim?
- Não sei, só que não enxergo nada.
- O que os médicos disseram?
- Não sabem o que houve.
- Como não sabem?
- Deixa isso pra lá!
- Ér...Melhor eu chamar um táxi.
-...
- Táxiiiiiiiiiiiiiiiii!Ela chamou o táxi, entramos e fomos pro hotel que ela iria ficar hospedada. Ao chegarmos ela parou na portaria pra pegar a chave do quarto, e fomos pro elevador, só estávamos nós duas quando a droga do elevador parou, as luzes começaram a piscar e apagaram, senti uma mão agarrar em mim e tremer:
- Rach?
- Eu? (voz trêmula)
- Você está bem?
- É! Claro! Mui...muito bem!
- Então porque sua voz tá tremendo assim?
- Ah! Deve ser minha garganta.
- Aham! Sei, sei. Claro!Passaram 2 minutos e a Rach já estava desesperada:
- Será que vamos ficar horas aqui? Você avisou? Tocou o alarme? Você ligou pra alguém? Chama os bombeiros, a polícia, o exército, sei lá, a CIA, FBI.
- Calma! Tá tudo bem, já chamei o pessoal.
- Você chamou quem?
- Os caça fantasmas.Ela se desesperou mais ainda:
- Tem fantasma aqui?
- Não! Calma!
- Ai! Não faz isso comigo não! morro de medo de fantasma, tem fantasma aqui mesmo? Você tá brincando comigo né? Diz que tá!
- Eu tô brincando com você, calma Rach.Ela me deu um tabefe (POFTZÃO):
- Não faz mais isso comigo! Tina, sua doida!
- Aout! Tá bom, desculpa, foi mal aí dona fastaminha.Mais 2 minutos:
- Rach?
- Pois não? No que posso lhe servir?
- Eu quero um capuccino, por favor, com biscoitinho amanteigado.
- Ah, claro senhorita! Quando eu sair dessa prisão transformada em elevador eu lhe trago seu capuccino com biscoitinho amanteigado bem gostosinho pra você.
- Por que será que eu senti um certo sarcasmo e ironia nessa resposta?
- Talvez porque ela tenha sido totalmente sarcástica!
- Nossa como você tá agressiva? E eu que pensei que fosse só desajeitada.Preciso nem falar o que ela fez né? (POFT, PAFT, BUM, CAPOT)
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAOOOOOOOOOOOOOOOOUUUUUUUUUUUUUUUUUTTTTTTTTT!
- Ah! Para! Tapa de amor não dói.
- Sei, vou te devolver um desses pra você ver se não dói. Humpf!
- Nem ouseeeeeeeeeeeeeeee!Dei uma risada maligna:
- Tina, para! Que você tá me dando medo com essa risada diabólica!
- Ah é?
- É!
- Não vou parar não!Eu ri mais alto ainda e mais maleficamente. E ela me ameaçou:
- É melhor você parar, hein?
- Que que eu ganho pra parar?
- Aff! Ainda tenho que pagar?
- Claro, eu sou uma mulher de negócios. E aí? Me oferece quanto? 1000? 2000? 4000?
- Tá bom, mas você me dá sua palavra? Negócio fechado?
- Fechado. Qual sua oferta?
- Minha oferta. Hummmmmm! Minha oferta é essa aqui ...Ela me imprensou na parede do elevador, segurando minha cabeça com uma mão e a cintura com a outra e me beijou. Levei um susto tão grande com aquilo que não conseguia nem me mexer, não esperava que ela fizesse aquilo. Mas por outro lado, adorei quando ela fez, o beijo dela era algo maravilhoso e eu sentia os seus lábios tão suaves nos meus, uma leveza imensa, algo que não sentia desde que fui pro hospital. Foi aí, quando comecei a responder o beijo, que ela se afastou um pouco e respirou fundo, eu respirei fundo também e quando ía falar alguma coisa ela me agarrou e me beijou de novo, só que dessa vez o beijo foi mais intenso ainda, as mãos dela já estavam caminhando pela minha cintura, senti minha calça ser desabotoada, eu já estava subindo a sua camisa, que eu nem sei como não rasguei de tanto que puxei, ela beijava meu pescoço, embaraçava meus cabelos com as mãos, empurrei ela pra outra parede do elevador, quando ela ía puxar minha camisa, o elevador começou a mexer e ouvimos um bombeiro gritar que iria tirar a gente dali. Ficamos paradas escutando de início, depois começamos a rir e nos ajeitamos, não seria muito legal que eles nos vissem daquele jeito, concorda?
Ela pareceu estar sem graça sem saber o que falar. O bombeiro abriu a porta do elevador, saímos e fomos o resto do caminho de escada mesmo, eram mais 4 andares só (ela estava no 24° andar), não quero nem ver a hora de descer isso tudo e subir de novo, acho bom ter outro elevador nesse prédio.
Continuamos caladas, ela parecia estar vermelha, não sei bem, mas estava quente, quente até demais pra alguém normal.
Bom meus amores, por hoje é só... Prometo semana que vem atualizar novamente sem falta e com uma surpresa para vocês. Espero que tenham gostado. Não esqueçam de votar, comentar e compartilhar com suas amigas e amigos.
Beijos de Luz.Kika Leonina ;)
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Confusões Amorosas de uma Garota Perdida.
Короткий рассказBom, não sou o tipo de menina padrão que se encontra por aí. Talvez, até mesmo pra minha idade, eu seja bem diferente das demais. Começa pelo fato de que gosto de seduzir pessoas e faço isso muito bem. Carioca, vinte anos de praia, alta (1,73m), al...