The Protector [1]

• Capítulo Dois - Justin Bieber

• Ariana Grande •

Acordei cedo no dia seguinte, me arrumei para a escola sem nada muito exagerado. Eu odiava chamar atenção e odiava ainda mais o que Brian fazia comigo se alguém parecesse prestar atenção em mim.

Ser invisível era minha proteção.

Suspirei pesado enquanto pegava o meu celular, estava torcendo para que Brian não tivesse me enviado uma mensagem dizendo que viria me buscar, eu odiava estar com ele.

Desbloqueei a tela e não tinha nada, isso significava que ele estava com alguma outra garota por aí, eu não me sentia triste, eu me sentia aliviada.
Tentei fazer o menos de barulho que podia enquanto descia as escadas, sai de casa e comecei a seguir o caminho que me levaria até a escola.

Um carro passou por mim em alta velocidade, uma música alta tocava dentro do mesmo e as pessoas que estavam nele estavam rindo e cantando. Por um momento eu senti um pouco de inveja, elas pareciam tão felizes, eu queria ser como elas.
Mais alguns passos e eu estava na escola, entrei na mesma em silêncio e caminhei até o meu armário. Abri o mesmo e peguei um livro que eu usaria na minha primeira aula, até agora não tinha visto Brian e isso me deixava um pouco mais feliz.

Eu não sei mais por quanto tempo aguentaria a vida que eu levo antes de cometer suicídio.  Bati a porta do meu armário com força e me virei para seguir o caminho até a minha sala de aula, mas dei de cara com um rapaz loiro de olhos caramelados.

Tentei passar por ele, mas ele segurou o meu braço com delicadeza.

— Desculpe, mas você pode me ajudar? — Ele sorriu pra mim. — Eu sou aluno novo e estou meio perdido.

Sua voz era rouca e extremamente sexy.

— Ham, claro. — Digo, tentando parecer calma.

Eu não posso ser vista com ninguém, se Brian ou algum de seus seguidores me ver com esse garoto, eu estou perdida.

— Você está bem? — Ele parece me analisar. — Você parece tensa.

— Diz logo o que você quer. — Tento não ser rude. — Eu tenho que ir.

— Só preciso da sua ajuda para achar a minha sala. — Ele diz, compreensivo.

Assinto devagar.

— Sua primeira aula é de qual matéria? — Pergunto enquanto cuido todos os cantos possíveis do colégio.

— Inglês. — Ele diz após olhar para um papel que eu creio que seja seu horário de aula.

— Você tem a mesma aula que eu, pode me seguir. — Me viro. — Mas mantenha certa distância de mim.

— Você tem alguma espécie de doença contagiosa? — Ele brinca.

Mas eu não sinto vontade de rir.

— Acredite é pro seu bem. — Digo sem olha-lo.

— E qual o seu nome? — Pergunta.

— Melhor não saber o meu nome para o seu próprio bem. — Suspiro. — Não precisa entrar numa briga por nada.

— Você é sempre tão difícil assim?

Chegamos na sala e eu o olho.

— Essa é a sala onde ocorre as aulas de inglês. — Explico.

— Responda minha pergunta. — Ele sorri.

— Eu estou tentando evitar que você se meta numa briga desnecessária.

— Eu só perguntei o seu nome. — Ele ri, da situação. — Eu não te pedi em casamento, relaxa.

— Você ganhou. — Sorrio. — Me chamo Ariana. E qual é o seu nome?

— Sou Justin. — Estendeu a mão para eu aperta-la e assim eu fiz.

Era só um aperto de mãos, certo?

— É um prazer conhecê-la. — Ele disse.

Meu olhar passou de Justin para o fim do corredor, um dos amigos de Brian estava lá, parado enquanto me encarava. Ele sorria diabolicamente.

Engoli seco e soltei a mão de Justin. Eu já sabia o que me aconteceria mais tarde.

— Fique longe de mim. — Pedi ao Justin.

— Como assim? — Perguntou, extremamente confuso. — O que ta acontecendo Ariana?

— Não podemos ser amigos e muito menos nos falar. — Digo. — Você vai se machucar.

— Nada vai me machucar, eu sei me cuidar muito bem. — Ele tenta me tranquilizar, mas ele não sabe do que Brian é capaz. — Pode me contar o que ta acontecendo, eu posso te ajudar.

— Não posso. — Sussurrei enquanto abaixava a cabeça.

— Alguém vai te machucar se você me contar, é isso? — Indagou.

Novamente meu olhar vagou para o final do corredor, agora Brian estava lá junto com o dedo duro. Ele com toda certeza havia aumentado muito mais a cena que viu.

— Por favor, só não fale mais comigo nunca mais. — Pedi.

Não esperei por sua resposta, deixei Justin para trás e caminhei até o meu namorado.

— O que fazia lá sua vadia? — Ele perguntou sério enquanto agarrava o meu braço. — Já estava querendo dar para ele?

Engoli seco e mordi meus lábios após sentir um beliscão em meu braço. Meus olhos marejaram, mas nenhuma lágrima caiu.

Eu sabia que aquilo ficaria roxo.

— Só dei uma informação. — Tentei me explicar.

— Do quanto a buceta deve ser larga e que ele pode ir no seu quarto te comer hoje a noite? — Ele debochou.

Eu me sentia humilhada, acabada, destruída.

— De onde era a sala dele. — Abaixei a cabeça tentando reprimir a vontade de chorar.

— Você já sabe o que te espera hoje em casa sua vadia! — Ele disse isso enquanto me puxava pelo braço.

Engoli o choro.