A Doroty sumiu e a sala branca que era branca e fria se tornou tão quente que parecia um vulcão em erupção, a sala começou a ficar vermelha. Os objetos desmancharam e as paredes se desfaziam, o chão estava caindo pedaço por pedaço, até não sobrar nada e de repente eu estava em queda livre, na direção exata de lava vulcânica. Eu parecia pegar fogo, o peito apertado, como se meu coração fosse ser esmagado pela força da gravidade e...De repente eu estava mergulhando num mar gelado e escuro, e partes do avião começaram a despencar perto de mim, uma grande parte da asa vinha para cima de mim, tentei nadar para o mais distante possível, consegui escapar da pancada. Mas ao cair, os destroços criaram uma corrente forte na água que me puxava para baixo. Eu tentava subir, mas era puxada para baixo e já estava ficando sem ar quando vi alguém me puxar. Aquela mão agarrou meu braço e aos poucos eu podia respirar novamente. Comecei a tossir muita água e meu corpo parecia lutar para voltar ao normal quando eu ouvi aquela voz dizer:
- Você está bem?
Eu não sabia como, mas podia reconhecer aquela voz, olhei para frente e:
- Fernanda?
Sim, era ela que estava ali. Mas por qual motivo ela estaria naquele lugar? Pq me salvaria? Ela parecia tão bem e serena:
- Tina, você está bem?
Fiquei parada durante um tempo olhando para ela, ainda assustada:
- Estou melhor. Obrigada!
Continuei a tossir um pouco de água e ela se aproximou para me ajudar:
- Tenta respirar com calma e fundo.
- Fernanda, o que você está fazendo aqui?
- Eu vim te ajudar.
- Mas você...Eu queria perguntar pq ela sumiu, mas fiquei com medo de que isso a fizesse ir embora, então só agradeci:
- Obrigada!
- Nada! Vem cá, deixa eu te dar um cobertor.Ela colocou um cobertor que estava no bote em mim e me abraçou para tentar me esquentar. Eu não sabia se ela era de verdade ou era parte da minha imaginação como a Doroty, mas tive medo de fazer algo e a perder novamente, então só fiquei ali enquanto o bote navegava. E durante um bom tempo ficamos em silêncio, olhando o horizonte. Até que vi um barco enorme bem a frente. Ela rapidamente fez um sinal, o barco se aproximou e uma escada de corda foi lançada para que pudéssemos subir. Era um barco da guarda costeira. Eles nos ajudaram e ofereceram roupas, abrigo e comida, enquanto não chegávamos em terra firme.
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Confusões Amorosas de uma Garota Perdida.
Short StoryBom, não sou o tipo de menina padrão que se encontra por aí. Talvez, até mesmo pra minha idade, eu seja bem diferente das demais. Começa pelo fato de que gosto de seduzir pessoas e faço isso muito bem. Carioca, vinte anos de praia, alta (1,73m), al...