General Rach e os Guerreiros da Galáxia.

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Nós voltamos a comer a e ela sorria em meio as perguntas de como eram meus pais e Gustav e minha vida no Brasil:

- Minha mãe é meio esquentada, tudo que ela faz parece tão exato. É ela quem cuida das finanças ou quando meu pai precisa dar uma chamada nos funcionários da empresa, ou mesmo falar com grandes sócios, ela quem fala. Ela diz que meu pai não sabe se impor com os sócios.
- Sua mãe parece ser bem séria.
- As vezes. Mas ela é legal. Quando eu era mais nova, uma vez, eu estava brincando de Guerreiros da Galáxia...
- Pera, pera, pera! Você estava brincando de quê?
- De Guerreiros da Galáxia, ué? Você nunca brincou disso?

Ela abriu um sorrisão e deu uma grande gargalhada:

- Não mesmo!
- Ah é, senhorita não tive infância?!

Ela riu mais uma vez e pediu:

- Eu tive infância sim, senhora! Mas agora, por favor, continue sua história Galáctica!
- Ah, teve é? Depois vou querer saber dessa infância.
- Tá bom! Depois eu te conto. Agora continua sua história.
- Tá ok, tá ok! Então, eu estava brincando de Guerreiros da Galáxia com a minha arma de água e atirei na minha mãe sem querer, enquanto ela passava com seu terno. Lembro que naquele momento eu quase morri de medo dela brigar comigo. Ela estava toda arrumada, de salto alto, terno, saia executiva, papéis na mão e tudo.
- E aí?
- Ela olhou pra mim muito séria, eu tremi inteira e ela jogou os papéis para o alto e gritou "O monstro da galáxia de Glorb vai pegar você general Rach" e saiu correndo atrás de mim. Eu corri tanto e ela me pegou.

Mais uma gargalhada:

- E aí?
- A galáxia não pôde ser salva naquele dia, mas ficou bem limpa de tanta água pela casa.

A essa altura, Tina ria muito e de uma forma tão gostosa e acolhedora que eu levantei da mesa e gritei:

- Não ria ou eu acabarei com a sua galáxia de Glorb!
- Oh meu Glorb! Não! Você não vencerá, general Rach!

Ela levantou e saiu correndo pelo quarto e eu atrás gritava com uma voz empostada misturada às gargalhadas:

- Vamos, covarde, lute!
- Prefiro ser uma covarde viva do que uma heroína morta!

E nós corríamos. Até consegui alcançá-la e coloquei-a contra a parede. Ela não tinha pra onde fugir e entre risadas e respiradas mais profundas ela disse:

- E agora, general Rachel? Você me pegou. O que fará comigo?

Eu a olhei de forma bem sacana e respondi com malícia na voz:

- Ahhh você vai saber já já o que eu vou fazer contigo!

E beijei-lhe o pescoço, encostando o meu corpo no dela e as risadas dela se tornaram um lindo sorriso que eu não consegui parar de beijar.

Confusões Amorosas de uma Garota Perdida.Onde histórias criam vida. Descubra agora