Gustav, O Mordomo Menta (sim, é uma brincadeira com Adventure Time rsrs)

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Quando a Rach voltou a percorrer meu corpo com sua boca, eu a parei e disse:

- Precisamos nos arrumar para o almoço.

Ela continuou a me beijar. Eu insisti:

- O Gustav está nos esperando.

Ela parou e respirou fundo:

- É verdade. Tá bom, tá bom!
- Vamos nos arrumar!
- Tá okay, mas você não me escapa mais tarde, viu senhorita Tina?

Eu dei um sorriso e respondi:

- Conto com isso, senhorita Rachel!

E beijei-lhe suavemente.
Fomos nos arrumar, coloquei uma roupa rapidamente, joguei uma água no rosto para disfarçar a cara de quem a um minuto atrás estava ardendo de desejo e controlei o impulso de voltar a agarrar-me com a Rach o máximo que pude para não nos atrasarmos.
Ela parecia estar tão controlada e se vestir rapidamente, assim como eu. Antes de descermos para o salão, aproximei-me dela e a abracei, cheirando seu pescoço com vontade. Ela se arrepiou, dava pra perceber. Dei um sorriso safado, ela me afastou delicadamente, segurou minha mão e conduziu-me até o corredor. Ficamos ali paradas esperando o elevador, que naquele momento, parecia levar uma eternidade para chegar:

- Devíamos ter terminado o que começamos.

Eu disse. Ela respondeu:

- Definitivamente devíamos ter terminado o que começamos.

E deu uma risada.
O elevador chegou em seguida, entramos nele e de mãos ainda dadas, descemos. Parecia que de alguma forma eu não queria, não podia me soltar dela. Não era medo de tropeçar ou de dar de cara com a alguma parede, já tinha feito tanto isso. Mas é que eu não podia deixar de sentir que ela estava ali comigo. Eu não quero deixá-la ir embora, afastar-se de mim.
Ao sairmos do elevador, podia ouvir todo burburinho do salão, muitas famílias reunidas, tanta falação, eu não podia enxergar, mas dava pra perceber que era um ambiente bem claro e largo, com bastante espaço. A Rach me levou até a mesa onde Gustav nos esperava. Pude sentir ele aguardar que eu lhe correspondesse o aperto de mãos ofertado e a Rach fazer um gesto indicativo de que eu não o enxergaria. Rapidamente ele me cumprimentou verbalmente e nos sentamos. A situação parecia se tornar um pouco constrangedora e todos nervosos:

- Boa tarde, senhorita...?
- Tina!
- Boa tarde, senhorita Tina!
- Obrigada!
- Vocês estão? Ér. A senhorita é?

Rach toma a palavra:

- Sim, Gustav! Tina é minha namorada.

Dava pra sentir a Rach sorrir. Gustav estava um pouco sem jeito:

- Ah sim! Perdoe minha intromissão!

Eu respondi:

- Que isso?! Tudo bem! Você só está cuidando da Rach, é compreensível sua preocupação em saber com quem ela está.
- Sim! Sim. Obrigado, senhorita!

Em seguida ele começou a contar para Rach todos os acontecimentos de sua família. Como o casamento de sua prima que ela perdera por estar trabalhando na Inglaterra. Ou como seu tio havia conquistado uma nomeação de empresário do ano. Das novas roupas de sua mãe e que as bodas de seus pais se aproximavam e haveria uma grande festa. Mas que seus pais não podiam saber que ele lhe contara. Rach, por sua vez, perguntava como estavam todos, seu pai, avós, tios, primos, amigos. Perguntou de um Anakin, seu companheiro animal, um cachorro labrador que ao levantar-se ficava do tamanho dela em pé. Eles parecem uma família incrível. Pensei em como estaria meu irmão no Brasil, já não falava com ele havia uns dias. Gostaria que ele conhecesse a Rach. Será que se eu sugerir isso à ela parecerá impulsivo? Se bem que eu vou conhecer seus pais. Mais tarde vou falar, acho que ela vai gostar.

Estávamos ali, aguardando o pedido que já tinha sido feito, quando ouço uma voz diferente, imagino que de uma senhora. Ela perguntou se poderiam ela e seu neto sentar-se conosco, já que o salão estava lotado. Prontamente Gustav levantou-se e puxou a cadeira para a senhora que o agradeceu. É, com o tempo você costuma a identificar os sons mesmo sem enxergar. Gustav pareceu ficar um tanto eufórico ao conversar com a senhora. Eles conversaram por um bom tempo. Enquanto isso eu brincava com o neto dela. Um bom garoto, tem 6 anos de idade e adora os vingadores. É fã do capitão américa e do homem-aranha. Eu lhe disse que prefiro o Homem-de-ferro. Ele riu e falou que o Capitão é bonzinho, mas que sabe que numa luta o homem-de-ferro teria mais chances de vencer, porque ele tem a armadura. Ficamos discutindo sobre heróis e hqs. Perguntei-lhe da escola. Ele contou que adorava sua professora e seus colega. Mas que não podia ir pra escola já fazia um tempo. Perguntei o porquê. Ele contou-me que estava doente e indo no médico para se tratar. A avó dele, pouco depois explicou-nos que eles descobriram que o Jason tinha leucemia e estavam ali pra tentar um tratamento novo com um médico indicado. Que esses dias, início da descoberta, ainda conseguiam mantê-lo fora do hospital, mas em breve iriam interná-lo. Conversamos bastante sobre. Eu sabia que ele ficaria bem. Então, tirei minha pulseira e entreguei na mão dele e disse:

- Eu sei que você é um herói tão bom quanto o capitão américa e vai ficar bom logo logo, mas pra ter certeza que nos veremos em breve, vou deixar essa pulseira com você, tá? Você guarda ela pra mim?
- Você vai deixar comigo? Mas é sua. Você não gosta dela?
- Gosto sim, muito. Foi um presente que meu irmão me deu. Por isso você precisa cuidar dela, tá?

Ele sorriu e disse com entusiasmo:

- Tá!

Logo em seguida ele correu a mostrar para sua avó:

- Olha vovó! A Tina deixou a pulseira dela comigo.
- Eu estou vendo, querido!

A avó dele sorriu. Terminamos o almoço, trocamos contatos e Gustav nos deixou na porta do quarto. Antes que ele fosse embora, ouvi a Rach brincar com ele:

- E aí, já marcou o próximo encontro?
- Que encontro, senhorita?
- Com a senhora do almoço. Você gostou dela!
- Eu? Como? Não, quer dizer, eu...
- Ela também se encantou contigo.
- A senhorita acha mesmo? Quer dizer...
- Sim. Ela gostou de você. Não enrola, Gustav, marca logo um jantar com ela. Até mais!
- Até mais tarde, senhorita!

Gustav foi pro quarto dele e nós pro nosso.

Confusões Amorosas de uma Garota Perdida.Onde histórias criam vida. Descubra agora