A Boate.

577 25 3
                                    

Lá embaixo peguei minha moto e fui pra casa da Pri.
A Pri, ela é minha amiga tem um tempinho, nos conhecemos na faculdade.
Uma bela menina, um pouco mais baixa que eu (1,70m), cabelos castanhos escuros lisos que ultrapassam um pouco os ombros, olhos castanhos escuros, branco, um corpo maravilhoso e uma boca que me encanta, vermelhinha e marcada, parece de uma boneca. Não sei como ainda somos só amigas mesmo. Mas talvez isso mude.
Ela pediu pra pegá-la em casa para irmos juntas à boate. Eu fui. Chegando lá, pediu que eu subisse, ainda não estava pronta. Ela mora sozinha em casa. Abriu a porta de calcinha e camisetinha grudada. Eu admito, fiquei com um pouco de vergonha, tentei não olhar muito, entrei logo, fui beber um copo de água e sentei no sofá pra esperar. Só a via passar de um lado pro outro, as vezes, parava e perguntava:

- Esse tá bom?
- Han? Tá sim.
- Mas tá bom ou tá mais ou menos?
- Tá bom.
- Ah...Deixa eu trocar...
- Mas ele tá bom Pri.
- Tá bom, mas não tá ótimo.
- Ô menina vaidosa!
- Você fala isso porque pra você é fácil.
- Pra mim é fácil? Como assim?
- Claro! Você sai e parece que as pessoas te veneram. E você não tá nem aí. Queria saber como faz isso? Me ensina?
- (suspiro) Pri, eu não me importo com essas coisas porque boate a galera vai pra curtir, ninguém vai pra boate arranjar namorado.
- Mas você curte até demais, né?
- O que?
- Nada não. Mas vou me trocar, prometo que vai ser rápido.

Ela voltou pro quarto e eu fiquei tentando entender o que aconteceu. Mas não deu tempo, ela voltou com uma calça jeans justinha e uma blusinha linda. Eu vi algo diferente nos seus olhos, parecia nervosa com alguma coisa. Então dei um sorriso e disse:

- nossa! Pri, como você está linda! Arrasou! Assim até eu vou querer te pegar. rs
- Deixa de ser boba. (riso envergonhado) Vamos?
- Vamos!

Descemos pegamos a moto, na hora de subir na moto eu senti que ela não estava segurando firme em mim, então, peguei os braços dela e envolvi na minha cintura e arranquei com a moto. Fui depressa e chegamos cedo na boate. Na fila encontramos o Pê, Léo, Cris e Tânia já esperando pra entrar. Ficamos conversando e uma menina veio até mim, ela era uma loira de chamar atenção, um corpo todo desenhado, seios grandes e quase aparecendo pelo decote da blusa, uma saia que parecia esconder algo e olhos mel, um sorriso delicado e singelo:

- Oi!
- Oi, boa noite!
- Desculpa te incomodar. Eu posso falar com você?
- Claro, mas não é incômodo nenhum.

Ela me puxou pra um canto mais distante dos meus amigos:

- Eu não sei assim se você curte e tal, mas é que eu estava te olhando de longe e não podia ficar sem falar contigo...
- Ér...rs...obrigada?
- Você tá acompanhada?
- Não, são só meus amigos.
- Que bom!
-Hã?
- rs...É que eu queria saber se podia te acompanhar...
- Me acompanhar?
- Sim.
- Pode, será um prazer. rs

Ela ficou olhando nos meus olhos, passou os dedos nos meus lábios, mordeu os dela e me deu um beijo no rosto. Só pensei que arranjei uma rival. Ela era bem sedutora e muito instigante. Ela me segurou pela mão e voltamos pra fila.
Lá na fila o Pê logo me puxou pra perguntar quem era e o que queria, respondi que ela queria companhia e ele começou a me zoar. Ficamos rindo, apresentei a Carla pro pessoal e logo todos fizeram amizade. A Pri que parecia não querer muita conversa, ela ficou quieta, com um sorriso superficial no rosto fingindo que estava tudo bem. Eu queria falar com ela, mas achei melhor não.

Entramos na boate, estava um pouco vazia ainda, mas estava ótimo para procurarmos um lugar legal pra ficar e curtir a noite, um ponto de encontro. Ficamos perto de um lugar que era tipo um palquinho, sentei ali no canto e a Carla logo veio chegando mais perto. Tocava hip hop e ela dançava bem, ía rebolando devagar até o chão e voltava, eu só olhava, ela chegou mais perto e me puxou pra dançar com ela, colocou a perna entre as minhas e fomos rebolando juntas, colocou a mão na minha cintura pra dançarmos mais perto e continuamos. Ela me olhava com um ar de desejo e mordia os lábios que ficavam mais vermelhos. Depois de algumas músicas, chegou no meu ouvido e disse que iria rodar pelo segundo andar da boate e saiu. A Tânia viu ela saindo e perguntou o que houve, eu disse que talvez voltasse só mais tarde, ela riu e me deu "até amanhã".


Confusões Amorosas de uma Garota Perdida.Onde histórias criam vida. Descubra agora