Confusões Amorosas de uma Garota Perdida.

Uma Nova Narradora.

Depois de alguns minutos nesse vai e vem, provocações e arranhões e mordidas, ela segurou firme minhas costas e senti seu corpo amolecer de forma sutil. Se jogou em cima de mim num abraço, beijou-me novamente. Eu a empurrei um pouco até o chuveiro e terminamos o banho com muitas carícias.
No quarto ela se jogou me puxando junto pra cama, caí em cima dela e dava pra sentir e ouvir a sua risada gostosa, não tinha como não rir de volta. Então comecei a fazer cosquinha nela que ficou tentando fugir, gargalhava, empurrava-me, puxava-me, corria de mim na cama, quando eu não consegui mais encontrá-la, ela tinha fugido e eu não sabia pra onde:

- Rach?
- ...
- Fugiu, né? Vou te achar, mais cedo ou mais tarde.

Ela ria baixinho. Escutei os risos e corri pra onde ela estava, que deu um berro misturado com as gargalhadas e a agarrei num abraço que ela não conseguia se soltar.

Na verdade eu não queria me soltar.

Hã? Que absurdo você por aqui.

Ihhh! Por que? Só porque vou contar nossa história melhor que você?

Boba demais! Você acha, né?

Não!

Ahhh bom, ainda bem que...

Tenho certeza!

Ahhhhh sua danada, vem cá, vou te pegar, você vai ver só uma coisa, vai me implorar pra parar de fazer cosquinha em você.

Duvido!

Então vem cá.
Ahhhhhhhhhhhhhh! Tinaaaaaaaaaaa!

(Pulando nela, fazendo cosquinha, mordendo e dando um beijo. Passa-se um tempinho)

Vou aproveitar que ela dormiu pra contar um pouquinho da nossa história pra vocês.

Amor, vem deitar!

Já vou, amorzinho!

Tá bom! Tô te esperando.

Rachel:

É tão difícil de acreditar que já faz 1 ano e 6 meses. Eu não me canso dela, parece que foi ontem que tudo aconteceu. Ela parou na parte do hotel, não é? Ela adora falar daquele dia.
Nós ficamos a tarde toda no hotel, rimos tanto, depois das gargalhadas ela deitou no meu colo e eu fiquei fazendo cafuné. A TV estava ligada, passava algum filme, mas não conseguia prestar atenção em mais nada que não fosse ela, tão linda deitada ali, eu queria passar a noite toda só vendo ela dormir. Foi tão estranho, nunca tinha sentido nada assim, os caras por quem me apaixonei ou que namorei sempre faltava algo, não era dessa forma. Eu sei lá! Era diferente.
Com ela só de olhar eu já sorria feito uma idiota, não precisava de mais nada. E o tempo foi passando, até que chegou a noite e ela acordou, estávamos um pouco famintas. Perguntei se queria sair pra jantar ou que eu pedisse no quarto, ela ainda com cara de sono, cabelo todo bagunçado, procurando-me com as mãos, respondeu que eu podia decidir, eu pedi então para levarem o jantar no quarto. Foi aí que ela levantou, quase caiu da cama, foi lavar o rosto e deu de cara com a parede, eu comecei a rir:

- Tá rindo, né? É porque não foi com você!
- Eu não bateria assim numa parede, sou estabanada, mas nem tanto.
- Ah! Mas eu não me acostumei com o quarto ainda, só por isso e eu acabei de acordar, então não vale.
-Vale sim!
- Não, não!
- Ah é?
- É!
- Então vem cá, vou te nocautear com o bafeijo.
- Bafeijo? O que é isso?
- Um beijo com bafo de quem acabou de acordar. Iáaaaaaaaa!

Ela começou a correr pra onde eu estava e eu correndo dela pelo quarto.

- Ahhhhhhhhhhhh! Socorro! Ela quer me dar um bafeijo!
- Eu vou te pegar!
- Socorro!

Nós gargalhávamos. Até que ela parou, virou as costas sem falar nada e foi pro banheiro escovar os dentes:

- Desistiu de me nocautear?
- Desisti, você é muito fácil de alcançar!
- Ah é?
- É!
- Você vai ver só.
- Não posso.
- Não pode o que?
- Ver, uai! Eu tô cega, esqueceu?
- Você é terrível, sabia?
- Você acha?
- Acho!
- Ai que bom! Nunca recebi um elogio tão legal. As pessoas sempre falam bonita, inteligente, esperta, ninguém nunca me chamou de terrível.

Ela fez uma carinha muito feliz e eu gritei:

- Doida!
- Ai pára! Assim eu vou ficar sem graça.

Eu fiquei rindo e ela foi terminar de escovar os dentes. O telefone tocou, eu atendi sem nem me dar conta de que aquele celular não era meu e sim dela:

- Alô?!
- Alô, Tina eu sei que você deve estar muito puta comigo e não tiro sua razão, mas só queria que você soubesse que eu só fiz isso pra...
- Quem está falando?
- Tina? Quem é você?
- Ela não está, ela foi...

A pessoa desligou:

- Alô? Alô? Alô? Desligou.

E a Tina perguntou:

- E aí, esse jantar sai ou não sai?
- Claro! Eu vou pedir. O que você vai querer?
- Hum! Qualquer coisa sem gordura e sem ser massa.
- Que tal um prato delicioso de comida oriental?
- Perfeito!

Com aquilo tudo eu até esqueci de falar que tinham ligado pra ela, o tempo passou e eu só fui lembrar quando o celular tocou de novo e ela atendeu.

Gostaram do capitulo de hoje? Então votem, comentem, compartilhem com as amigas e não deixem de acompanhar as loucuras da nossa querida Tina.

Beijos,

Kika Leonina.